segunda-feira, 4 de abril de 2011

Le petit

- À noite, tu olharás as estrelas. Aquela onde moro é muito pequena para que eu possa te mostrar. É melhor assim. Minha estrela será pra ti qualquer uma das estrelas. Assim, gostarás de olhar todas elas... Serão todas tuas amigas. E, também, eu te darei um presente.
Ele riu outra vez.
- Ah! Meu caro, meu querido amigo, como eu gosto de ouvir esse riso!
- Pois é ele o meu presente. Será como a água...
- Que queres dizer?
- As pessoas veem estrelas de maneira diferente. Para aqueles que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para os sábios, elas são problemas. Para o empresário, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém nunca as teve.
- Não compreendo.
- Quando olhares o céu de noite, eu estarei habitando uma delas, e, de lá, estarei rindo. Então será, para ti, como se todas as estrelas rissem! Desta forma, tu, e somente tu, terás estrelas que sabem rir!
E ele riu mais uma vez.
- E quando estiveres consolado (a gente sempre se consola), tu ficarás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E ás vezes abrirás tua janela apenas pelo simples prazer. Teus amigos ficarão espantados de ver-te rir ohando o céu. Tu explicarás então: ''Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!''. E eles te julgaram louco. Será como uma peça que te prego (...)

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