quarta-feira, 29 de junho de 2011

Competitividade e lições

     Eu sou competitiva e ponto final. Qualquer competição, que seja quem enfia mais amendoim no nariz, já se torna pra mim uma desafio mortal, que eu tenho que ganhar ou ou ser excluída do resto do mundo pra sempre. E, bem, acho que hoje eu aprendi uma lição muito grande.
    Não importa quantos jogos você perca, quantos minutos de agonia e desespero você tenha dentro de quadra, sempre vai ter gente lá fora olhando e torcendo por você. Até aí, nenhuma novidade. Mas ao sair daquela quadra, eu percebi que o destino brincou mais uma vez comigo e, bem, apareceram pessoas que me fizeram repensar nessa competitividade que aqui jaz. "O que importa é que a gente tá aqui se divertindo hoje, todo mundo junto". Foi uma frase que ouvi e me marcou. 
    O importante mesmo é você aproveitar o momento com quem você quiser, sem se importar com resultado. Daqui a alguns anos, não é do placar que você vai se lembrar. Não é de quantos dribles e quantas faltas você levou ou marcou. Bem, o que continuará na sua memória vão ser as pessoas que te abraçaram quando você pôs o pé pra fora da quadra. Sorrindo ou chorando, sempre junto com você, vão ser as pessoas que te farão esquecer qualquer resultado quantas vezes forem necessárias. Nem que seja pra fazer uma enquete de quem no recinto te pegaria se não fosse o seu másculo e viril namorado (gostou né, amor?), só pra você se sentir meio... melhor. As pessoas que vão falar: sua cara tá inchada, mas joga fora essa vergonha que tá aí onde não devia e levanta a cabeça. Você é a melhor. Vocês são os melhores.
    Eu dedico esse post a todas as pessoas que vieram me abraçar depois daquele jogo. E me mostraram que existiam ali mais de 39 pessoas que mudaram o meu modo de pensar. Aliás, a gente tem que pensar que esse foi o penúltimo interclasses, não é?
    Não foi a Pegasus. Quer dizer, não foi somente a Pegasus. É lógico que a Phenom ajudou demais nisso tudo. Mas a Pegasus me colocou um desafio melhor, que era me enturmar com pessoas que vieram de outras salas com personalidades totalmente diferentes de nós, Phenomenos. E acho que eu consegui. Cada pedacinho daquela sala agora faz parte de um todo que me ensinou uma lição. 
    Sinceramente? Fazer essa Thaís aqui mudar de ideia talvez seja um pouco complexo. Ainda mais de uma hora pra outra.
    Ah sim! Outra coisa que não me agrada é babaquice. Bem, a realidade é que eles não estão interessados na sua amizade, eles só querem sua torcida e depois massacrar vocês nos jogos. Hoje foi um dia de palavreado bem xulo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Mais um de amor

    Era ele que via ela de longe, e sorria. Era ela que passava por ele e não via. Os dois sempre passavam um pelo outro no parque. Ela, correndo, apressada, pensando nas contas pra pagar, no carro que está com o banco quebrado, com a toalha da mesa da cozinha que manchou. Ele, pensando num jeito dela reparar nele.
    Já lançara piscadelas, sorrisos dignos de um lady killer, já pensara até em jogar um papelzinho com seu telefone escrito. Mas o destino, meu bem, ah! o destino apronta com as pessoas.
    Saindo do carro, ele a vê saindo do caminhão de mudanças e sorri ao motorista. Diz algo como um muito obrigada, seu Fulano. Amanhã a gente se vê. E ela sai, caminhando com suas sacolas cheias de uma vida inteira carregada para uma nova vida. Ele caminha olhando para ela e ela entra na portaria de seu prédio. Ele então sorri internamente, e no mesmo minuto que agradece uma das sacolas da mão dela cai.
    Então, a vida inteira dele passa pelos seus olhos. A primeira namorada, que segurava a mão dele nos recreios do colégio. O primeiro sogro que olhou feio. As noites que passara sozinho e sem ninguém ao lado, e ele nem se lamentou. Preferiu ficar sozinho. Percebeu que era alguém que nem ela que ele precisava. Então, encontrou o seu mito. O único mito que, depois de desmistificado, continuaria sendo algo valioso. Ele apertou o passo e segurou a sacola caída no instante em que ela se abaixava.
    - Eu levo.
    Ela sorriu e agradeceu. Seu cabelo caía de forma delicada e arrumada em torno do rosto. Era um cablo negro e cacheado, que enchia de vida um rosto moreno. Os olhos... Bem, os olhos pareciam seres à parte. Tinham vida e emoções diferentes das da face. Ora estavam abertos, atentos, espertos, ora estavam distantes, perdidos em algum lugar. Seus olhos o seguiam durante o trajeto do elevador. O andar era o mesmo.
    Agora eles eram vizinhos lado-a-lado. E o destino, ah!, o destino ...

domingo, 19 de junho de 2011

Caution




Monstros existem.

E eles, geralmente, atendem pelo seu nome.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Lendo Richard Dawkins

"Não é o bastante ver que um jardim é bonito sem ter que acreditar também que há fadas escondidas nele?"
Richard Dawkins, em "Deus, um delírio"

"Como é possível que praticamente nenhuma religião importante tenha olhado para a ciência e concluído: "Isso é melhor do que imaginávamos! Nosso universo é muito maior do que disseram nossos profetas, mais grandioso, mais sutil, mais elegante"? Em vez disso, dizem: "Não, não, não! Meu deus é um deus pequenininho e quero que ele continue assim." Uma religião, antiga ou nova, que ressaltasse a magnificência do universo como a ciência moderna o revelou poderia atrair reservas de reverência e respeito que continuam quase intocadas pelas crenças convencionais."
Carl Sagan, Pálido Ponto Azul.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Frases dos sábios

Perdão não é saber perdoar o perdoável. Perdão é saber perdoar o imperdoável - Prof. Cássia.

Não se deve conhecer o inimigo. Ou você pode se identificar a ele. - Prof. Paulo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Perdendo amigos

    Vocês dois eram os mais juntos do colégio, você contava de todos os seus namorinhos e paquerinhas e ele te contava das meninas bonitas. Eram um grude só e ele te ligava todo dia pra saber como você estava depois daquela festa super agitada. Então, o fatídico dia chegou e ele disse que gostava de você.
- Desculpa, mas você sabe de quem eu gosto.
    E não funcionou mais como antes. Não foi mais como era e você acabou perdendo-o. Enfim, os dias passaram e vocês já nem se olhavam mais. Não por causa de uma briga ou de uma discussão. Mas sim porque a vida não deu mais oportunidades pra vocês pararem pra conversar. Então você começa a namorar a pessoa perfeita, que sempre procurou, ele passa a procurar outras meninas pra te substituir.
    Mas vocês eram tão amigos! Amigos, e só. Na sua cabeça, ele era o melhor amigo perfeito. E bate aquela nostalgia básica daqueles momentos efêmeros. Até o dia em que você, animada com outras coisas, dá oi pra ele, e pergunta "mas quanto tempo!" e ele simplesmente te ignora, por estar com uma amiguinha do lado. Literalmente, um ignorante. Mas quer saber? Eu vou é deixar pra lá. Sei a marca que deixei e a marca que carrego comigo. Só digo um bom dia sorridente depois de um pedido de desculpas. E não adianta vir fazer palhaçada comigo no MSN, que eu vou ser curta e grossa.
    Mais um amigo perdido.