quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Eternos Insatisfeitos

    A gente parece nunca gostar de nada na vida. Assim, ela passa e a gente fica, estático, reclamando de tudo, vendo as pessoas felizes passarem na frente, então a gente reclama porque elas passaram. Digamos que a essência de viver não seja essa. Todo mundo aqui conhece o velho lema de se deixar viver. E é esse um dos grandes problemas da nossa turma. Somos eternos insatisfeitos.
   O uniforme é grande, o logo mudou pra pior, os nomes pareces falados em grego e ninguém se entende. Mas o que a gente entende é que nosso papel pra escrever a história tá acabando, e isso gera um sentimento desesperador dentro de cada um, eu sei disso.
    Parece que a gente não sabe que está sendo presenteado a cada dia. Olhe ao seu redor! Na minha opinião, 2011 foi o ano mais incrível que todo mundo por aí já viveu. E sabe o que a gente faz ao invés de contar as coisas boas? Reclama porque ele tá acabando, e porque não estudou muito, e porque o seu sapato desamarrou, porque caiu no chão, porque sua mãe tá pu** e a culpa não foi sua. É isso. Prestem atenção, porque eu também estou reclamando! 
    Mas então, eu proponho um desafio! A semana vida-boa. Eu duvido que qualquer um que esteja lendo esse texto consiga ficar sem reclamar de nada (isso inclui o sol ou a chuva) durante exatos 7 dias.
    Ah. Não existem prêmios para tal concurso. Apenas seja feliz.
    Eu estou nessa.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Se uma foto pudesse resumir tudo,


Com certeza seria essa.

Armadilhas naturais

    Mas, Deus! O que fazes para que as horas passem tão longamente, pausamente, ente ente? E o vento, que sopra coisas absurdas, inconfessáveis, ao pé do ouvido de quem quer que caminhe ao longe da rua? As folhas parecem dançarinas coloridas, girando e caindo ao nossos pés. 
    Diz, Deus, porque é que o céu parece que combina com a dor que mora aqui dentro. Porque é que as nuvens sempre lembram o rosto de quem já estava no fundo da memória. E os perfumes... Ah!... Os perfumes são sempre aquele que me fazem suspirar. E o vento para quando o perfume alcança todos os nossos sentidos. E envolve, domina. O mundo parou e tá te observando. Como é que faz isso, você-aí-de-cima?
    Dá uma dica aí, pra que eu consiga me desvencilhar de todas essas armadilhas naturais pro meu mero coraçãozinho.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ai, ai! Tudo diferente!

    Chega uma hora na vida que a gente tem que fazer algumas escolhas difíceis, que implicam em renúncias piores ainda. Mas isso todo mundo sabe, só que a maioria ainda não viveu. Daí, quando vive, é aquela coisa, né?! Chora ali, chora aqui, chora lá, chora acolá. Vem um e diz que vai passar.
    Mas quem conta os ditados é mais feliz de quem os ouve. Justamente porque essa pessoa ainda nao o viveu.
    A rotina da gente muda pra caramba e bem debaixo do nosso nariz. Muda o sapato preferido, porque o velho já tá... velho. As músicas mudam, o quarto pede pra mudar toda vez que se pisa neles. E a vontade é de mudar mesmo! Cortar o cabelo, colocar um shorts diferente. Pegar a mão do namorado e sair de bicicleta por aí.
    Tenho orgulho do meu namorado. Ele é uma pessoa ótima, sem querer nos gabar. Inteligente, carinhoso. Acho que a gente foi feito um pro outro, cada um feito com a metade de um único molde. Te quero pra sempre! Pode?

ps. Tenho muito o que postar! Mas o sinal que significa o fim do meu almoço acabou de tocar. E que venha a química!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Minha nossa!

    Hoje eu acompanhei a queda da folha da árvore, desde o momento em que se desprendeu até quando tocou o chão, perdendo-se no mar de carros. Hoje eu senti a ponta do meu nariz molhar, enquanto todos usavam guarda-chuvas. Hoje eu me sinto completamente disposta e confiante a ganhar uma competição acirrada e muito importante. É aqui que minha vida começa a andar em linha reta, rumo ao lugar onde quero chegar. Que seria basicamente uma praia.
    Ah sim! Deu tudo certo, o presente tão desejado foi entregue e bem aceito. E, amor, vai ser o melhor presente de todos os que eu já dei. Haja voz pro dia 11!
    Digo que sou feliz e sou mesmo. Hoje só faço o que quero e o que me faz bem. Coisas que me irritam ou não me agradam eu só quero distância. Evito briga, discussão, tapa na cara e tortura. Nesses dias que passam, beliscão só quando for carinho. - Quanto carinho! - Mas é, fazeroquê?
   Aliás, venho pensando em uma história muito boa, que leve nosso Ibope às alturas aqui no blog. Por isso não tenho postado. Ah, e venho bolando boas desculpas também.
    Ok, confesso que tenho permanecido distante de coisas boas também, como muitos amigos meus. Mas parece que meu sistema já está se desligando, preparando-se pros momentos iniciais de AFA, onde ele será desligado por inteiro durante as semanas.
    Só quero que saibam - aqueles de quem me distanciei - que o amor é o mesmo! Completamente atemporal. Mesmo estando assim, meio Abaçaiada, ainda carrego todo mundo no Forte Profundo que aviva o meu interior. Lá, nada nem ninguém pode mexer. Quem está lá não consegue sair de maneira nenhuma. É um local protegido. E, com toda a certeza, sinto que habito o Forte Profundo de cada um que me sorri de orelha a orelha quando passo com cara de sono pelos corredores do colégio.


(Na mitologia tupi, Abaçaí é um espírito maligno que se apossa de um índio que está prestes a ir para alguma batalha, deixando-o enfurecido e confiante. Logo, quem está assim, tá abaçaiado.)

sábado, 10 de setembro de 2011

Felicidade?

 

- Felicidade - disse o mais tolo - Felicidade não existe.
O intelectual: Não no sentido lato.
O empresário: Desde que haja lucro.
O operário: Sem emprego, nem pensar.
O cientista: Ainda será descoberta.
O místico: Está escrito nas estrelas.
O político: Poder!
A igreja: Sem tristeza, impossível! Amém!
O poeta riu de todos e, por alguns minutos, foi feliz.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Raivinha

Eu odeio ser chata. Odeio mesmo. Não gosto das pessoas me olhando feio ou falando mal de mim, normal né. Mas comigo é meio diferente. Parece que eu, quando tenho uma ideia muito contrária, nao gosto de mostrar porque respeito a opinião de outros. Por mais que digam: é dois, é dois, é dois. Eu continuo insistindo, aqui no meu cabeção, que é um. Mas não falo. Permaneço quieta, calada.
Mas todo mundo quer tirar a magia que eu sempre pensei! Já tava tudo planejadinho, certinho, bonitinho aqui na minha cabeça. Mas Meu Deus!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Rápida

É porque aqui todo mundo é diferente mas a gente se gosta. Cada um, individualmente, é um pedaço do quebra-cabeças que, no dia 29 vai ser terminado e finalizado. Como a minha própria vó faz, o quebra-cabeças vai ser emoldurado e colocado na parede, pra todo mundo ver.
Ai ai...

(Desculpem a demora pra postar, mas sacomé, né?!)

domingo, 14 de agosto de 2011

Direto da situação

Dia dos pais, reunião de famiília. O vô já foi embora pra assistir o jogo. Não entendo co
O é que essa tv coloca jogo em pleno dia dos pais. Coitado dos jogadores que não podem ficar com os filhos. Mas isso é assunto pra outro dia. O primo que tá na academia da força aérea também já foi porque tem que se apresentar às dez da noite. Mas já rolaram milhares de histórias aqui, desde os tempos da brilhantina até a festa de hoje. Como uma prima colocou aqui no vídeo de formatura do primo, não existe família mais esquisita. Mas eu agradeço todos os dias por fazer parte dela! *-* PS. Postando direto do iPhone da Sá. Eis o título do post.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Até eu pensar em alguma coisa...

    Meu coração está aos pulos!
    Quantas vezes minha esperança será posta à prova?
    Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.
   Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?
    Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?
   É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.
    Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, “Esse apontador não é seu, minha filha”. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.
    Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.
    Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba” e vou dizer: “Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
    Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!
Elisa Lucinda (Vitória, Espírito Santo; 2 de fevereiro de 1958) é uma poeta, escritora, jornalista e atriz brasileira.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sobre ficar longe

     Ficar longe envolve toda uma complexidade emocional e psicológica. Existe uma tal de afinidade que, quando se desenvolve, acaba virando intimidade e, bem, digamos que a proximidade conserve esses sentimentos. Ficar longe parece que corrói por dentro, faz um estrago, um buraco sem fim. Você chega a pensar em fazer qualquer coisa pra voltar a estar perto. 
    Tenho medo do longe acabar trazendo o seu amigo afastamento pra festa. É isso o que eu não digo. Parece que, se você não se empenhar direito, vocês acabam se tornando só... amigos. É a sensação que eu tenho, não é um fato.
    E quem sabe eu nunca me acostume com isso. Quem sabe, toda vez que você disser que não vem, vá doer bastante.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

C.L.

   "Há um silêncio dentro de mim. E esse silêncio tem sido a fonte de minhas palavras."

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Insônia

    São 21h e você já tomou banho, jantou e escovou os dentes. Assistindo TV, sente bater aquela molezinha, aquele soninho gostoso que parece que te desliga. Você pensa "Poxa, é a primeira vez em alguns meses que eu vou dormir cedo. Ufa!". A cama quentinha parece que se moldou em você. Os cobertores e os travesseiros estão na posição mais confortável possível. Uma mexidinha e tudo já iria pro espaço. Deitada, a mente parece voltar a funcionar a todo vapor.
    De repente, a senhora se lembra das contas que tem que pagar amanhã, e de levar a cadeira que quebrou pra consertar, e do almoço pra fazer, do colchão pra emprestar porque chega aquela avó lá de não-sei-onde do sul. Enfim, você praticamente faz uma lista mental - provavelmente esquecida pela manhã - de tudo o que fará no dia seguinte. Até o momento em que o corpo começa a relaxar.
    Mas como dito e repetido aqui, o destino é uma coisa ma-ra-vi-lho-sa. Quando o soninho volta, o bebê da vizinha de cima, que nasceu ontem, começa a chorar mais alto que o Maracanã em dia de clássico. Ok, não é tão alto assim, mas ele está chorando e você está ouvindo. Ao mesmo tempo, o velho de baixo liga algum aparelho que faz o barulho de um secador de cabelo, um barulho contínuo e deliciosamente ensurdecedor. É lógico que a uma altura dessas você já cansou de tentar dormir e foi interfonar pro porteiro, que deveria estar no banheiro e não atendeu. Como boa brasileira, chega à segunda tentativa, que é a velha façanha de colocar o travesseiro na cabeça. Mas, algum colega de sofrimento decide interfonar ao porteiro insistentemente, e, como você mora com a janela do quarto - a do quarto! e eu falo do destino, ninguém acredita - virada para a guarita, escuta todos os toques desesperados do interfone. A vontade é de morrer. Você xinga baixinho e decide ser uma dama. Vai até a cozinha, faz um chá Bons Sonhos e volta com a caneca fumegante pra cama. Digita no youtube: músicas para relaxar e dormir bem.
    Parou. Pensa um pouco. Olha o nível. Esquece o youtube, desliga o computador e concentra. O chá já foi inteiro pra dentro, e olha que tava quente. Os toques alucinados do interfone pararam, o bebê deve estar aconchegado no colo da mãe, e pelo visto, o senhor do andar de baixo já deve ter terminado o cabelo. Ufa. E aí, cadê o sono?
    Chega então, a hora do ócio criativo. É o momento da noite em que saem as mais lindas poesias, as maiores frases de efeito, os textos mais comentados do blog. Mas não dá tempo de ir buscar papel e caneta não, o sono tá chegando e o olhinho começa a fechar. Dá de novo aquela molezinha, o colchão vira mais gostoso e quentinho, a respiração fica fraquinha, devagar, compriiiida.
    Daí glog-glog-glog, o gato vomita no tapete. Sabe? Aquele barulho chato de gato querendo vomitar, que glog-glog pra lá e glog-glog pra cá até que blé, vomita.E você pensa no tapete, novinho, que combinava com a parede da sala e com a toalha da mesa de canto. Pensa no ex-namorado maldito, que deu o gato maldito, que vomitou no tapete tão bonzinho. Levanta, limpa, xinga o gato até a orelha dele ficar verde e cair. Deita, olha no relógio e já passaram das três.
    A partir disso, meu bem, você só tem duas escolhas. Ou desiste de dormir de uma vez e vai assistir TV e passar pano na casa, ou põe o santo de ponta cabeça e reza pra ver se dorme o que sobrou.

domingo, 3 de julho de 2011

Loser like me

              Acompanhem comigo:
    Tenho uma família unida, amigável e que faria tudo por mim. Tenho amigos que posso ligar às 4h30 da manhã chorando e eles não vão me mandar para lugares obscuros, e que aceitarão toda e qualquer merda que eu vá falar. Tenho um amor grande e duradouro, que, apesar da "distância" que nos separa atualmente, nunca me deu motivos para desconfiança ou para brigas. A minha mãe é a melhor pessoa do mundo e eu tenho dois gatos que só me fazem rir de cada palhaçada. Tenho um dom incrível de saber lidar com todo tipo de pessoa, e uma cicatriz na barriga que me diferencia de todas elas. Meu futuro é certo e a cada dia que passa eu só estou mais preparada. Não sou indecisa. Sei dizer sim, assim como sei dizer não. Tento pensar no melhor para todas as pessoas, não só para mim. Ah, nunca quis que meu blog fosse um sucesso, e bem, eu só ouço elogios por ele. Às vezes posso ser meio desligada, mas tudo tem seu charme.
    Agora, descobri que eu sou loser. THANKS GOD! Se, mesmo sendo loser, eu já sou tão sortuda assim, imagina quando eu for um sucesso.

"I'll get you back when I'm your boss
I'm not thinkin' 'bout you haterss
'Cause hey, I could be a superstar
I'll see you when you wash my car
Keep it up and soon enough you'll figure out
You wanna be a loser like me."
Oh yeah.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Competitividade e lições

     Eu sou competitiva e ponto final. Qualquer competição, que seja quem enfia mais amendoim no nariz, já se torna pra mim uma desafio mortal, que eu tenho que ganhar ou ou ser excluída do resto do mundo pra sempre. E, bem, acho que hoje eu aprendi uma lição muito grande.
    Não importa quantos jogos você perca, quantos minutos de agonia e desespero você tenha dentro de quadra, sempre vai ter gente lá fora olhando e torcendo por você. Até aí, nenhuma novidade. Mas ao sair daquela quadra, eu percebi que o destino brincou mais uma vez comigo e, bem, apareceram pessoas que me fizeram repensar nessa competitividade que aqui jaz. "O que importa é que a gente tá aqui se divertindo hoje, todo mundo junto". Foi uma frase que ouvi e me marcou. 
    O importante mesmo é você aproveitar o momento com quem você quiser, sem se importar com resultado. Daqui a alguns anos, não é do placar que você vai se lembrar. Não é de quantos dribles e quantas faltas você levou ou marcou. Bem, o que continuará na sua memória vão ser as pessoas que te abraçaram quando você pôs o pé pra fora da quadra. Sorrindo ou chorando, sempre junto com você, vão ser as pessoas que te farão esquecer qualquer resultado quantas vezes forem necessárias. Nem que seja pra fazer uma enquete de quem no recinto te pegaria se não fosse o seu másculo e viril namorado (gostou né, amor?), só pra você se sentir meio... melhor. As pessoas que vão falar: sua cara tá inchada, mas joga fora essa vergonha que tá aí onde não devia e levanta a cabeça. Você é a melhor. Vocês são os melhores.
    Eu dedico esse post a todas as pessoas que vieram me abraçar depois daquele jogo. E me mostraram que existiam ali mais de 39 pessoas que mudaram o meu modo de pensar. Aliás, a gente tem que pensar que esse foi o penúltimo interclasses, não é?
    Não foi a Pegasus. Quer dizer, não foi somente a Pegasus. É lógico que a Phenom ajudou demais nisso tudo. Mas a Pegasus me colocou um desafio melhor, que era me enturmar com pessoas que vieram de outras salas com personalidades totalmente diferentes de nós, Phenomenos. E acho que eu consegui. Cada pedacinho daquela sala agora faz parte de um todo que me ensinou uma lição. 
    Sinceramente? Fazer essa Thaís aqui mudar de ideia talvez seja um pouco complexo. Ainda mais de uma hora pra outra.
    Ah sim! Outra coisa que não me agrada é babaquice. Bem, a realidade é que eles não estão interessados na sua amizade, eles só querem sua torcida e depois massacrar vocês nos jogos. Hoje foi um dia de palavreado bem xulo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mais um de amor

    Era ele que via ela de longe, e sorria. Era ela que passava por ele e não via. Os dois sempre passavam um pelo outro no parque. Ela, correndo, apressada, pensando nas contas pra pagar, no carro que está com o banco quebrado, com a toalha da mesa da cozinha que manchou. Ele, pensando num jeito dela reparar nele.
    Já lançara piscadelas, sorrisos dignos de um lady killer, já pensara até em jogar um papelzinho com seu telefone escrito. Mas o destino, meu bem, ah! o destino apronta com as pessoas.
    Saindo do carro, ele a vê saindo do caminhão de mudanças e sorri ao motorista. Diz algo como um muito obrigada, seu Fulano. Amanhã a gente se vê. E ela sai, caminhando com suas sacolas cheias de uma vida inteira carregada para uma nova vida. Ele caminha olhando para ela e ela entra na portaria de seu prédio. Ele então sorri internamente, e no mesmo minuto que agradece uma das sacolas da mão dela cai.
    Então, a vida inteira dele passa pelos seus olhos. A primeira namorada, que segurava a mão dele nos recreios do colégio. O primeiro sogro que olhou feio. As noites que passara sozinho e sem ninguém ao lado, e ele nem se lamentou. Preferiu ficar sozinho. Percebeu que era alguém que nem ela que ele precisava. Então, encontrou o seu mito. O único mito que, depois de desmistificado, continuaria sendo algo valioso. Ele apertou o passo e segurou a sacola caída no instante em que ela se abaixava.
    - Eu levo.
    Ela sorriu e agradeceu. Seu cabelo caía de forma delicada e arrumada em torno do rosto. Era um cablo negro e cacheado, que enchia de vida um rosto moreno. Os olhos... Bem, os olhos pareciam seres à parte. Tinham vida e emoções diferentes das da face. Ora estavam abertos, atentos, espertos, ora estavam distantes, perdidos em algum lugar. Seus olhos o seguiam durante o trajeto do elevador. O andar era o mesmo.
    Agora eles eram vizinhos lado-a-lado. E o destino, ah!, o destino ...

domingo, 19 de junho de 2011

Caution




Monstros existem.

E eles, geralmente, atendem pelo seu nome.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Lendo Richard Dawkins

"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?"
Richard Dawkins, em "Deus, um delírio"

"Como é possível que praticamente nenhuma religião importante tenha olhado para a ciência e concluído: "Isso é melhor do que imaginávamos! Nosso universo é muito maior do que disseram nossos profetas, mais grandioso, mais sutil, mais elegante"? Em vez disso, dizem: "Não, não, não! Meu deus é um deus pequenininho e quero que ele continue assim." Uma religião, antiga ou nova, que ressaltasse a magnificência do universo como a ciência moderna o revelou poderia atrair reservas de reverência e respeito que continuam quase intocadas pelas crenças convencionais."
Carl Sagan, Pálido Ponto Azul.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Frases dos sábios

Perdão não é saber perdoar o perdoável. Perdão é saber perdoar o imperdoável - Prof. Cássia.

Não se deve conhecer o inimigo. Ou você pode se identificar a ele. - Prof. Paulo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Perdendo amigos

    Vocês dois eram os mais juntos do colégio, você contava de todos os seus namorinhos e paquerinhas e ele te contava das meninas bonitas. Eram um grude só e ele te ligava todo dia pra saber como você estava depois daquela festa super agitada. Então, o fatídico dia chegou e ele disse que gostava de você.
- Desculpa, mas você sabe de quem eu gosto.
    E não funcionou mais como antes. Não foi mais como era e você acabou perdendo-o. Enfim, os dias passaram e vocês já nem se olhavam mais. Não por causa de uma briga ou de uma discussão. Mas sim porque a vida não deu mais oportunidades pra vocês pararem pra conversar. Então você começa a namorar a pessoa perfeita, que sempre procurou, ele passa a procurar outras meninas pra te substituir.
    Mas vocês eram tão amigos! Amigos, e só. Na sua cabeça, ele era o melhor amigo perfeito. E bate aquela nostalgia básica daqueles momentos efêmeros. Até o dia em que você, animada com outras coisas, dá oi pra ele, e pergunta "mas quanto tempo!" e ele simplesmente te ignora, por estar com uma amiguinha do lado. Literalmente, um ignorante. Mas quer saber? Eu vou é deixar pra lá. Sei a marca que deixei e a marca que carrego comigo. Só digo um bom dia sorridente depois de um pedido de desculpas. E não adianta vir fazer palhaçada comigo no MSN, que eu vou ser curta e grossa.
    Mais um amigo perdido.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mais bichos

[...] O que fode a nossa vida são os eteceteras. Tenho certeza. Não sei porque a gente imagina tanto. E se machuca tanto. Surge uma colega nova e a gente pensa meu Deus, será que é gata? Surge carne nova no pedaço e a gente sente a insegurança dar uma chave de braço. E me pergunto: por quê? Você ama ele, ele ama você. O passado existiu, já era, já foi. Você tem uma relação baseada no hoje, no respeito, no carinho, no amor, na cumplicidade. Ele não é idiota, não vai jogar tudo fora por causa de um par de pernas. Então, você pensa que é uma mulher forte, uma mulher linda, uma mulher amada, uma mulher bem resolvida, uma mulher com ême. E decide mandar o pensamento embora. Mas ele volta.
    Conheço pessoas que não têm ciúme. E admiro, admiro mesmo. Já ouvi falar que ciúme é sinal de insegurança, que ciúme é imaturidade, que ciúme é bobagem. Já ouvi dizer que ciúme é prova de amor. Olha, eu não sei definir o que é o ciúme, só sei dizer que a gente fica meio cega, meio burra, meio surda e fala muita besteira. E depois se arrepende. Acho que um pouquinho de ciúme é saudável. Mas aquele ciuminho bobo, de frescurinha. Já li casos horríveis de histórias que terminaram muito mal. A gente tem que puxar o freio de mão quando vê que a coisa está indo por outro lado.
    Confesso que sou ciumenta. Não sei se muito, não sei se pouco, não sei se dá pra medir o ciúme. Sei quando exagero. Nunca fui aquela ciumenta de fazer cena, de quebrar prato, de gritar pela rua. Odeio baixaria. Acho que a gente tem que resolver as coisas com uma boa conversa. Ele nunca me deu motivo pra ter ciúme. Mas ciúme é uma coisa inexplicável, você sabe.
Créditos: Clarissa Corrêa

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Expectativas, bichos e garganta

    Pensando bem, a gente cria milhões de falsas expectativas em cima de outras pessoas, e acha que elas cometem um erro quando não as atendem.
    Colocamos quilos e mais quilos (toneladas) de sacos lotados de esperança e expectativa em cima das mulas (que, sem querer ofender, são as outras pessoas) e, quando a mula cede e deita no chão a gente fica bravo. Pra atender nossos critérios, a mula teria que, praticamente, fazer um tempo recorde na maratona carregando todas as toneladas de desejos.

                 Por que parece que ele não sabe o que eu quero e o que eu penso?

    E aí, parece que o outro é que é carrasco, o outro não se interessa mais por você. E aquela dorzinha começa a cutucar no peito "e se... e se...".
    Ah!, falando nisso, alguém lembra dos bichinhos que ficam dentro de nós? Pois é, eles voltaram com força total depois de uma mensagem recebida sábado à noite. Parece até que eles foram direto pra minha cabeça, e começaram uma obra por lá. É só martelada, martelada, furadeira, prego fincado aqui dentro com assuntos não muito bons sendo fofocados por entre os operários. É um tal aí de estudo no sábado à noite que tenta descer na minha garganta mas se diverte parando no meio dela.
                         Remédio já!! (ou melhor não?)

Mas hein?!

- O que você faz quando ninguém está te vendo?


- Eu escrevo.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amor,

Lying close to you
Feeling your heart beating
And I´m wondering what you´re dreaming
Wondering if it´s me you´re seeing
Then I kiss your eyes and thank God we´re together
And I just wanna stay with you
In this moment forever, forever and ever

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O seu presente

 Tá vendo esse Sol maravilhoso, amor? Ele agora é seu. É, eu te dei o Sol. Mais precisamente, o pôr-do-sol. Olha pra ele, sente o calor que emana desde os primórdios da Terra, desde os primórdios de nós. Agora, sempre que você olhar pra um pôr-do-sol, seja aqui ou em qualquer lugar, tente se lembrar desse momento, o momento em que eu te dei o Sol. Não, não precisa falar nada. Só fecha os olhos e lembra dos dias que já se passaram. Daquele sábado em que muita conversa rolou, e nós vimos que muita coisa nos unia. Sua família rondava a minha e vice-versa, só que a gente nunca chegou nem a se ver. Até que... Bem, a gente se viu né? Lembra de quando eu demorava pra ir te buscar na portaria. Eu fazia um pouco de graça e demorava de propósito! Você me fazia rir e eu me achava boba - você ainda faz e eu ainda acho -, mas não havia momento melhor do que aquele. A gente parava no meio dos caminhos de terra, onde não tinha luz, só pra ver as estrelas. Quando eu conto, as pessoas não acreditam. Mas era exatamente isso que a gente fazia. E só.
   Eu lembro do primeiro abraço que você me deu. Foi no domingo que a gente saiu e, quando minha mãe chegou, você me abraçou e disse "Obrigado por me fazer sair um pouco de casa". Eu ainda não sabia interpretar seus sinais... Enfim.
   Acho que eu guardo tudo o que a gente já passou, amor. Lembro da terça-feira depois que a gente saiu. Era intervalo da tarde no colégio. Você estava com aquela blusa laranja, a que tem a gola que me incomoda quando eu te abraço, junto com a Jé e com a Lary. Eu precisava urgente conversar com a Jéssica - sobre você! - e perguntei se ela podia me esperar na rampa na saída. Perguntei e saí. Confesso que eu cochichei pra Maria: Olha pra trás discretamente e vê o que tá acontecendo. Sabe o que ela respondeu? "Ele deu um sorriso meio nervoso". Há! Eu havia te pego no flagra!
   E depois vieram mais abraços, mais palavras bonitas. Uma quase-declaração-de-amor, o primeiro beijo, o primeiro carinho, a primeira festa, a primeira viagem. Nossa! Quanta coisa! Eu gosto tanto de lembrar, porque foi um momento em que eu me arrisquei de verdade. Fui até lá e dei a cara a bater. Você era um desafio justamente por eu não te conhecer direito. E te conheci, e agora te amo :) A gente não concorda em nada, você vive "brigando" comigo e me chamando de chata.
   Mas em uma coisa a gente concorda: A culpada disso tudo é a Jé.

Jéssica, a gente te ama! s2 - pelo menos eu, já o seu irmão eu não sei, né?

terça-feira, 17 de maio de 2011

Pequena dose cruel


                             "A felicidade bestializa. Só o sofrimento humaniza as pessoas."

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O dia de cão


    O celular desperta às 6h15. Mas desperta daquele jeito, quando parece que você acabou de deitar e ter dois segundos de sono quente e profundo. Uma tosse infernal te atormentou a noite inteira e você quase não conseguir dormir. Até o momento em que você "dormiu" e o despertador tocou, né? Beleza, tranquilo. A gente já tá acostumado, né corpo? Já fazem alguns meses que eu venho vivendo assim. Hoje ainda é um dia especial (doença) e minha mãe me levou até o ponto. Ufa. Odeio caminhar aqueles 87 km até o ponto de ônibus. Salva pela gripe! (tosse)
    Mas não acaba por aí. Chego na escola e percebo que o meu crachá não está na mochila.
                     MERDAAAAAAA!
    Eu acho que ele caiu no suporte de malas do ônibus, mas-olha-que-beleza-isso-meu-deus. Vou passar o dia sem crachá, sem chave do armário e sem pen drive. E com os dedos (todos, os da mão, do pé, o do amigo do lado) cruzados para que não dê a louca no motorista de onibus e ele troque de carro justo hoje. (tosse)
    O mundo é tão frio lá fora - literalmente - e meu crachá sozinho, perdido e com fome. Calma bebê, só faltam mais oito aulas, dois intervalos e um almoço, e a mamãe já vai estar com você de novo, tá?
    É. Ainda são 8h da manhã.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Sobre bichinhos dentro da gente

  Não são como borboletas no estômago, nem minhocas na cabeça. São bichinhos que ficam mordendo e beliscando nosso interior, colocando coisas ruins e pensamentos que nos fazem mal. Deixando que o mal prevaleça.
  E não há remédio pra isso. Não existe nenhum antiviral, bactericida, inseticida, mata-mosquitos que resolva. Os bichinhos mordisquentos permanecem até que a mente se ocupe de outra coisa. Espalham o medo, o desespero, a tristeza, a raiva e o ódio. Todos mortais. Seus sintomas são: Mãos geladas, insegurança, desapego, ciúme, desesperança e pensamentos anormais.
  Reza uma lenda antiga que esses bichinhos foram colocados por Deus dentro da gente, para que conseguíssemos desconfiar das ações do Diabo, que, safadinho!, fazia armadilhas com maçãs e cobrinhas. Desde então, esses bichinhos vivem me incomodando com algumas coisas. Muitos dos beliscões e sussurrinhos são ignorados, mas, às vezes, quando muito vulnerável, deixo-me levar por suas traquinagens e acabo assim, meio... Sei lá.
  Já fui ao médico, ao pai-de-santo, ao ortopedista. Tirei um raio-X e perguntei na farmácia o que fazer. Disseram-me pra simplesmente confiar. E é aí que o problema se encontra. Como confiar com bichinhos me beliscando por dentro?
  Se alguém souber de algum analgésico, antitérmico, antiinflamatório que o resolva, favor entrar em contato!

sábado, 16 de abril de 2011

Dicionário dos dias

Bandeira: s. f. Pedaço de tecido, cuja cor, ou combinação de cores ou de figuras, serve de distintivo a uma nação, corporação, ou simplesmente para comunicar ao longe sinais convencionais.

Decepção: s.f. Ilusão perdida. Desapontamento.

Carência: s.f. Falta do que é preciso. Necessidade. Privação

Trabalho: s.m. Ato de trabalhar. Qualquer ocupação intelectual ou manual.

Responsabilidade: s.m. Obrigação de responder por ações próprias, dos outros ou de coisas confiadas.

Tédio: s.m. Fastio, aborrecimento, enfado, nojo, desgosto.

Tristeza: s.f. Mágoa. Aflição. Angústia. Inquietação.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quem é que paga?

Tá certo que o nosso mau
Jeito foi vital
Pra dispersar o nosso bom
O nosso som pausou.

E por tanta exposição
A disposição cansou.
Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou lá fora.

Solução é a solidão de nós.
Deixe eu me livrar das minhas marcas
Deixe eu me lembrar de criar asas.

Deixa que esse verão eu faço só.
Deixa que esse verão eu faço só.
Deixa que nesse verão eu faço sol.

Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu melhor.

A conta da saudade
Quem é que paga?
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor.

Lembra o que valeu a pena,
Foi nossa cena não ter pressa pra passar.

Samba de Ir Embora e Só - O Teatro Mágico

domingo, 10 de abril de 2011

E novamente, Ela

    Eu sempre soube que o seu brilho consegue iluminar muitos cantos escuros. Mas agora, ele vai iluminar um outro canto do mundo, um lugar onde as pessoas como eu poderão vê-lo com a maior facilidade do mundo. Você nasceu pra brilhar, Tha.
    Vai seguir abraçando o mundo. Voando, como o seu eu-borboleta gosta tanto de fazer. Voar e espalhar o pólen da alegria, do otimismo, do entusiasmo. O mundo vai se tornar um lugar pequeno e conhecido pra você. O mundo vai ficar na palma da sua mão. E mesmo eu, aqui do outro ladinho do mundo, pequenininha e escondidinha, vou estar torcendo e vibrando por você, não importando o país onde esteja!

Eu te amo, MUITO! Te desejo toda a sorte do mundo lá na Espanha e em toda a sua vida, xará <3

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Se7e

Nasci no dia 7 de janeiro. Na minha parede estão pendurados 7 quadros. Existem 7 lugares onde posso guardar minhas roupas e sapatos. Moro no apartamento 37. Meu apartamento tem 7 cômodos. Ano passado, o número da minha camiseta do interclasses foi 17. Minha avó teve 7 netos. Contando as casas em que já morei, o total foi 7. Já tive 7 cores de cabelo.
A avó dele teve 7 filhos. A camiseta do interclasses dele foi 73, o inverso do número do meu apartamento. Nos encontramos no 7º dia da semana na maioria das vezes. Esse é o post 107, falando sobre o nº7. Minha linha de ônibus da escola é a 7. O ponto em que a pego é o 7º. E o ônibus passa exatamente às 07:07. O apartamento dele é 72. Fazem 7 anos que sofri um acidente. Nesse acidente, fiquei 7 dias no quarto do hospital. Ele nasceu no dia 25. 2+5=7. Já fazem 7 meses.

Dizem que o número 7 é o número divino. Alguma dúvida, amor?

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Le petit

- À noite, tu olharás as estrelas. Aquela onde moro é muito pequena para que eu possa te mostrar. É melhor assim. Minha estrela será pra ti qualquer uma das estrelas. Assim, gostarás de olhar todas elas... Serão todas tuas amigas. E, também, eu te darei um presente.
Ele riu outra vez.
- Ah! Meu caro, meu querido amigo, como eu gosto de ouvir esse riso!
- Pois é ele o meu presente. Será como a água...
- Que queres dizer?
- As pessoas veem estrelas de maneira diferente. Para aqueles que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve.
- Não compreendo.
- Quando olhares o céu de noite, eu estarei habitando uma delas, e, de lá, estarei rindo. Então será, para ti, como se todas as estrelas rissem! Desta forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir!
E ele riu mais uma vez.
- E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E ás vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer. Teus amigos ficarão espantados de ver-te rir ohando o céu. Tu explicarás então: ''Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!''. E eles te julgaram louco. Será como uma peça que te prego (...)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Relendo Manuel

O meu:                                         O estrela e a anjo
Ele caiu cheio de amor em minha vida.
Ele, em cuja vida não havia a menor parcela de tristeza
Enquanto eu pensava repetidas vezes seu nome
Dois grandes sentimentos afloraram
E minha estrela brilhante quedou-se à mim como se fora para nunca consolidar um adeus.

O de Manuel:

sexta-feira, 25 de março de 2011

O mágico teatro

Enquanto pessoas perguntam por que, outras pessoas perguntam por que não?
Até porque não acredito no que é dito, no que é visto.
Acesso é poder e o poder é a informação.
Qualquer palavra satisfaz.
A garota, o rapaz e a paz quem traz, tanto faz.
O valor é temporário, o amor imaginário e a festa é um perjúrio.
Um minuto de silêncio é um minuto reservado de murmúrio, de anestesia.
O sistema é nervoso e te acalma com a programação do dia, com a narrativa.
A vida ingrata de quem acha que é notícia, de quem acha que é momento,
Na tua tela querem ensinar a fazer comida uma nação que não tem ovo na panela que não tem gesto.
Quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto.

quinta-feira, 24 de março de 2011

A centésima dose

  Quão insignificante é a presença de alguém fisicamente quando existe amor?
       Não adianta duas pessoas estarem de mãos dadas se os corações estão distantes, mas uma vez que eles se juntam, só da pra separar com consentimento de ambos.

    Sabe aquelas coisas que voces faziam juntos? Você vai fazer sozinha. Sabe tudo aquilo que ele gosta? Comidas, bebidas, músicas, filmes, teatro, cores, tipo de sapato, de roupa, de cueca, de meia? Tudo isso vai te fazer lembrar dele. E você não tem noção do quanto isso vai te fazer sofrer. Afinal de contas, como você vai viver se, em cada suspiro que voce dá, lembra de quando ele falava que seu nariz é engraçado.
    E aquela rua que voce passa todo dia e sempre tropeça... Ele não vai mais estar aí pra dar risada da sua cara.
    A empada de peito de peru! MEU DEUS! Você nunca mais vai poder comer, nem empada, nem peito de peru. Muito menos juntos! Porque senão vai lembrar dele e vai virar choradeira.

                                                                   Pronto.
    Agora voce chora, chora, chora, chora, chora, chora, chora. Pode chorar MUITO. 
    Pensa no quanto seu mundo acabou, o quanto vai ser uma merda e o quanto voce quer que o mundo exploda. Encosta a cabeça no travesseiro e soluça até morrer.

    Mas, o mais importante é que voce não esqueça de tropeçar no mesmo lugar amanhã e, quando for lamentar a ausência dele, se tocar:
                     Como é que pode existir ausência se tudo o que voce vive tem parte dele?

Créditos à ela: Alexia s2 e seu tratamento de choque

terça-feira, 22 de março de 2011

De família

Ela não se permite falar besteiras, nem pensá-las. Obedece pai e mãe como se fosse uma escrava. "Bem, tudo vai de criação", é o que eles dizem quando eu comento sobre sua nova saia que vai até o pé.
Não corta o cabelo, não pinta as unhas, não usa chinelo. Sua música predileta... não existe. Ela não tem amigos que já tenham saído à noite e muito menos amigos que tenham namorado(a).
Na sua carteirinha de vacinação não falta um só carimbo, vai todos os meses ao médico mesmo tendo a saúde de ferro. Usa óculos, aparelho e não pratica nenhum esporte.
Se chove, ela reza. Se faz sol, ela reza. Se hoje tem carne no almoço, adivinhem?, ela reza. É a melhor aluna da sala, mas não consegue falar em público. Não usa biquini e nem vai a praia.
Sabem aonde ela vai parar? Ou vai encontrar algum homem que seja como ela, ou vai ficar sozinha pra sempre sem curtir a vida. Ela é, como diz o povo, uma menina de família.
Na minha opinião, não há vida quando não há o aproveitamento de oportunidades.
Aliás, se isso tudo, com todos esses pontos e vírgulas, significa ser uma menina de família. Eu, infelizmente - ou felizmente -, não sou.
Não são as tatuagens, nem o piercing, nem o cabelo pintado nem nada. Eu quero mesmo é colocar meu pé no mundo e rir alto, pra todo mundo ver minha felicidade. Quero poder dar "oi" e elogiar o sapato de desconhecidas no meio da rua. Quero uma coleção de sapatos de salto alto! E, meu bem, eu quero muito, MUITO, amor.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Imaginário e real

O imaginário:
- Oi, moço. Hã.. Você poderia aumentar um pouco a temperatura do ar condicionado? É que está bem frio aqui atrás.
- Ninguém mandou andar praticamente sem roupa.
- O quê?!
- É isso mesmo, menina. Ninguém mandou andar com um short-cinto que nem esse e sem blusa de frio. Filha minha não andaria assim na rua nem que me pagassem. Viajar de ônibus então, perto de gente estranha que eu não conheço. Se não tá satisfeita com a temperatura, desce.
- Olha aqui, meu senhor. Pelo visto você não sabe muito bem como é que se trata uma dama né? Primeiramente, eu uso esse tipo de roupa justamente porque eu não sou a sua filha e, se fosse, eu usaria do mesmo jeito. Segundo. Eu estou pagando pra sentar a minha bunda grande naquela poltrona e só descer em São José. Agora, se você quiser me deixar aqui, vai deixar o seu emprego também. Então, mais uma vez eu peço pra você aumentar a temperatura, sendo muito muito educada.

O real:
- Moço, o senhor pode aumentar um pouco a temperatura do ar condicionado? Tá bem friozinho ali atrás.
- Claro. (tictic)
- Obrigada.

Eu sempre me preparo para as situações mais diversas.

quinta-feira, 10 de março de 2011

I don't mind!

  Pouco me importa se minha blusa amassou, ou se meu cabelo desarrumou, ou então se meu tênis fica sujo a maioria do tempo. Isso apenas sugere que eu vivi alguma coisa nesse mundo, e continuo vivendo.
  Dizem que você só passou realmente pela vida quando leva dela uma cicatriz. Ah! Eu tenho várias! E são tão bonitas porque contém sempre uma história. Cada uma delas.
  Adoro estar sentir o cheiro da terra, adoro fazer coisas que sujam a roupa e principalmente tomar sorvete de coco na praia, em baixo do sol, pra poder ficar com o rosto todo cheio de bolinhas brancas. Então eu saio caminhando normalmente e só percebo quando as pessoas começam a olhar e rir de mim. 
  Isso é que é viver.
  Não tem essa de não comer milho só porque gruda no aparelho. A curtição mesmo é comer o máximo de milho e ainda tirar uma foto. É pagar aquele mico e rir de você mesma, tirar com a própria cara. Fazer pessoas tristes sorrirem só porque você ficou fazendo graça e surgiu um protótipo sorridente no canto direito da boca.
  E enfim, amar! Ah, esse tal de amor que parece perseguir corações assim tão dramáticos como o meu. - aliás, meu coração se daria muy bien em uma novela mexicana - Parece mover o mundo com o simples ato de ser abstrato, e com toda a incerta certeza e a segurança que ele nos traz. Ah, amor... Se eu pudesse te prender numa garrafa... Bem, eu não prenderia. Até porque, algo que nos traz mistério é muito mais interessante do que algo que nós conhecemos. Como uma cicatriz na barriga de outra pessoa.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um comentário violentamente sutil

Eu preciso ser conquistada todos os dias. Preciso e quero. Tenho carência, tpm, tristeza, e talvez apenas uma coisa tire isso tudo de cena.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A foto, a cidade, a viagem

Agora eu amanheço e já vejo o Sol. Vejo-o e me lembro daquela música que diz que o Sol me lembra o teu calor. Ah! E como lembra. Calor, amor.
Mas o que me faz seguir em frente é pensar que daqui a poucos dias eu vou poder ver o seu brilho de novo. Sua felicidade que me atinge assim tão de longe. E essa minha saudade de você que aflora desde sempre. Eu te disse que não ia quebrar minha promessa de te deixar brilhar por outros lugares, por outros mundos. E, mesmo assim, a 89 km de distância, eu ainda posso ver um resquício da sua luz que emana assim tão fortemente. Que me induz a pensar em tudo o que nós já passamos. Que bonito né? São quase seis meses. Meio ano.
Nem que seja para conhecer a cidade nova inteira a pé com você, em baixo de sol e morrendo de calor.. eu topo! Topo tudo, agora, pra só arrumar a mochila com o que cabe e ir! Que tal?

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Uma certa essência

  Uma coisa que eu sempre tive certeza é de que esse colégio era único, e que faria de tudo para manter a sua essência. Foi o primeiro do estado à uns anos, e hoje, parece estar à beira do abismo pelos olhos dos alunos. 
  Não há nada mais lindo do que ensinar Educação Ambiental na prática. Estudar a história cultural do mundo inteiro através das pesquisas e das artes cênicas. O que está sobrando para nós agora? Bem, eu acredito que quem faz a escola são os alunos. Certo? Então por quê acabar com a maioria dos projetos sem NOS procurar? Sem pedir a NOSSA opinião sobre isso? 
  Sinceramente, Querido Colégio, a essência inovadora que vocês diziam ter está se perdendo totalmente através dos anos. Não só dos anos. Através dos meses, das semanas, dos dias. Algo ou alguém está levando essa essência pro lixo de fora. Chutando, mandando embora. Logo nós seremos só mais um colégio em que as pessoas entram sete da manhã e saem cinco da tarde cansados. Com a bunda quadrada de tanto ficar sentado. Seremos gordos, ignorantes, irracionais. Agindo somente pelo óbvio. Aceitando, desentendendo. 
  Sabe quem é que segurava essa essência nas mãos? E mostrava isso pros alunos? O cara da foto aí ao lado. O querido Profº Tonhão, que tanto nos ensinava sobre o céu, as estrelas, e todos esses gigantes que nos rodeam. ERA ELE que mantinha os ideais desse colégio que agora está pior. E, sabe o que aconteceu? Um belo dia, dia de férias, ele foi demitido e nada foi passado aos alunos. Tudo aconteceu por baixo dos panos e todos os atores ensaiaram a cara de "Aconteceu alguma coisa?"
Podem surgir notas altas, pode aumentar o numero de prêmios. Mas, se continuar assim, a minha consideração, o meu amor, a minha força de vontade só vai diminuir. Menos, cada vez menos. Falo por mim e por muitas outras pessoas que, diante das novidades de hoje, abriram a boca para tentar falar alguma coisa e não conseguiram, pois o baque foi grande.
  Colégio Engº Juarez de Siqueira Britto Wanderley, onde está a sua essência diferencial agora?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sobre triângulos e círculos

  Eu não tenho medo de ser assaltada, nem medo de ser atropelada. Sequestro me assusta de leve e tortura passa longe de ser uma fobia. Acho bobeira das pessoas que têm um certo pânico a respeito desses assuntos.


  Sabe o que me assusta MESMO? Perder as pessoas que amo. É, as pessoas. Aquelas que eu abraço, recebo um "bom dia" saltitante ou até aquele Eu te amo que sempre me deixou com cara de boba-apaixonada. Imagine um mundo igual àquele dos dias em que todos os seus amigos viajaram e sua mãe foi trabalhar. Na TV tá passando um programa de esportes radicais em lugares maravilhosos, onde você daria tudo pra estar. Aí você pensa: Poxa... Se alguém topasse ir comigo.... 
  Entende? É em dias como esse que você para pra pensar como a vida não teria tanta importância assim. Sem alguém que te desafie a ir mais longe. Sem alguém que você queira cativar cada dia mais. Alguém, simplesmente, que coloque os triângulos no triângulo e os círculos no círculo. Esse alguém que consegue fazer com que você nem veja o tempo passar num abraço. 


  Bonito, né?! Agora, pra realmente compreender o que eu quis dizer, pense em todas as coisas que essa pessoa importante te ensinou. Coloque-as numa lista. E depois tente se imaginar sem os tais valores, as tais lições. Tente imaginar aonde é que você estaria agora, se não os tivesse. E depois coloque na cabeça que, em algum momento, essa pessoa irá embora de verdade. A vida nos dá e depois tira. É assim que funciona o sistema.









 Mas, como dizem, as pessoas só escrevem sobre aquilo que lhes falta. É por isso que os povos tristes têm canções alegres, e os povos alegres têm canções tristes.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ah... amor!

      "E gente se apertou um contra o outro. Apertado assim porque nos completamos desse jeito.”

Do gênio, Caio Fernando de Abreu





- Às vezes sinto falta de mim. 
- Eu também, menina
- Sente falta de si? 
- Não, de você. E dói. 
[Silêncio]
- Me abraça? 
- Sempre...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Imensas coisas pequeninas

Need you now

Picture perfect memories,
Scattered all around the floor
Reaching for the phone 'cause,
I can't fight it anymore
And I wonder if I ever cross your mind
For me it happens all the time

It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now
And I don't know how I can do without,
I just need you now


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Os livros parecem escritos pra mim

" Veio o momento em que pude sentir que não estávamos mais simplesmente travando um embate de palavras, a situação entre nós já se havia definido. Quando reflito, agora, sobre esse momento, sou tentado a empregar o idiota tradicional do amor. Tenho vontade de falar por meio de metáforas de calor, ardor, muralhas se derretendo em face de paixões irresistíveis. Estou ciente de como essas expressões podem parecer pomposas, mas no final acho que são exatas. Tudo pra mim havia mudado e palavras que antes eu jamais havia compreendido passaram, de uma hora para outra, a fazer sentido.
  Isso veio como uma revelação e, quando afinal tive tempo para assimilar o fato, perguntei-me como conseguira viver tantos anos sem ter aprendido uma coisa tão simples. Estou falando menos de desejo do que de conhecimento, a descoberta de que duas pessoas, por meio do desejo, podem criar algo bem mais poderoso do que cada uma delas poderia criar isoladamente. Esse conhecimento me modificou, eu acho, e a rigor me fez sentir mais humano. Ao pertencer a Sophie, passei a sentir como se eu pertencesse também a todo mundo. Meu verdadeiro lugar no mundo, vim a descobrir, estava em algum ponto para além de mim mesmo e, ainda que esse lugar ficasse dentro de mim, era também impossível de se localizar. Tratava-se do minúsculo fosso que separa o eu do não-eu e, pela primeira vez na vida, eu via esse lugar perdido como o centro exato do mundo. "
A trilogia de Nova York, de Paul Auster. pág 253, conto O Quarto Fechado.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Do comentário do amigo ali

E o ano novo que já tá aí hein?

O ano começou com um comentário polêmico, num post polêmico - pelo menos pra mim. Parabéns, amigo. Eu tenho que admitir que sua observação foi interessante, e suei bastante para conseguir contestar. Lembrando que é apenas uma imposição da minha opinião.
Um debate, talvez. Eu adoro debates :) 

Eu acredito em Deus. Em nenhum lugar do deísmo diz que ele não existe. Mas eu apenas não preciso me apoiar em nenhuma bíblia, não necessito frequentar um culto, uma igreja, o que seja. As outras religiões mesmas supõem que Ele está em todos os lugares, não é? Por que não em minha casa então? Com muito mais carinho o recebo aqui, na minha privacidade, com as minhas maneiras de agradecer.
Se você me diz que por seguirmos nosso "raciocínio lógico" estamos indo à um final não muito bom, eu te pergunto: Usaremos o quê, então? A fé? Iremos todos sentar e esperar que Deus, Jesus, alguma santa alma apareça na nossa frente e desapareça com a fome, a miséria, toda essa poluição sonora, visual e ambiental, com a maldade do coração das pessoas? Eu, como uma boa aborrescente especuladora e modernérrima, preferiria mil vezes usar o conhecimento maravilhoso que todos nós temos em nossas cabecinhas pra tentar reverter isso. 
Pra você, a xícara está meio cheia ou meio vazia? O mundo não está um caos total, por um lado. Existem milhões de pessoas pesquisando para achar a cura de doenças, graças à nossa tecnologia atual - culpa da razão -, todos os dias existem pessoas que se levantam, olham para o parceiro do mesmo sexo, deitado na cama, e não sentem vergonha disso. Ao contrário do que diz na bíblia, que isso seria um "ato imoral", uma "impureza" (toevah).
"Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão toevah." - Levítico 20:13
Aliás, por quem foi escrito o livro sagrado mesmo? Quais eram as condições psicológicas desses homens? Você sabe?
Pra deixar bem claro, novamente: Eu acredito em Deus, e isso está explicitamente explicado. Não uso drogas, não faço sexo por dinheiro - assunto pra outro post - e muito menos roubo. Eu apenas quero deixar a minha opinião e as minhas crenças.
Se parar pra pensar, é exatamente isso.