quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sobre triângulos e círculos

  Eu não tenho medo de ser assaltada, nem medo de ser atropelada. Sequestro me assusta de leve e tortura passa longe de ser uma fobia. Acho bobeira das pessoas que têm um certo pânico a respeito desses assuntos.


  Sabe o que me assusta MESMO? Perder as pessoas que amo. É, as pessoas. Aquelas que eu abraço, recebo um "bom dia" saltitante ou até aquele Eu te amo que sempre me deixou com cara de boba-apaixonada. Imagine um mundo igual àquele dos dias em que todos os seus amigos viajaram e sua mãe foi trabalhar. Na TV tá passando um programa de esportes radicais em lugares maravilhosos, onde você daria tudo pra estar. Aí você pensa: Poxa... Se alguém topasse ir comigo.... 
  Entende? É em dias como esse que você para pra pensar como a vida não teria tanta importância assim. Sem alguém que te desafie a ir mais longe. Sem alguém que você queira cativar cada dia mais. Alguém, simplesmente, que coloque os triângulos no triângulo e os círculos no círculo. Esse alguém que consegue fazer com que você nem veja o tempo passar num abraço. 


  Bonito, né?! Agora, pra realmente compreender o que eu quis dizer, pense em todas as coisas que essa pessoa importante te ensinou. Coloque-as numa lista. E depois tente se imaginar sem os tais valores, as tais lições. Tente imaginar aonde é que você estaria agora, se não os tivesse. E depois coloque na cabeça que, em algum momento, essa pessoa irá embora de verdade. A vida nos dá e depois tira. É assim que funciona o sistema.









 Mas, como dizem, as pessoas só escrevem sobre aquilo que lhes falta. É por isso que os povos tristes têm canções alegres, e os povos alegres têm canções tristes.

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