sexta-feira, 30 de julho de 2010

Invisível aos olhos

  Hey, Pequeno Principe. É, você mesmo, aí, de cabelos loiros e cachecol engraçado. Lembro-me de ter ouvido tu sussurrar com uma raposa, e falavas algo de "invisível aos olhos". Estive pensando, aqui com meu aviãozinho... O céu é essencial, não é mesmo? Então ele é invisível aos olhos? Diga-me, sempre fui apaixonado pelos céus, o que há aí perto do teu planetinha, principe? Existem seres magnificos, civilizações desconhecidas? Ou é somente isso o que enxergo daqui da Terra? Garanto que um pouco de poeira cósmica deixaria-me muito feliz nestes dias que venho passando. 
  Sabe, às vezes olho pro céu e te imagino, tu e a rosa, nesse teu planetinha tão pequeno. O que fazes para passar o tempo, além de vir me visitar nos sonhos? Vejo milhões e milhões de estrelas brilhantes que deves ver daí também. Esse céu visto aqui da Terra sempre me encantou. Eu ia a campos abertos, acampar com meu pai, e poderia ficar o dia inteiro a observar o céu. As nuvens, os passaros, imaginando a distância que nos separa. Imaginei se eu podia voar, e tentei. Mas foi em vão. Qualquer dia tu me ensina a voar, principe? É, leva-me pros teus lugares preferidos, fora desse meu grande e chato planetinha azul. Aposto todas as minhas fichas que teu planeta, teu vulcão, tua rosa e teu carneirinho valem muito mais que todas as pessoas que povoam a Terra. 
   Bom, é isso. Mande-me notícias, nem que seja pelas estrelas. De um jeito ou de outro, eu estou sempre a te observar, pequeno principe. Levo comigo esse teu jeitinho atrapalhado e as tuas curiosidades do meu mundo. Um abraço, do teu amigo da Terra.



quarta-feira, 28 de julho de 2010

E as minhas crises?

                Às vezes, quando digo que estou bem, eu quero alguém que me olhe nos olhos, 
                                      me abrace apertado e diga: '' eu sei que você não está.''  
  Sempre fui a amigona, a psicóloga, a ombro-para-chorar. Mas e eu? Eu também tenho os meus sentimentos! Também tenho o meu direito de chorar pra alguém quando estiver mal. Ei, não é sempre que eu tenho crises, então não é sempre que eu vou precisar de um colo! E, quando eu não precisar de um, empresto o meu, eu juro. 
   Entendo que eu devo ficar bem chata quando tenho crises, mas e daí? Eu consigo aguentar você falando e reclamando no meu ouvido o tempo todo. E a dona Thaís aqui sempre junto dando força, falando coisinhas pra animar, motivar, etc e tal. Devem achar que eu sou algum tipo de disk-felicidade, ligue e fique feliz. Então, depois de conquistada a felicidade, a pessoa desliga e só retorna quando precisar de ainda mais sentimentos bons. 
   É sério, não precisa de muito pra me alegrar. Basta apenas me distrair, e eu já fico bem melhor. 


Um muito obrigada a todos que já foram meus ombro-pra-chorar, vocês sabem que eu estou aqui também <3

Um link e uma palavra

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=35141853
Lembra?

O coração dispara

Hoje eu acordei mais cedo e fiquei te olhando dormir.
Imaginei algum suposto medo para que tão logo pudesse te cobrir.
Tenho cuidado de você todo esse tempo,
Você está sob meu abraço e minha proteção.
Tenho visto você errar e crescer, amar e voar.
Você sabe aonde pousar.

Ao acordar já terei partido, ficarei de longe, escondido.
Mas sempre perto, de certo. 
Como se eu fosse humano, vivo,
Vivendo pra te cuidar, te proteger, sem você me ver
Sem saber quem sou.
Se sou anjo, ou se sou seu amor.

                                    Anjo - Banda Eva

terça-feira, 27 de julho de 2010

Reviravolta

       "A gente segue a vida pelo mundo a fora, e às vezes nem percebe quando ela passou. E vive o dia a dia nessa correria, se entrega à rotina que se acostumou. Eu fico por aqui, me livro da ilusão de não poder me divertir... E fiz essa canção ao passo da expressão 'O melhor está por vir'. "
                                                                             Scracho

   Lendo alguns dos antigos posts, eu percebi que o blog vem mudando. O que era pra ser um campo verde, matagal onde eu poderia me esconder do resto do mundo, gritar verdades à mim mesma, tá se tornando uma cidade grande. Cheia de gente, sem lugar pra olhar o céu, sem sentir a brisa fresca do campo.
  Sem mais textos grandes e cheios de criatividade como eu me impunha a fazer. Agora só memórias guardadinhas aqui, pra todo o sempre, se possível. Já que eu gosto tanto do campo, por que não? Cheio de vaquinhas cheirosas, grama verdinha e fofa, o céu azul e limpo, mesmo que seja três da manhã. Aliás, só vai ser noite aqui quando eu quiser. Isso aí! Eu que mando por aqui!
   Que voltem as coisas aleatórias, as musiquinhas que estão guardadas na cachola e relatos do meu dia a dia. Cansei de ter que ficar bolando textos mirabolantes, é. Lembra do papo de não fazer mais o que não te faz bem? Acabei de colocar - mais uma vez - em prática :)
   Até porque, de que adianta ter uma coisa feita por você, sendo que ela não tem uma parte sua?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Discussão?

   Devido à grande repercussão do post anterior (é, quase fui metralhada, e virtualmente), deixo aqui os blogs que "responderam". Matheus e Marcio :)


   Em maaais um debate no msn, descobri que estou rodeada de pessoas maduras (ou não). Mas respondam somente por vocês, não tentem generalizar, meninos. Tudo bem, eu concordo plenamente que existem dois tipos de homens: o maduros e os crianças. Mas alguém me explica o porquê de existirem mais homens-criança do que homens maduros hoje em dia? Isso é influência de quem? Dezesseis anos já é idade de um homem ter em mente que dali a um tempo terá uma familia, pessoas pra proteger e cuidar. Não vai dar pra ele, meia noite, levantar da cama e falar pra esposa dele "amor, tô indo pro baile funk, cuida do Jr". POR FAVOR!
   É realmente uma relação de caça-caçador. Um foge, o outro corre atrás. Mas a partir do momento em que o caçador consegue sua presa, acabou. Não há mais nada a fazer do que aproveitar a caça e jogar o resto fora. Creio ter perdido um pouco do assunto, que era "amadurecimento", indo pra alguma coisa relacionada com amor entre duas pessoas. É, amor.
   Todo mundo fala do tal do amor. Diz que já sofreu por amor, que já amou demais. Já amou mesmo? Eu, por exemplo, não tenho certeza se já amei de verdade. Sei que gostei, tive apego, carinho, momentos bons. Mas amar é demais, amar é.. sem definições.
   Se amar amadurece as pessoas, consigo concluir que os homens-criança citados no começo do texto não tem amor. É isso? Os homens precisam de amor pra poderem abrir os olhos? E, se levar em consideração que o sexo feminino é que mais expira (e aspira) amor, então os homens-criança precisam de mulher. Mas já que são eles que pegam mais de dez na balada, que são os bonzões, que só "pegam e não se apegam", alguma coisa saiu errada né?
   Sinto muito rapazes, nada dito por vocês mexeu com algum dos meus conceitos sobre vocês mesmos. Está pra nascer o homem que vai me fazer tirar os pés do chão em relação a isso. Eu ainda acho que a juventude de hoje em dia, relacionado à amor/relacionamentos/etc, está perdida. Tanto vale para homens ou mulheres. 




   Vieram me criticar bastante. Mas aqui é o meu blog, eu acho. Tudo bem que eu levo super em consideração a palavra de vocês, mas, pra quem não percebeu, o post passado foi uma provocação. O que eu queria era justamente criar este tipo de conflito. Cada um com a sua opinião, mas nada melhor que um bom debate para aumentar nossa capacidade argumentativa de um modo saudável. :D

domingo, 25 de julho de 2010

Bicho homem

   E não adianta vir me dizer que a imagem é só uma imagem. Cenas assim acontecem de verdade! Mas hein, meninas, digam-me quantas vezes vocês já não se sentiram mal por passarem na rua e ouvir aquele murmúrio vindo de um grupo de homens? É chato, bem chato.
   Numa conversa hoje, veio o papo sobre homens e mulheres. Quem entende quem. Quem não entende quem. Pois digo, eu, razoavelmente, entendo os atos dos homens. Têm fogo de palha, instintos de caçador. Quando ganham um troféu, gostam mais da hora da conquista, do que da hora de limpá-lo. Fazem cara feia quando a mulher se faz de difícil, mas é disso que eles gostam. Não é? Respondam-me vocês, homens!
   E sem essa historinha pra boi dormir de que existem homens bonzinhos. O que existem são homens conscientes, maduros. Homenzinhos que cresceram mais rápido, aprenderam que as mulheres gostam de uma vida estável, e não da vida de um garotinho do funk.
  "Nós somos todos iguais, é o que vocês dizem. Então basta entender um para entender a todos". Eu realmente queria que isso fosse verdade. Vocês parecem ter o coração de pedra. É estranho.
   Sabe os homens que dizem ter sofrido por amor? Foi porque não foram correspondidos. Uma mulher inteligente o suficiente, não caiu em tentações, apelos, provocações feitas por esse homem, e ele percebeu que ela era muito superior à ele. E sofreu. Uma criança mimada e rica, é a isso que os homens podem ser comparados. Querem. Quando têm, brincam até enjoar e jogar fora. Quando não têm, gritam, berram, fazem manha, e choram choram choram. Coisa que a mulher faz toda hora, seja dito.
   Ah, mas se não fossem essas lágrimas derramadas por homens, o mundo seria nosso. Com os homens derrotados, lavando roupa e cuidando da casa, a coisa que eu mais teria orgulho de fazer seria chegar do trabalho, jogar minhas coisas no sofá e gritar da sala "Amor, me traz aqueela limonada, porque hoje tem último capítulo na novela!"
   E tenho dito!

sábado, 24 de julho de 2010

Dose de egoísmo

   Todas as atitudes que você toma na vida fazem com que alguém saia machucado na história. Quando você começa a falar, quando decide curtir a vida, quando se forma e vai morar longe de todos. Creio que não seja uma ideia muito boa você se basear nessas consequências para tomar decisões. As melhores coisas são as que acontecem por acaso, é o que todos dizem. E é verdade.
   Quando uma coisa é esperanda ansiosamente, pode não corresponder a expectativas. Quando acontece de repende, surpreende e faz bem, simplesmente por ter sido uma surpresa.
   Já cheguei a pensar que tudo o que eu esperava de verdade, não acontecia. Pelo contrário, aconteciam sim. Mas eu mirava uma coisa tão mais alta, que quando essa coisa acontecia, não correspondia à minha expectativa de ser uma coisa maravilhosa, sem explicações. Era simplesmente ótimo, e eu não conseguia enxergar isso. Isso me fez acreditar que eu não alcançava os meus objetivos. Engraçado pensar que sempre os alcancei.
   Voltando, cada pessoa espera uma atitude da sua parte. Seja pra qual assunto for, seja em qualquer caso. Todas as pessoas ao seu redor esperam um modo julgado certo para que você aja. E quer saber? Faça o que o seu coraçãozinho mandar. Se ele estiver confuso, use a cabeça também. Mas pense somente em você, pelo menos nessas horas. Vovó sempre me disse que, às vezes, era preciso ser egoísta, pensar um pouco só no nosso nariz, pra sermos felizes. E eu concordo totalmente.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

E com vocês, Maria Gadu

Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
Do teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal
Então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós


Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo, faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta

                                       Altar Particular

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Reflita

Faça o que tem que fazer, e deixe os outros discutirem se é certo ou não.
                                                  Calvin and Hobbes

Um abraço?

   Tá, eu sei que ficar tanto tempo assim sem dar uma palavrinha é chato, vocês podem me crucificar, mas é que não me baixava um santo que soubesse o que escrever aqui. Agora tento, vou na onda que mais longe me levar, num assunto breve e simples, contar pra vocês o que vem se passado durante esses dias.
   Sou humana, tenho as minhas vontades. A carência vem me corroendo desde uns dias. Mas não é a carência de paixão, de fogo. Carência de simplesmente alguém que me abrace e me olhe nos olhos, sinceramente me dizendo "Eu te entendo". Mesmo que não entenda!
   Já chegaram a me dizer que eu pareço não gostar de contato físico, muito pelo contrário, eu a-do-ro abraços, andar de mãos dadas, cafuné, beijos na bochecha. Demonstrações de carinho são sentimentos que não couberam dentro da gente, e pulam pra fora, numa atitude inconsciente de abraçar alguém, segurar a sua mão. Assim como as lágrimas. Mas eu não quero um abraço vago, aquele que sobra um espação entre os dois abraçantes, que é dado por pessoas que acabaram de se conhecer, apenas por serem gentis. Quero um abraço total, macio, confortável, de onde eu não queira sair nunca mais. Até porque isso não funciona com o meu travesseiro.
   Só abraço se for uma vontade sincera. Não abraço apenas para não fazer feio com as visitas. Abraço porque quero, porque gosto. Quando quero consolar, parabenizar, matar as saudades. Existe abraço de todo tipo, e eu aqui precisando de só umzinho. Abraço total, assim como beijo, não se pede, não se planeja. Abraço também acontece de repente. Abraço também é romântico.

 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dia nulo

  Acordei hoje sem a mínima vontade de fazer algo que me mandavam. Até fiz um favor ou outro, mas nem secar o cabelo sequei, de pura e eterna preguiça. Aquela voz que que pedia que eu apenas deitasse e dormisse o resto do dia não me deixou em paz, até eu tentar, tentativa falha, diga-se de passagem, fazer o que a maldita me gritava na consciência. Eu realmente não estava a fim de fazer o que não esteva a fim de fazer. Entendeu? Eu não queria me desgastar fazendo o que geralmente faço, mas não gosto de fazer. É, confuso, eu sei.
  Foi como se o dia não estivesse sido contado. Nem um dia a mais, na minha vida, nem um dia a menos. Dia nulo, vamos tentar assim. Foi um dia de destino mudado. Era pra ser uma longa viagem, em que eu passava a tarde toda mofando num ônibus gelado e rodeada de estranhos. Mas foi uma tarde razoavelmente quente, em que eu conversei com uma das pessoas que mais me acompanhou nessa vida. Uma amizade com mais de quinze anos.
  Se parar pra refletir, dias assim são bons. É um bom momento para repensar em tudo o que você faz na vida. Faz por obrigação? Dependendo da coisa, você pode deixar de fazê-la. Revolto-me com a capacidade do indivíduo que quer fazer tudo certo, mesmo que isso não agrade a si mesmo. Critica, joga a sua opinião para as outras pessoas poder verem o que tem dentro desse cabeção aí. Cansei também de tentar fazer com que as pessoas gostem de mim. Não sou simpática, só sorrio pra quem eu quero, falo mal de quem fizer merda, e não tô nem aí. E sim, estou revoltada e não devo nada pra ninguém!
  A partir de hoje, juro que só vou fazer o que me deixe entusiasmada. Tá, estudar e lavar a louça também, mas só porque a minha mãe é muuuito legal!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O Próximo Alvo, Capítulo 2

Ainda não leu o primeiro capítulo? Leia-o.

                                                  Capítulo 2
                  (Uma breve apresentação da personagem, por Samantha)
   Esse homem é Alex Ibertorich. É loiro, tem olhos escuros, uma casa na cidade de Nova York e sua cor preferida é vermelho. Tem uma empresa que fabrica materiais de tecnologia altíssima.
   Nos conhecemos a uns anos atrás, no Central Park. Ele lia um livro, deitado na grama, e eu corria. Até o certo momento em que tropecei e caí ao lado dele. Exatamente ao lado dele. Ele apenas abaixou o livro que lia, olhou pra mim com uma cara de assustado, e começou a rir. Uma risada gostosa, que logo me contagiou, e eu comecei a rir também. 
   Tinha ralado todo o meu joelho direito. Sentei-me na grama, ainda ao seu lado, e comecei a dobrar a calça de ginástica que vestia. Ele apenas me assistia, ainda como quem não sabia o que estava acontecendo. Ao ver o machucado, ele olhou ainda mais assustado.
   - Meu Deus, moça. Você caiu de onde? Vem, vem aqui que eu te ajudo. – levantou-se e me ajudou.    Fomos caminhando até um bebedouro que havia ali perto. Ele fez questão de ficar ali ao meu lado até eu conseguir caminhar novamente. Pude perceber que o Central Park estava mais bonito aquele dia.
   Depois disso, continuamos nos encontrando, ficamos amigos e aqui estamos.
                                             ***

   Estranhamente ele mudou de assunto, depois de tamanha declaração na sala. Um turbilhão de coisas passava na minha cabeça, e eu estava prestes a chorar, se não fosse ele descontrair:
   - O que você acha de fazermos uma viagem? – ele disse, com o olhar de uma criança que pede doce à sua mãe – Por favor, amor. Pede uns dias de licença no trabalho, vamos fazer alguma coisa juntos. Lembra que você me disse que sempre quis esquiar?
   A minha vontade era de dizer que sempre esquiava, em missões ou até treinamentos na neve. Mas me segurei e apenas sorri. Veio-me na cabeça a imagem de nós dois, eu e Alex, sentados tomando um delicioso chocolate quente, como um casal normal. Apertei ainda mais forte as suas mãos, entrelaçadas com as minhas. Parecia que uma energia inexplicável era transmitida de um para o outro quando estávamos juntos. Eu me sentia um celular sendo recarregado, apenas pelo toque de Alex.
   Olhei para ele, com uma cara de quem pensava muito, avaliava várias coisas. Ele continuava olhando para mim, com uma cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças. Ao me pegar pensando nisso, ri sozinha.
   - O que foi, Samantha? – Alex perguntou, fazendo uma cara séria e me encarando.
   - Só aceito viajar se você continuar fazendo essa cara. – eu respondi, sorrindo e acariciando seu rosto. Ele riu, e me deu um beijo na mão. – É claro que eu aceito viajar com você, amor. Vai ser ótimo ter instruções de esqui com você.
   - Ah, você é linda! – sorriu e me abraçou. Eu fechei os olhos e permaneci ali, abraçada a ele, sentindo o calor que emanava daquele homem.

                                                   ***
   Eu estava muito mais tranqüila depois de “me acertar” com Alex. Muita coisa havia mudado na minha cabeça, depois de ter recebido um voto de confiança e um tempo para arrumar minha vida e contar à ele toda a verdade. Já havia decidido, ia ligar pro Jared e marcar um jantar, ali na casa de Alex. 
   A sala de jantar era realmente muito bonita. Num estilo clássico, mesa, cadeiras forradas em veludo vermelho e cortinas do mesmo tom, faziam com que você sentisse que o tempo estava voltando até o tempo em que pequenas e magrelinhas empregadas iam até a sala de jantar servir os patrões, vestidos em ternos ou longos e volumosos vestidos.
   Tentei ligar para o Jared, mas meu celular resolveu não funcionar. A lembrança de que eu o havia esmagado logo cedo veio à minha cabeça, então eu o joguei no sofá, resmungando. Concentrada, eu pensava em como dizer ao Jared que eu já havia me decidido. Eu iria largar essa vida secreta, cheia de segredinhos, e iria me tornar uma simples e comum trabalhadora.
   Voltei ao quarto, peguei a primeira roupa que vi pela frente e a vesti. Um jeans claro e surrado, uma regata branca e um sapato. Peguei minha maleta, passando pela sala, e mandei um beijo para o Alex, que ainda estava sentado no sofá, tocando seu violão. A luz continuava tornando-o uma estátua de mármore, de tão perfeito. Ele agora cantava e sorria. Improvisava uma música, do modo como sempre fazia, e colocava meu nome no final das frases.
   Saindo de casa, entrei no carro e coloquei minha maleta no banco do passageiro. Era um carro esporte, preto, bem grande e confortável. Abri a maleta e fiquei encarando o que se encontrava em seu interior. Eram armas. Quatro, pra ser mais precisa. Foi o meu material do alvo passado, e eu iria devolvê-lo. Geralmente, nós só devolvíamos o material se ele apresentasse algum defeito, ou quando iríamos receber um novo. Ao final de cada quatro missões, uma nova maleta era entregue ao felizardo. Isso era praticamente uma promoção.
   Liguei o carro e segui pelas ruas de NY. Meu corpo permanecia no carro, mas minha mente voava longe, lá no futuro. Pensava em coisas que iria falar ao Jared, e em coisas que iria falar ao Alex. Estacionei e desci, apressada. “Eu só gostaria de terminar logo com isso e poder voltar pra casa”, eram as palavras que flutuavam pela minha cabeça.
   Entrando no prédio, vi Lana e Sara, as duas irmãs gêmeas. Estavam tão bem vestidas que me senti uma mendiga ao lado delas. Em vestidos de modelos iguais, Sara vestia azul e Lana vestia rosa, cores contrastantes com seus cabelos, escuros e os olhos verdes. Dava pra imaginar uma selva inteira dentro daqueles dois pares de olhos. Esses, que me seguiram até o elevador, intercalando uma olhada para a maleta, uma olhada para a minha roupa.

   Cheguei no departamento de Jared e vi Melisa, a secretária do meu patrãozinho. Ao me ver saindo do elevador, ela sorriu e acenou. Eu acenei de volta, com um meio sorriso e uma levantadinha de sombrancelha, como quem dizia “é hoje”.
   - Como você está, Samy? – ela disse, e olhou para a maleta. – Já completou? Hoje vai ter promoção?
Eu estava confusa, não sabia se ainda dava à Melisa a notícia de que iria me demitir.
   - É, digamos que sim. Melisa, Jared já deixou meu pagamento com você? Eu já poderia pegá-lo?
   Melisa sempre foi meio fofa, e isso era estranho, pois era uma das poucas funcionárias dali que sabia tudo o que estava sendo falado entre as paredes do escritório de Jared. Mexendo nos cabelos curtos e castanhos, ela abriu a gaveta de sua mesa, e pegou minha ficha. Conferiu alguns números e logo voltou a procurar alguma coisa na gaveta. Eu a observava impaciente. Acabei desistindo de pegar o pagamento naquela hora, avisei-a que pegaria depois e entrei na sala de Jared, a primeira porta à direita.

                                                                                    fim da primeira parte.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Últimas palavras

 
Coloque-se no meu lugar, só por um instante. Tente enxergar o que se passou pelo meu lado, por fora de todo o contexto seria bem normal, eu sei. Mas não entra na minha cabeça, sabe? Tive uma noite meio conturbada hoje. Não consegui dormir, pensando no fato ocorrido e em outras coisas mais. Já se passou muito tempo. Confesso que muitas outras pessoas já passaram na minha vida, eu não te contei. É sério, você foi especial, e não dá pra continuar do jeito que tá, ok? Não entra na minha cabeça.
  De um jeito ou de outro eu ainda estou presa a você, não tenho que esconder. Eu pensei que tudo o que você falasse fosse só pra mim, lembra? Algo como "você é única". Nada do que você diga vai mudar minha opinião agora, do mesmo jeito que nenhuma dessas palavras aqui vai mudar o rumo que você seguiu. Esqueça os próximos três anos, esqueça dos tempos passados, esqueça dos apelidos, esqueça dessa pessoa aqui. É a melhor coisa que você faz, tá?
  Me surpreendeu bastante o que você disse da última vez que nos falamos. Eu percebi que alimentava uma faísca de esperança, e resolvi jogar um balde de agua gelada, e ainda pisar em cima dessa quase-chama. Agora só existem algumas fumaças saindo, que logo irão se perder na imensidão do céu. O meu céu.
  Ah não, a mesma conversa de sempre não. Já me cansei quantas milhões de vezes? Uma hora tem que acabar definitivamente, virar a página de uma vez, terminar o capítulo com um ponto final bem grande. Desse filme eu já decorei até as falas. Tá passando na minha tevê como se fosse A Lagoa Azul. E eu vou aproveitar que não vai doer tanto assim, que eu já me desvinculei de você mais do que o imaginado, pra tomar essa decisão drástica. Só preciso avisar que não vai ser como as outras vezes em que eu tentei fazer isso. Eu não vou voltar atrás. Você tem o meu celular, o meu e-mail, mas pode esquecer isso também, por favor.
  Pra você vai ser bem mais fácil, então aproveita. Vamos terminar isso bem, pra nunca mais se arrepender. Entre querer ter e não ter, eu prefiro não ter. Chega de tentar amenizar sofrimentos com uma conversinha amistosa, de tentar te substituir por outra pessoa. Chega de tentar, eu já consegui. Encontrei traços seus em muitas outras pessoas que me completam também. Verdade seja dita, eu não preciso mais de você. Pode ter certeza que se precisasse, estaria lutando por você. Mas percebi que não vale mais a pena, entende? Até porque você já tem outra pessoa.
  "Oh, que grande bobeira, o que ela está dizendo?" Você teve sua chance de falar o que quiser, lembra? My turn. Eu também posso falar o que penso. Não quero tocar seu coração, não quero te fazer mal com esse texto. Eu apenas tenho a péssima mania de sempre querer justificar os meus atos. Essa é a grande justificativa deste grande ato. Depois de muito tempo eu percebi que é idiotice insistir no erro. Acabou. De verdade dessa vez.
Vou deixar minha vida passar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Palavras de um futuro bom

  Pra não dizer que não falei do meu futuro, eu penso em todos os detalhes que estão por vir. É lógico que nem a metade de tudo o que eu quero dá certo, mas é bom sonhar com essas coisas. Colocar uma dose de esperança na vida, um "empurrãozinho" me dizendo pra seguir em frente, que eu estou mais perto do que imagino do que quero. Mas se fosse parar pra pensar, as coisas que quero pro meu futuro nem são tão impossíveis assim. Vida estável, sem filhos, um bom carro, um emprego que me faça bem, reconhecimento. Gosto bastante de ser reconhecida, de ter os meus méritos. Procuro sempre me destacar, em tudo o que faço. Sou bem competitiva, e isso tem suas vantagens.
  Não quero ter filhos. É, sem ninguém. Se, mais pra frente, me aparecer a vontade de ter uma cria, eu adoto. Se existem tantas crianças orfãs no mundo, por que não ajudar? Eu penso assim, e toda a minha família tenta argumentar, mas ninguém muda as coisas que coloco na cabeça. Quero militarismo. Viajar pelo mundo. Ter uma casa decorada por mim mesma. Perder o tempo do fim de semana saindo, nem que seja com a minha mãe. Poder sair por esse país e conhecer todas as pessoas com quem converso mas não vejo. É, seria legal.
  E no verão, poder arrumar todos os meus biquinis numa mala, pegar a mão do meu namorado e ir para a praia. Cara, eu amo praia! Se continuar sendo a minha vontade, caso na praia. E ainda moro por lá mesmo. Uma casinha simples, com uma janela com vista pro mar só pra mim. Ah, e uma rede! Então vai ser uma varanda com vista para o mar, pra eu poder colocar uma rede. Quando estiver estressada, me refugio no meu QG, olhando tudo e todos que passarem pela orla. Casar? Tá, não tenho certeza. Tem que me aparecer a pessoa certa, sabe? Aquela de quem todos os poetas falam e tal. Pode ser a pessoa errada também, contanto que leve meu coração e seja fiel a ele.
  Mas ainda sim eu quero: uma cozinha que lembre mais um chalé do que uma casa na praia. Cozinha pra lembrar todos os meus momentos bons. Quero um quarto aconchegante, onde eu possa atirar as minhas roupas no chão sem ninguém reclamar. Vou ter 5 gatos, todos com nomes começados em V. Penso também em escrever um livro que fale da vida. Da minha, da sua, do mundo, da vida dos meus gatos. Mesmo que não venda milhões, tipo Harry Potter, vou presentear cada amigo e parente com um. Autografado! E fazer questão de agendar uma tarde de fotos, nem que eu os obrigue a ir. Mas e inspiração? Quantas tardes na rede da varanda que tem vista para o mar eu vou ter que perder? Ah, se demorar muito eu não quero. Quero já, agora, tudo pronto pra ontem, com perfeccionismo e do jeito que eu imaginei.
  Pra isso eu vou lutar, e muito. Aliás, já estou lutando. Acordei mais disposta a seguir meus sonhos. Isso a uns anos atrás. Vou fazer todos se concretizarem, virarem verdade pura. Eu tô seguindo meu caminho, amor, você vem? Se quando eu sair pra ir pra casa da praia, você não estiver no carro, ao meu lado, eu só vou olhar pra trás pelo retrovisor.

domingo, 11 de julho de 2010

As coisas tão mais lindas

Entre as coisas mais lindas que eu conheci
Só reconheci suas cores belas quando eu te vi
Entre as coisas bem-vindas que já recebi
Eu reconheci minhas cores nela então eu me vi

Está em cima com o céu e o luar
Hora dos dias, semanas, meses, anos, décadas
E séculos, milênios que vão passar
Água-marinha põe estrelas no mar
Praias, baías, braços, cabos, mares, golfos
E penínsulas e oceanos que não vão secar

E as coisas lindas são mais lindas
Quando você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas
Porque você está
Onde você está
Hoje você está
Nas coisas tão mais lindas

Nada do que foi será, né?

   (...) De novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará. ♪


    Hoje, numa conversa, surgiu um neologismo que eu achei interessante. Ser desapaixonante.
(des: prefixo. negação; apaixonante: adj. fortemente interessante). Ou seja, não ser apaixonante, não ter um quê a mais que cative as pessoas.
   Por um lado, seria bom ser desapaixonante. Não se preocupar (de verdade, porque tem gente que diz que não se preocupa, mas é mentira) em agradar as pessoas, em ser simpática, ter as unhas limpas e servir um café quente pra visitas. Viver a SUA vida, curtir ao máximo, sem realmente se importar com o que os outros acham. São consequências de ser desapaixonante.
   Mas também não receber elogios, não fazer uma pessoa rir. Afinal, quando uma pessoa ri com você, é sinal que está se apaixonando. Não falo de apaixonar no sentido de amor. Falo no sentido de agradar, de ser interessante. Você perde o seu tempo com pessoas desinteressantes? Não. Então você também não perde o seu tempo com pessoas desapaixonantes. Solidão. Outra consequência de ser desapaixonante.
   Não dá mais pra conceituar em boa ou ruim uma coisa. O bom e o ruim acabam juntos em várias situações. Nada tem só lados bons ou só lados ruins. Mas algumas pessoas demoram mais pra entender essa simples ideia, por que será?
   Que fique para reflexão.


                                                  " Ah Jé! Mas eu queria tanto ser desapaixonante... "

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Carta

   Sob o infinito céu azul que cerca minha janela eu te escrevo mais uma carta. Só mais uma, a última, quiçá. Eu espero que você entenda o porquê, amor.
  Não há nada tão mais límpido que o céu neste momento. O Sol de três da tarde reflete nos lagos que correm pelo outro lado do vidro. Não é a mesma luz que emana dos teus olhos quando você sorri, mas perduro em achar alguma semelhança entre ele e você. O calor que sinto é bom pra me lembrar o quanto você me esquentou naquele inverno. Inverno triste né? Acabou justamente com um tchau, meio tímido, por entre abraços desajeitados e um beijinho na bochecha. "Você vai ficar bem?". "Vou, vou sim. Ah... Se você puder me devolver a fotografia..."
   Eu ainda a guardo. Desde o dia em que parti para cá, longe. Cidade mais fria ainda esta que me fez lembrar de ti, da tua raiva pelo inverno, por não poderes mais mostrar tuas pernas e teus pés tão belos por onde quer que passasses. De não poderes mais tomar o sorvete que mais gostas. Limão? É, acho que ainda me lembro bem. Não faz tanto tempo assim, afinal. Foram 7 anos pensando em como te escrever esta ultima carta, amor.
   Agora estou aqui, meio embaraçado, sem saber o que escrever, com as minhas letras garranchadas (você dizia que não, dizia ser letra de médico. Mesmo assim, quem entende letras de médico?). 
   Como é que você está? Como foram seus dias desde que parti? Como vai Fliper, esse gato danado que só? Lembro-me bem que ele ainda era um filhote. Deve estar muito grande. Isso me faz pensar nos filhos que podíamos ter, mas não tivemos. Eu era muito novo, você muito nova. Nada é por acaso, não é mesmo?
   O balançar do onibus conseguiu me deixar bastante enjoado. Vou tentar dormir ouvindo aquela música que você sempre cantava quando ia fazer o café, logo pela manhã. Aquela, do Nando. Você se lembra?
   Consegui seu número de telefone ontem, com a Jacira, filha do jornaleiro aí do bairro. Tentei telefonar, mas ninguém atendeu. E nem quis deixar nenhum recado na secretária.
   Só queria te dizer que te amo, e vou voltar.

Ps. Esta carta que teus lindos olhos lêem agora chegará duas ou três horas antes de mim. Espera-me no portão, com aquele vestido todo cheio de flores que te presenteei no aniversário?


                                        Com muito amor, o seu e somente seu.

Beatriz...

Nenhum sentimento é tão nobre
Quanto a saudade, sincera e eterna,
Pois unicamente ela é capaz de lapidar
Uma lágrima de tristeza pela dor
Da distância e transformá-la em alegria
Pela lembranças de doces momentos
Vividos juntos de quem só lhe teve amor.

Saudade, Bia.

Capricorniano (a)

O capricorniano é tímido, porém forte e rijo. É agradável, mas ferozmente ambicioso. Secretamente, ele anseia pela adulação. Em seus sonhos particulares é um incurável romântico, mas Saturno acorrenta sua natureza.
O severo planeta da disciplina exige dele um procedimento calmo, ações práticas e intenções sérias. Vire pelo avesso esse (a) homem (mulher) firme e severo (a). Você encontrará um capricorniano sonhador gentil e alegre, que anseia pela emoção e tem sede de aventura. Mas essas revelações que acabo de fazer são parte de sua natureza interior.
Ele (a) ficará emocionado (a) e impressionado (a) se você lhe disser essas coisas, mas natureza interior significa isso mesmo "natureza interior". Ele (a) jamais permitirá que esses sonhos diáfanos de um êxtase despreocupado fujam e fiquem soltos por aí.
Você deve saber que esses sonhos estão dentro dele, e só dentro dele. Você não pode mudar a personalidade basicamente saturnina de um capricorniano.
Ele (a) finge que pode passar sem elogios, e o modo pelo qual age quando recebe um, é prova convincente. Não se engane. O fato de ser um mestre na arte de dissimular, não quer dizer que você tenha de ser enganada (o). Na verdade, ele (a) precisa desesperadamente que lhe digam que ele é bom, inteligente, bonito, desejável e interessante, mas desde que raramente evidencie esta necessidade, recebe poucos elogios.
Em conseqüência, fica desacostumado à lisonja e não sabe o que fazer quando alguém o admira abertamente, e oculta o seu embaraço fazendo uma piada sem graça ou ignorando o cumprimento, reação que desconcerta as pessoas levando-as à decisão de nunca mais fazerem um elogio "àquele sujeito impassível". Cria-se a impressão que ele detesta os elogios, e assim recebe-os cada vez menos. É um círculo vicioso.
Na juventude o capricorniano é sério, mas vai relaxando à medida que amadurece e pode acabar parecendo o homem mais jovem e mais ativo de seu grupo. Ele (a) é bem mais seguro, quanto à fidelidade, que a maioria dos indivíduos de outros signos solares, pois ele praticamente queima incenso no altar da família.
Eventualmente, pode se meter em situações inconvenientes, se atrapalhar com uma indireta, ou parecer rude e grosseiro (a). É apenas sua maneira de parecer natural, um método típico de ocultar seu embaraço e curiosidade pelas paixões violentas de gente mais agressiva.

A limpeza da alma


  Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou. Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo, é renovar as   esperanças na vida e, o mais importante, acreditar em você de novo. Sofreu muito  nesse  período? Foi aprendizado. Chorou muito? Foi limpeza da alma. Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia. Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos. Acreditou que tudo estava perdido? Era o início da tua melhora. 
  Pois é... agora é hora de reiniciar, de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Um corte de cabelo arrojado diferente, um novo curso, ou aquele velho desejo de aprender a pintar, desenhar, dominar o computador, ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio, quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando... Ta  se sentindo sozinho? Besteira, tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento". Tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu  para chegar  perto de você. Quando nos trancamos na tristeza, nem nós mesmos nos suportamos, ficamos horríveis. O mau humor vai comendo nosso fígado,  até a boca fica amarga. Recomeçar... Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
  Onde você quer chegar? Alto? Sonhe alto! Queira o melhor do melhor. Queira coisas boas para a vida. Pensando assim, trazemos prá nós aquilo que desejamos.
  Se pensamos pequeno, coisas pequenas teremos. Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor  vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental.  Jogue fora tudo que te prende ao passado, ao mundinho de coisas tristes. Fotos, peças de roupa, papel de bala, ingressos de cinema, bilhetes de viagens e toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados. Jogue  tudo fora, mas principalmente esvazie seu coração. Fique pronto para a vida, para um novo amor.  Lembre-se, somos apaixonáveis, somos sempre capazes  de amar muitas e muitas vezes, afinal de contas, nós somos o "Amor". Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.  
             Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Coisas aleatórias de julho

"O dia mente a cor da noite
             E o diamante a cor dos olhos.
                         Os olhos mentem dia e noite a dor da gente."


Viagens longas me entediam. E me deixam enjoada.
Nunca tome dipirona em excesso. O seu nariz pode começar a mexer, e isso não vai ser legal.
Hoje eu aprendi que quando você perde um onibus na rodoviária, e já comprou a passagem, você pode trocá-la! (óóóóh!)
Jamais entre numa piscina de bolinhas quando seu anel estiver largo. A não ser que você queira perder quatro reais (prêmio dado para quem o achasse).
É legal pensar que as pessoas indiferentes que estão ao seu redor podem fazer uma diferença tamanha no futuro.
Maturidade é o que há nos dias de hoje.
Não é nada divertido perder um amigo, mas é divertido ganhar amigos (own).
Eu tenho fogo de palha. Fica super entusiasmada no começo de alguma coisa, mas logo deixa pra lá por ter perdido a graça. O meu livro, inacabado desde o ano passado, é um exemplo disso.


Mini-post, depois de um dia esquisito e cheio de dipirona.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Reis... Nando Reis

      Desculpe, estou um pouco atrasado.
                    Mas espero que ainda dê tempo 
             De dizer que andei errado e eu entendo. 
       As suas queixas tão justificáveis
                E a falta que eu fiz nessa semana
         Coisas que pareceriam óbvias
                Até pra uma criança ...
                           Por onde andei, 
                Enquanto você me procurava?
                        Será que eu sei
    Que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?  

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Tatto




Estrelas : O significado de uma tatuagem de estrela é amplo e variado. Podem representar a sorte em forma de amuleto ou patuá, simbolizando a estrela-guia que protege e conduz.
Borboleta :Símbolo da liberdade e da metamorfose ou transformação. Na China, ela representa alegria e felicidade no casamento.

domingo, 4 de julho de 2010

Uma vez musa, Djenane até morrer :)

E se fosse pra te deixar feliz, Thaís, eu te dava as mais belas rosas do mundo! Todas as mais belas borboletas, para que coloque em seus cabelos longos e bem cuidados, porque sei que é delas que tu gosta, Thaís. Deixa de lado esse seu olhar triste, e assume logo o teu sorriso milagroso. O sorriso que ilumina tudo, mais um sorriso de sol nesse meu mundo. Que sorte a minha, não? Abre teu sorriso, Thaisinha, só pra que ele ilumine nosso mundo, e faça com que ele, esse mundo de Thaíses, não fique mais tão escuro, sombrio, como atrás de uma arvore feia e velha.
  Esse nosso mundo tem que ser belo. Belo, feito das mais lindas flores, borboletas e tudo mais o que você quiser. Só não deixe que aquele senhor mal, o tal do Amor, pise nas flores, e afaste as borboletas do teu olhar. Aliás, Thaís, você deve ser como uma borboleta, dessas mais cheias de cor e brilho. Se possível, com vários pares de asas, para se uma falhar, você poder contar com as outras. Voa, vai encontrar teu lugar, não olha pra trás nem pra ver o pôr-do-sol, pois logo à tua frente uma estrela vai estar brilhando. Encosta nas pessoas pra trazer felicidade e paz. Mostra no desenho das tuas asas o que você quer pro futuro. Em falar em asas, deixa eu ser uma dessas tuas lindas asas, deixa? Pra eu ser o teu motivo de apoio, pra eu te levantar quando seu voo tranquilo pela vida sofrer uma turbulência.
  Você já foi de tudo. Já foi ovo, já foi lagarta, e agora é borboleta bonita. E a borboleta que me dá os conselhos mais sábios, algo sobre ninguém ter o valor das minhas lágrimas caindo, ou então algumas frases que me deixem feliz. Tão feliz, tão.. Thaís.. Assim como você.
  E depois de tanto você se esforçar pra me deixar feliz, agora eu é que estou aqui, assumindo o papel de Thaís Grande, pra tentar te fazer sorrir ao menos uma vez. Faz por mim, Thaís Linda, faz por todas as pessoas que te gostam assim, sorrindo, transbordando alegria e energias boas. Não deixa o mal de amor te derrubar mais, você é tão mais poderosa que isso, faz com que teu poder ignore os males que o amor te traz. Ah esse amor, estranho amor, amor bipolar. Ora faz um bem de levar à tudo o que há de mais alto, ora faz um mal avassalador, que abala todas as estruturas.
  Pois aprenda, minha borboleta, aprenda as regras do amor bipolar que todos têm a oferecer, e faça disso mais uma das tuas qualidades. Leve tudo de mal que o senhor amor para o Livro das Lições, assim como você já fez muitas e muitas vezes.
  E você continua me cativando cada vez mais com esse teu jeito de borboleta, Thaís. Deixa eu ver esse teu sorriso mais vezes, faça-me o favor. Eu nunca vi borboletas sorrindo, mas e daí? Também nunca vi borboletas com mais de um par de asas. É Thaís, você vive me surpreendendo mesmo!
 E u   t e   a m o   e ponto.


Para Thaís Djenane, a minha Thaís Grande :)

Reenturmação

Como é que chegamos até aqui? Eu, inconscientemente. A vida passa por mim, e eu continuo a vivê-la intensamente. Aproveito tanto cada minuto que, quando vejo, meses já se passaram, e nós estamos de férias.
  Dizem que amigos são a família que podemos escolher. Entremos num acordo: eu não escolhi vocês. Nós fomos escolhidos. E nos tornamos a melhor família não-escolhida, na minha opinião. 
  É tão dificil dizer, vocês já viraram a minha rotina, phenomenos. Eu sei que tá acabando. Eu sei que metade da nossa fase juntos já se passou, e que essa segunda metade vai se passar muito mais rápido. Assim como eu entrei assustada com os olhares das outras 39 pessoas em mim, eu entrei com o coração me dizendo que eu iria encontrar um lugar onde iriam me acolher muito bem. Eu amo vocês, sabe? Coisa melhor não poderia ter aparecido, mesmo que eu pudesse ter escolhido a turma em que eu iria cair. É um quebra cabeças, e o nosso ficou completo :)
  Que venha o segundo ano, com uma turma nova. Que venha décadas e alternativas, onde praticamente não vai mais existir separações de turmas. Que venha o terceiro ano e sua pressão absurda em cima dos alunos, e mais uma reenturmação. Até então, chegarmos à formatura, e cada um seguir sua vida.
  Mas isso não importa agora. São lágrimas futuras. 
  Eu só espero que, ano que vem, aconteça o que tiver que acontecer nessa tal reenturmação. Eu vou sofrer muito, eu vou sentir MUITA falta de vocês todos, sem exceções. É como um tripé (com quarenta pessoas, tá?), se uma perna cai, as outras duas se desequilibram e caem também.
   A partir do momento em que eu suei minha camisa, em que eu derrubei uma lágrima por vocês, e perdi todo o meu almoço por estar torcendo pelos nossos menininhos, eu senti na pele que já tinha adquirido uma família nova... Phenom.


Não temos medo do perigo, não importa o que virá! <3

sábado, 3 de julho de 2010

A vida é assim..

Uns ganham, outros perdem. Mas os verdadeiros campeões são os que nunca param de tentar.

Mário Quintana

        Não desças os degraus do sonho
                      Para não despertar os monstros.
        Não subas aos sotãos, onde os deuses, por trás de suas máscaras,
                            Ocultam o próprio enigma.


                     Não desças, não subas, fica.
                              O mistério está é na tua vida!
                      E é um sonho louco
                                     Este nosso mundo ...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sonhos que podemos ter

Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração ♪




Ps. Sem comentários para o jogo da seleção brasileira hoje :x