sábado, 25 de dezembro de 2010

E então Deus nos deu o livre arbítrio

     Deísmo?
1. Admito uma existência divina, mas com características distinta de religiões.
2. Corroboro que a "palavra" de Deus são as leis da natureza e do Universo, não os livros ditos "sagrados" escritos por homens em condições duvidosas.
3. Uso apenas a razão para pensar na possibilidade de existência de outras dimensões, não aceitando doutrinas elaboradas por homens.
4. Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de alguma religião.
5. Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
6. Prefiro elaborar meus princípios e meus valores pessoais pelo raciocínio lógico, do que aceitar as imposições escritas em livros ditos "sagrados" ou autoridades religiosas.
7. Sou um livre-pensador individual, cujas convicções não se formaram por força de uma tradição ou a "autoridade" de outros.
8. Acredito que religião e Estado devem ser separados;
9. Prefiro me considerar um ser racional, ao invés de religioso.
10. O raciocínio lógico é o único método do qual podemos ter certeza sobre algo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A vida segue seu ciclo vicioso...

De início, meio e fim.


E nós, bem... Nós só o seguimos, desejando que vá para um bom caminho. Estranho pensar que 2010 passou tão rápido assim. Eu que achei que foi um ano bem divertido, agora peso minhas lembranças com a falta de esperança que tá sobrando aqui dentro. AH! Eu tenho tanta vontade de reunir cada um de vocês que melhorou o meu ano, e dizer tudo o que eu sinto aqui dentro. Sei que não choraria, pois as lágrimas que eu estava estocando foram gastas na festa da Phenom, então, seriam só sorrisos e agradecimentos. Como não posso, escrevo. Palavras são como remédios. E remédios necessitam de doses certas.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Auto-amor

quinta-feira, 23.12.2010, 01:45 pm
- Mas e você, Jé? Como está o coração?
- Meio doido, talvez me mandando esquecer aquele fulaninho.
- Acho que seria o certo. Aliás, tem uma pessoa que eu gostaria mesmo de te apresentar.
- Juuuuura? 
- Sim *-*
- Manda foto, eu quero ver!
- Tá.. Mas, antes, me promete uma coisa?
- Diz, doida.
- Promete que você vai passar a ver essa pessoa com outros olhos, e que vai se apaixonar por ela cada vez mais? E, quando a maré subir, essa pessoa vai ser a unica a conseguir te deixar em paz? Ah, você deve ter que achá-la a mais bonita do mundo, porque essa pessoa precisa de atenção. Aliás, ela precisa de tudo, faça-a sentir como a mais importante de todo o universo, levando em consideração o motivo das suas lágrimas e as piadas que a fizeram sorrir. Levar em consideração tu-do o que ela sente e pensa, cedendo as suas decisões para dar lugar às decisões dessas pessoas. Isso e muito mais, que você vai descobrindo com o tempo. Promete?
- Nossa... 
     Thaís are sending you a picture
- Mas... essa sou eu, Tha.


pra você, Jé. pra você ver que a única pessoa que pode te fazer feliz está mais perto do que o imaginado. Está com você a 17 anos.

domingo, 14 de novembro de 2010

Pouco de mim no muito que falo

  Capricórnio, o décimo signo, inicia-se com o solstício de inverno, no hemisfério norte. Simboliza a retração, a dureza, o recolhimento, a frialdade. Nesta época é preciso ter muita habilidade e paciência para suportar os rigores do clima. Também representa a chegada, do adulto, ao auge de sua carreira, após uma árdua ascensão, galgada a custo de muito trabalho. É o símbolo do pai, e de seu mundo: todo o ambiente mais sóbrio e silencioso, emocionalmente distante, cheio de regras e deveres, mas também de recompensas para aqueles que sabem aguardar por elas. Trabalho e seriedade são os atributos básicos do capricorniano. Seus ganhos e sucessos são frutos de sua atitude, altamente direcionada e planejada. A ambição é a força motriz de seu comportamento. Eles almejam destacar-se, chegar ao cume; e dedicarão o máximo de si na busca deste ideal. Renunciarão a todo luxo e conforto, enquanto não atingirem sua meta.
  São bastante tradicionalistas e conservadores. Têm dentro de si um senso forte de hierarquia, o qual não quebrarão por nada no mundo. Não são de criar inimigos, pois consideram que isso só iria atrapalhar sua projeção. Irão assumir postos secundários sem reclamar, ainda que abaixo de sua capacitação, sabendo que lealdade e determinação são por fim reconhecidas.
  Gostam da solidão como poucos. Nela restabelecem-se e reordenam os pensamentos. Mas nela também se refugiam e se entregam à melancolia e ao pessimismo. Não conhecem muito da alegria. Parece-lhes que a alegria é um mito, com o qual gente séria não deve perder muito tempo.

  O capricorniano tende a ser muito rígido com os outros e consigo mesmo. A disciplina é um elemento indispensável para indivíduos tão tenazes assim. O capricorniano se mantém forte e impassível, e não desiste, custe o que custar. Pode tornar-se um avarento insuportável, ou uma pessoa viciada em trabalho, esquecendo por completo dos cuidados com a própria saúde, ou da atenção aos seus entes mais próximos.
  Esta frieza certamente só lhes é possível sob uma repressão descomunal de suas emoções. Um capricorniano evita falar de seus sentimentos, mesmo perante seus (poucos) amigos mais próximos. Se possível, o capricorniano finge que o sentimento não existe, pois quando pensam neles ficam menos objetivos. Quando a emoção lhes aflora, eles assustam-se e encolhem-se como uma criança medrosa.
  Por ser um signo cardinal, o capricorniano é um iniciador. Quando direciona esta energia para uma carreira, ele irá longe. Ele é bem prático quanto a isso: sabe aonde quer ir e como chegar lá. Não gosta de correr riscos. Sua grande dificuldade é lidar com o que está além de si. Pois planejam tanto que podem tornar-se escravos de seus próprios planos, sem espaço para improvisar quando é preciso.
  Mitologicamente, o signo é representado por uma cabra com cauda de peixe. A cabra é o animal que sobe a montanha até o cume, ainda que precise desferir algumas cabeçadas no que estiver bloqueando o seu caminho. A cauda indica a origem marinha. O capricorniano sobe, pois, do nível do mar até o topo do mundo, pelos próprios esforços. 

sábado, 13 de novembro de 2010

Poema de Phenomeno

                 Para isso somos feitos:
                 Para lembrar e ser lembrados
                 Para chorar e fazer chorar
                 Para enterrar os nossos mortos -
                 Por isso temos braços longos para os adeuses
                 Mãos para colher o que foi dado
                 Dedos para cavar a terra.


                 Assim será a nossa vida:
                 Uma tarde sempre a esquecer
                 Uma estrela a se apagar na treva
                 Um caminho entre dois túmulos -
                 Por isso precisamos velar
                 Falar baixo, pisar leve, ver
                 A noite dormir em silêncio.


                 Não há muito o que dizer:
                 Uma canção sobre o berço
                 Um verso, talvez, de amor
                 Uma prece por quem se vai -
                 Mas que essa hora não esqueça
                 E por ela os nossos corações
                 Se deixem, graves e simples.


                 Pois para isso somos feitos:
                 Para a esperança no milagre
                 Para a participação da poesia
                 Para ver a face da morte -
                 De repente nunca mais esperaremos...
                 Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
                 Nascemos, imensamente.
                                                         Vinicius de Moraes - Poema de Natal

domingo, 7 de novembro de 2010

Nem tudo fica bem quando parece bem

" Não fique nessa de sofrer por antecipação, de ser ansiosa ao extremo. É como eu sempre digo: não adianta se torturar assim, vai que amanhã o dia nasce azulzinho? você ficou triste de graça. E eu tenho pra mim que tudo vai dar certo. Às vezes é mesmo necessário mudar de estrada, nem que seja para caminhar na outra calçada, mas temos que seguir sempre e em frente. Compreendo que tem dias que os problemas se amontoam, talvez nem chegam a ser problemas tão grandes assim e já te vejo mais quieta. "
créditos à comunidade


  Tem dias que a saudade começa a apertar antes da hora, e não há palavra que cale a gritaria que começa aqui dentro de mim. Aliás, não só a gritaria, como a tristeza, um pouco de arrependimento, um tantinho assim de questões do tipo "e se". 
   Sexta eu estava bem. Pensativa, mas bem. Mas o abraço de uma pessoa, que entrou na sala com os olhos cheios d'água me fez desabar. E essa pessoa veio, abraçou-me e disse que nós precisávamos fazer alguma coisa.
  Eu não tenho o poder de mudar o mundo, e nem o quero ter. Mas é que a vontade adolescente de querer marcar a vida de alguém me perturba mais do que a qualquer um. Gosto de tocar, com palavras, o coração das pessoas que as ouvem. Preciso de reconhecimento, e isso já foi dito. Mas, infelizmente, não consigo mais do que lágrimas.
  O futuro parece que prega peças, não é mesmo? A paz é sempre seguida por um momento de guerra, pois sem ela não existiria. Sem paz não existe guerra, e sem guerra não existe paz. Então, num dia feliz, a vida te dá um ramalhete de flores, e logo no outro te manda uma bomba-relógio. Você sabe que é assim, e mesmo assim sorri para as flores e teme a bomba-relógio.
  O ponto em que quero chegar é: chega uma hora em que a bomba-relógio demora a ser entregue, e tudo fica calmo, pacato. O ser humano é tão complexo, que se instiga com a tranquilidade e começa a procurar em qualquer lugar - QUALQUER lugar - um problema com o qual se preocupar, e é isso que me deixa indignada. Se é certo que a bomba logo chegará, por que não curtir o ramalhete de flores ao invés de ficar procurando novas bombas? Aliás, assim que a bomba-relógio de verdade chegar, seu impacto será maior por causa dos outros problemas. 
  E depois, as pessoas dizem que não tem paz. É só você se dar paz, que tudo fica bem.
  Mas fazer o quê se os seres humanos são assim?! Eu preferia ser um etê.. Etês são muito mais fáceis de se entender.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Mais uma história

  Relembre dos dias em que estivemos aqui, sentados, como se nada no mundo tivesse maior valor do que esse momento. Olhos nos olhos, sorrisos em baldes, brincadeiras sobre um futuro bom. É como se aqui dentro eu estivesse completo. Como se não me faltasse mais nada. O céu brilhava como nunca - é um dos meus defeitos sempre reparar no céu - e por mais frio que estivesse, meu coração permanecia aquecido.
  Mas aí você se foi. Deixou um bilhete perfumado, um número de telefone, um coração quebrado e um lugar vazio e gelado no banco da praça onde a gente se encontrava. Em compensação, sempre me ligou quando eu mais precisava. Você consegue ler a minha mente? Foi com pequenas doses semanais da sua doce voz que eu alimentei todo esse meu amor que exponho agora. 
   Sabe, a mudança da estação me deixou um vago pensamento em como você se vestiria nesse verão. Nos conhecemos no outono, e passamos o inverno juntos. Luvas, tocas, calças e mil blusas cobriam toda a sua beleza. Ainda bem que a mais bonita eu podia ver a toda hora: os seus olhos. Olhos azuis, de mar, de água, de pureza e de bondade. Azul da cor do céu. Um céu sem nuvens, sem pássaros. Um céu e só, pra bastar de tanta beleza junta.
   Era uma beleza infinita que não cabia dentro de ti. Tinha que ser jogada à quem estava ao redor. Aliás, você é uma mistura de sentimentos transbordantes que entram e permanecem em quem está ao seu lado. O olhar que instiga, o sorriso que contagia, e a simpatia. Ah... se a simpatia se personificasse seria você, sem tirar nem pôr.
   E eu me importava tanto! O que ela disse quando partiu? "Ah, eu preciso ir." Me deu um beijo e foi. Foi mesmo, sem olhar pra mim pela última vez. E como aquilo doeu em mim! Acordei atordoado em quase todos os dias que seguiram, pensando ter sido tudo um sonho. E pensando ter sido nocauteado também, de tanto que doía aqui dentro.
   Hoje, eu posso dizer que valeu. E que o verão vai ter um brilho à mais. Essa praça nunca me pareceu tão mais viva do que nessa tarde de sábado. O seu cabelo preto reluz no carrinho de sorvete. Você veste uma regata preta, uma saia rodada e sapatinhos que parecem ser de boneca. Ao se virar, repara em mim e leva um susto. Ah, eu ainda posso me lembrar do susto que levou quando eu disse que te amava, foi quase igual. Um susto e um sorriso. Sentimentos diferentes? Não, acho que não.. Não é o que seus olhos, esses delatores azuis, me dizem. Os meus, já meio bandidos, seguem seus movimentos até você vir sentar ao meu lado. Com um sorriso de criança, me oferece sorvete e apenas exclama:
   - Eu senti a sua falta... - E me beija. - Amor ...
   Ah! Como o verão me faz bem. Ou talvez seja porque você voltou. Amor ...

domingo, 3 de outubro de 2010

Para a reflexão

(...) Lembre-se de passar um tempo com as pessoas que ama, pois ela não estarão aqui para sempre. Lembre-se de dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer 'eu te amo' ao seu companheiro, e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.Um beijo e um abraço curam a dor quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado. Sempre.

sábado, 2 de outubro de 2010

Dentro de você, e só


    Reza uma antiga lenda, que existiu, não se sabe onde e nem quando, uma menina que conversava com as estrelas. Conversava não, ela as desejava, admirava. Poderia passar noites fitando-as, querendo descobrir o modo como se moviam, como falavam. A menina, muito atenta à todas, um dia descobriu uma que brilhava mais. Isso a deixou curiosa. O que poderia fazer com que aquela estrela se destacasse tanto? Por que é que, em meio a tanto brilho, poderia haver uma que brilhava mais e fazia a noite melhor por si só? Então, a menina resolveu, todas as noites, conversar com aquela estrela tão bonita pra ver se ela apenas se movia, respondendo com gestos.
  Passaram-se dias e mais dias, e nada da tal estrela bonitona se mover. Ao menos piscava. A menina já começava a desistir, quando, numa noite meio nublada, ouviu a estrela chamando-a. Ao sair na janela, já sem acreditar, um clarão a atingiu em cheio, e ali estava a estrela. Na sua frente, não mais no céu. De perto, assim, tão perto, era possível vê-la sorrir. Uma estrela que sorria, ora essa! E há no mundo coisa mais estranha? O brilho vinha dali, do dom que aquela estrela tinha em sorrir a todo momento. Foram momentos lindos os que se passaram depois disso. A estrela se mostrou uma ótima companheira e conseguiu, rapidamente, cativar a menina admiradora. Agora, a estrela vinha visitar a menina todos os dias em sua janela. Costumava vir às oito em ponto, sem atrasar.
   Um dia, chegou mais cedo. Sete e meia. Mas vinha com uma notícia não muito boa. Estava morrendo. Poucos meses e já não seria mais possível vê-la brilhar no céu. Pelo menos não todas as noites, como a menina se acostumara. Seriam raras as vezes em que a estrela brilharia, mas a intensidade seria ainda maior. Aquilo atingiu a menina como uma facada, um tapa na cara. Então, ela se recompôs e apenas sussurrou à estrela, que ainda continuava em sua frente, sorrindo, mas com uma tristeza no olhar.
   - Não me importa o tempo com que você brilhou lá em cima ou bem aqui do meu lado, o bem que me fez foi indescritível. E hoje... Bom, hoje eu não tenho mais palavras pra poder descrever. A partir do momento em que você parar de brilhar nesse meu céu, estrela, eu só espero que você se lembre de que tem alguém aqui olhando para onde você costumava ficar todas as noites. Vai, espalha esse teu brilho pra que outras galáxias possam conhecer-te. Eu não seria capaz de prender-te somente pra que eu veja. Deixo que as outras pessoas descubram dessa tua capacidade linda de sorrir. Se sentires uma vontade de voltar, gritar meu nome ou desanimar, pense que eu estou ao teu lado, e vai ser real. Até por quê, estará dentro de você, e será real.
   E ao dizer isso, a estrela tão brilhante foi perdendo o seu brilho, e então a menina acordou. Não houvera conversa alguma, e as estrelas ainda permaneciam todas no céu. A estrela que se destacava agora já não brilhava tanto. Fitando-a, a menina pensava vê-la piscar. Parecia sonho, mas a certeza de que havia sido real reinava no ar. Afinal, se está dentro de você, quem diz que não é real? 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Não acomodar com o que incomoda ♪

Rotina. O que há de errado quando tudo parece certo demais? Você se acostuma a agir de certa maneira, e, quando reage de maneira distinta, parece tudo diferente demais.
  E então você se encontra em wonderland. O país das maravilhas, o país das coisas diferentes e legais de se fazer. A mente passa a perceber as coisas simples que existem nos atos distintos do acostumado. Uma flor aberta, perfumada, ao Sol, vira uma luz imensa que melhora o dia de qualquer um. Uma passaro voando já é motivo pra sorrir. Um sorriso verdadeiro. Sair pra passear com uma criança. Ou nem tão criança assim. Chorar de rir jogado à grama, atacado por cócegas impossíveis de se desvencilhar. E continua assim pra sempre, na mudança contínua que a vida lhe propõe.
  E quando ela faz aquela proposta irrecusável então? "It's now or never!" Você decide, mas tempos depois continua pensando em como seria se tivesse optado o contrário. São esses milhões de caminhos que escolhemos - ou não -e nos trazem ao hoje. O que aconteceria se apenas um "sim" do passado se transformasse em um "não"? Pergunto-me quem estaria ao meu lado hoje. Onde eu estaria, fazendo o quê, ao lado de quem. Quem seriam os meus amigos? Por que é que essa pergunta vive me perturbando? Creio que a resposta não seria boa o quanto eu pensei. E seria, se tudo fosse realmente como eu pensei.
  Só não quero ter o poder de modificar o futuro ou o presente. Isso é uma coisa que me passa pela cabeça às vezes, mas prefiro afastar o desejo de ter esse dom. Tudo seria tão... monótono, não é? Ah! Mas isso não está como eu quero. Puf! Agora sim... Nããão! Eu quero poder suar e me orgulhar do trabalho final. "Você pode trocar se estiver muito difícil". Obrigada, mas eu quero o difícil. Estar no nível dos melhores. Ter o que a vida estiver preparando pra mim. Ser o que eu queira ser a cada dia. Estar, ter e ser, juntos à mercê da onda que mais longe levar.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A menina do futuro


  Não, essa não é a história de uma menina que veio do futuro. Creio que já sejam meio clichês tais contos, onde a personagem principal vem do futuro, com uma super máquina do tempo. Mas não. Esse pequeno relato conta a vida de uma menina que vivia com a cabeça no futuro, sem levar em consideração o agora. Sofria e ansiava antecipadamente, e, no final, tudo dava completamente ao contrário do que ela pensava. Antes mesmo de tudo começar a acontecer, ela já bolava planos e mais planos sobre o que iria acontecer depois daquilo. Era como uma obsessão, uma neura. Se nada do planejado desse certo, o mundo acabava, e o desconsolo tomava conta do local. Até o momento em que a menina do futuro readquirisse sua consciência e voltasse a caminhar com os próprios pés, rumo à uma nova ilusão do futuro.
  Na copa, o time foi desclassificado, e o tão esperado título, perdido. No amor, o futuro casamento não passou de uma paixão de verão, e o coração saiu despedaçado. As amizades, juradas para sempre, foram dissolvendo-se até virarem pó. Só uma coisa restou à menina do futuro. Restou-lhe a vontade de parar de pensar no amanhã e curtir o hoje. Sem se preocupar com o que pode acontecer. Sem ficar se remoendo por tudo começar a dar errado, sendo que não deu. E se for pra ser, será. Pense assim, menina do futuro.

domingo, 5 de setembro de 2010

Depois de tudo, ontem


  A única coisa que me resta é dizer que você me cativou. Cativar?
- Significa criar laços.
- Criar laços?
Exatamente - disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... 
  Entendeu? Não, não me olhe com esses olhinhos fechados, porque eu não consigo saber para onde eles olham. E não, você não vai me carregar no colo, meu joelho já está melhor, eu juro! 
  Ah! Mas esse seu abraço, eu posso nunca sair daqui de dentro dos teus braços? 
- E sobre aquilo que eu te disse terça?
  Hãã.. eu não estou pensando em nada. Aliás, sabia que a estrela que tem um brilho maior que todas se chama Sirius? Mas, algo aqui dentro me diz que esse nome tá errado. E, se for Sirius mesmo, é Sirius Castro, da constelação do cão maior. Viu? Eu aprendo rápido.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A vã pergunta

Esta jovem pensativa, de olhos cor de mel e de longas pestanas penumbrosas
Que está sentada junto àquele jovem triste de largos ombros e rosto magro
É ela a amada dele e é ele a amada dela e é a vida a sombra trágica dos seus gestos?
Este trem veloz cheio de homens indiferentes e mulheres cansadas e crianças dormindo
Que atravessa esta paisagem desolada de árvores esparsas em montes descarnados
É ele o movimento e é ela a fuga e são eles o destino fugitivo das coisas?

Que dizem os lábios murmurantes dele aos olhos desesperados dela?
Que pronunciam os lábios desesperados dela aos olhos lacrimejantes dele?
Que pedem os olhos lacrimejantes dele à paisagem fugindo?
Não são eles apenas uma só mocidade para o tempo e um só tempo para a eternidade?
Não são seus sonhos um só impulso para o amor e os seus suspiros um só anseio para a pureza?
Por que este transtorno de faces e esta consumição de olhares como para nunca mais?
Não é um casto beijo isso que bóia aos lábios dele como um excedimento da sua alma?
Não é uma carícia isso que freme nas mãos dela como um arroubo da sua inocência?
Por que os sinos plangendo do fundo das consolações como as vozes de aviso dos faróis perdidos?
É bem o amor essa insatisfação das esperanças?
                                                            Vinícius de Moraes

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Aleatoriedade de segunda-feira

  Bom, começando a semana meio mal, decidi desmontar o meu computador por questões... educacionais? O fato é: fui mal no simulado (relativamente mal, ou seja, não atingi a minha meta), e agora necessito estudar. Confesso que dei uma abandonada no blog, as doses diárias acabaram se tornando doses semanais, doses mensais, doses da quinzena, sei lá. Apenas deixaram de ser diárias.
  Continuo me irritando com tudo e todos que se movem ao meu redor. Acho que estou gostando de alguém que não liga pra mim. Preciso estudar. Fiquei abaixo da média na prova de química. Ah, e agora, escrevendo tudo isso, senti-me uma adolescente - aborrescente, como diz minha mãe - em crise. Que não liga pra ninguém ao seu redor e só e somente só para o próprio umbigo.
  Tá, então, uma amiga está meio mal de uns tempos pra cá e a gente tá fazendo de tudo para animá-la. Espero estar dando certo.
  Ah, outra coisa. Dias atrás me bateu uma saudade dos EUA. Foi um cheiro que eu senti, e me remeteu ao cheiro de lá. Era o mesmo! haha Estranho isso né? Um cheiro me lembrou de um lugar. Assim como um cheiro pode lembrar alguém, ou até uma música, vai saber.
  O horário político me estressa e me diverte ao mesmo tempo. Vejo pessoas - inúteis, mas isso não vem ao caso - querendo ocupar um lugar na sociedade. MANO, VAI TRABALHAR E FAZER ALGUMA COISA ÚTIL! Não citarei nomes, mas tem até humorista querendo ser político. Meu deus, se continuar assim, eu me candidatarei pra presidente, tá? O voto da minha família pelo menos eu terei. Aposto que até eu, aborrescente sem ensino médio completo, faria algo melhor pelo Brasil. Ah, sem citar nomes de novo, tem uma mulher fruta querendo ser alguma coisa também.
  A minha reação ao ver a propaganda política da mulher-fruta?
  - Putz! ...
  É. Os outros países já não têm uma imagem muito boa da mulher brasileira. Pra eles, somos todas prostitutas doidas, que pegam qualquer cara na balada e faz o que eles quiserem. Agora, pensa comigo, imagine se tivermos uma mulher-fruta no governo de qualquer coisa que seja. Sério, então eu desisto de estudar, vou pra academia malhar a coxa, e me candidato quando estiver bem gostosa. Ah, e a minha propaganda eleitoral vai ser com um funk rimadinho.

  - Ou você toma um rumo na vida, ou se candidata pra governar alguma coisa.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Adeus ano... velho? Já?



  Descobri que a vontade maior do meu ser é deixar a minha marquinha. Seja no lugar onde estou, por onde passei, nas pessoas que conheci. Adoro quando sabem o meu nome, quando me reconhecem na rua ou lembram de mim por feitios honráveis. 
  Falar que 2010 foi o ano que mais desafiou minha natureza é o básico, né? Eram 599 novas pessoas. A minha paixão por elas é meio óbvia. Fico assim, só observando o jeito como elas agem, reagem, conversam, e crio de cada uma das pessoas que cruzaram meu caminho uma imagem, que pode ser mudada ou não. Várias dessas "cobaias" já me fizeram mudar de opinião quanto a elas mesmas. E é pra falar sobre isso que eu estou aqui hoje.
  Ontem, no almoço da escola, estava lá o terceiro ano tirando fotos. Todos os 200 (e mais uns dois) alunos, sentados, fazendo poses e sorrisos pra câmera. Foi um baque pra mim, pra minha cabeça. Todas aquelas pessoas, várias essenciais, estão indo embora. E isso me fez pensar ainda mais no meu ano. O meu, nosso, primeiro ano de 2010.
  Sabe, eu não conheço - nem de longe - todos vocês. Somos duzentos e um. Duzentos e um corações. Duzentos e um núcleos de energia que se fundem pra formar uma só corrente elétrica, que arrepia a todos que nos veem passar exibindo esses uniformes tão diferentes. Somos, hoje, Bandeirante, Ipanema, Legacy, Phenom e Tucano. Ano que vem, todas essas salas irão se misturar, dando a cada pessoa uma nova identidade, ainda desconhecida. E então, deixaremos de ser os xodós do colégio, os queridinhos do Gilsão. Não teremos mais a desculpa da "fase de adaptação" e muito menos dizer que temos saudade de assistir sessão da tarde. Até porque, nem nos lembraremos que isso existe fora das férias. A comida da mamãe vai ser - assim como já é - regalia de fim de semana, presente até de aniversário. E o crachá vai continuar sendo nosso queima filme com todas essas fotos lindas, todos com carinha de neném.
  E então vai chegar o dia. Reenturmação, segundo ano, trabalho de décadas, tia Marta como disciplinária. O temido "outro lado do corredor", o corredor do segundo ano. E tudo vai ser tão diferente, como foi no nosso primeiro dia do primeiro ano. Tanta gente nova pra conhecer, de novo. Tantos momentos que vão marcar pra sempre, assim como no primeiro ano. O primeiro simulado, quem lembra? Você pode perguntar pra qualquer um, todo mundo deve lembrar. 
  Marcar. É isso, a minha natureza. Fazer com que um nome - duzentos e um, que tal? - seja lembrado como símbolo de força de vontade, união. A turma que construiu uma história bonita de se contar nas rodas de conversa. "Ah, mas um dia, em um lugar tão tão distante, duzentas e uma pessoas fizeram uma história grandiosa". Não, não é preciso que a história do planeta seja mudada pra que a nossa história grandiosa seja. É preciso apenas que corações sejam tocados. 
  Quem sabe isso não dê certo, não é? Formemos uma família então! Os corações já estão prontos para serem tocados. Vamos vestir a camisa e botar pra quebrar. Quebrar ideias erradas sobre nós, mostrando quem realmente somos - bons e prontos pro que vier. Aliás, que venha o que tiver que vir! Eu não estou sozinha nessa. Tem mais duzentos pra me segurar quando eu cair, pra me apoiarem quando eu me desequilibrar, e pra eu ajudar quando sentir necessário. Eu falo por mim e, com a devida licença, por vocês também.
  E, aos que partem, deixo uma parte de mim. Palavras consoláveis, abraços totais, sorrisos e olhares que entendem. Parabéns terceiro! Agora é fazer o que tem que ser feito, da melhor forma possível.
                               Para todos - TODOS - os que realmente conseguiram me cativar.

"Você falando agora.. fiquei me espelhando a dois anos atrás, eu ficava mor 'panz' de ver o terceiro ano de quando eu era primeiro, caindo na real, entrando em clima de despedida. Aí meu coração ficava pequeniníssimo. Mas aí eu conseguia ver que eles não estavam tristes, mas sim contentes. Passei a olhar mais nos olhos da galera, e vi que eles choravam de alegria, de sentimento de missão cumprida, de que eles conseguiram o que queriam, e que eles estavam contentes pelos 3 anos e que formaram uma familia que nunca vai ser esquecida. Então, eu parava de ficar triste por eles, e ficava feliz, por mim e por eles. Por eles, por que eles marcaram e foram embora realizados e contentes, e por mim, por que eu vi que tinha tempo ainda pra escrever minha historia ali na escola e que no término de três anos eu queria sair tão contente como eles. E agora estamos aqui. Eu choro por alegria junto com o meu ano que foi fantástico e eu sei muito bem disso, e você aí com os olhos que eu estava há dois anos. Mas, ao invés de fechá-los pra selar lagrimas, você tem que abri-los e fixá-los no dia de amanhã, pra poder planejar fazer tudo o que você deseja, dando o melhor de você pra que, quando for sair, você possa ter as mesmas lágrimas que eu tenho hoje, de gratidão e não de melancolia. Aproveita o tempo que voce tem pela frente, que eu tenho certeza que você vai ter muito sucesso. Vou voltar na escola daqui a dois anos e aí a gente vai conversar, e você vai falar: É, VOCÊ TINHA RAZÃO! "
                                 citação de Fernando Martins, valeu Ferzão s2

Querida Holly,

Eu não tenho muito tempo, não digo literalmente. É que você foi comprar sorvete e vai voltar logo! Mas tenho a impressão de que é a última carta porque só resta uma coisa pra dizer. Não é para se lembrar sempre de mim ou comprar um abajur, você pode se cuidar sem a minha ajuda, é para dizer como você mexeu comigo, como você me ajudou me amando, você fez de mim um homem, Holly, e por isso eu sou eternamente grato, literalmente. Se pode me prometer alguma coisa, prometa que sempre que se sentir triste ou insegura, ou perder completamente a fé, vai tentar olhar para si mesma com meus olhos. Obrigado pela honra de ter você como esposa, eu não tenho o que lamentar, tive muita sorte. Você foi a minha vida Holly, mas fui apenas um capítulo da sua. Haverá mais, eu prometo! Portanto aqui vai o meu grande conselho: não tenha medo de se apaixonar de novo, fique atenta àquele sinal de que não haverá mais nada igual.
P.S. Eu sempre vou te amar.
                                                                                       A última carta de Ps. I Love You

domingo, 8 de agosto de 2010

Procura-se

  Desde o dia 30 de julho de 2010 sentimos falta da inspiração. Geralmente muito flexível e que abrange vários assuntos, a mesma foi utilizada pela última vez em uma redação que, modéstia a parte, ficou um lixo. Faz-se necessária a presença da Inspiração em Thaís, pois é com ela que a menina arruma assuntos e textos para serem postados como Doses Diárias. 
   Por muito tempo utilizada de uma boa forma, a D. Inspiração acabou se rebelando e fugiu, saindo pela janela da alma, correndo pelos campos floridos da vida e perdeu-se por aí. Quem achar, favor entregar.. a mim. Recompensa-se bem, com textos bonitos, longos, emocionantes e vindos do fundo d'alma. Ou, em caso de notícias sobre a desaparecida, favor entrar em contato.. por aqui. Grata!

sábado, 7 de agosto de 2010

Pensamentos soltos

  Estranho parar pra pensar que a vida se adapta aos poucos à cada um e à cada novo acontecimento da nossa rotina. A gente se acostuma com o sapato que incomoda, acostuma-se a dar bom dia, mesmo xoxo e sem gracinha para a moça da faxina, a comer a mesma salada, o mesmo molho, no mesmo prato. 
  Gosto de sentir que está tudo ficando diferente. Novas amizades, novas coisas para se fazer durante a semana, talvez até um jeito novo do coração bater. Um jeito? Ou um motivo? É. Já havia comentado que é bem fácil me cativar. Um sorriso, meia dúzia de palavras inteligentes e bonitas, e eu já adoro. Não no sentido de amor-da-minha-vida, mas no sentido de você-vai-fazer-a-diferença. Gosto de ver as pessoas felizes, gosto também de fazê-las felizes. Penso que quando você faz alguém feliz, isso te torna igualmente feliz.
  Tenho um apego enorme pelos amigos. Gosto de atenção. Sou completamente carente por atenção. Nos últimos tempos, tenho tentado me virar sozinha quando me dá na telha. Só pra ver como eu me sairia sem ninguém. 
  Ah, acho que estou aprendendo a tomar consciência das minhas ações. Aliás, das minhas e das outras pessoas. Parece que eu sei o que elas estão pensando, entende? Não sei se está certo, mas deve ser o mais provável. Sei o motivo pelo qual as pessoas agem de determinada maneira. Consigo decifrar suas expressões corporais, o que os olhos anseiam. É beem divertido. É como seu eu soubesse, praticamente, ler o pensamento de quem eu "analiso". Você devia tentar. Quem sabe não adivinha o que eu quero? *-*

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Hahaha

"Só feche o livro quem já aprendeu. Só peça outro amor quem já deu o seu."
 - Oi, hã.. quero um amor bem fresco, pra viagem. 


   Mas me diz, você realmente pensou que eu ia voltar atrás dessa vez? Desculpa, mas não. E sem essa história de que você também tinha esperanças, de que, mais pra frente, quem sabe, nós não estaríamos bem de novo. Ah! Cansei! Chega uma hora que o meu "mundinho de menina" desaba e ficam só os escombros. Vozes perdidas e soterradas nesse mundinho me dizem pra voltar às vezes, mas eu simplesmente jogo mais algumas pedras por cima delas. Lembra que você sempre me jogava na cara que eu vivia num mundo de ilusões? É, agora eu é que penso isso mesmo. Mas o mundinho tá caindo, como eu disse. E, logo depois de você me jogar isso e muito mais na cara, eu tentei terminar. Você se lembra disso? Mas você chorou, na minha frente, e eu pude perceber que não eram lágrimas de crocodilo, eram lágrimas sinceras. E então eu voltei atrás na minha decisão. Senti uma vontade enorme de te abraçar apertado, mas não pude. Você entende, eu acho.
   Não nego mesmo que sinto falta. Sinto. Às vezes me bate uma vontade louca de te ligar, de te mandar uma mensagem, de ir até você. Mas eu seguro. Guardo tudo numa caixinha aqui dentro, que já deve estar até explodindo.
   Será possível que daqui a uns anos a gente volte a se encontrar, nesse mundo tão grande?
   Só não entendo uma coisa.. Se você tinha esperanças, porque tem outra pessoa na sua vida agora? Estranho né? Isso foi uma das coisas que me deu um empurrão a mais pra seguir em frente, sem olhar pra trás. Olhando só pelo retrovisor, tentando ver como você reage em meio às minhas lembranças.
   A menina que parece comigo no seu onibus, as musicas que eram cantaroladas num momento bonitinho, aquelas palavras ditas. Eu te disse pra esquecer muitas coisas, tudo. Mas eu percebi que não é isso que quero. Fiz isso virar história. Estou aqui, contando pra quem quiser sentar e ouvir. Só não conto os detalhes, você sabe. 
   Já fiz tanta coisa por você. Quer fazer uma pra mim? Não se manifeste quanto a isso. Se quiser se manifestar, deixa um recado com alguma das meninas. Eu prefiro não ter contado. É melhor, eu sei.

domingo, 1 de agosto de 2010

Não vá

Não vá voltar pra casa, fingindo que nada aconteceu. Não vá olhar pro nada, porque eu sei que a unica coisa em que você pensa sou eu! ;)
                                                                            O cara certo - Underline

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Invisível aos olhos

  Hey, Pequeno Principe. É, você mesmo, aí, de cabelos loiros e cachecol engraçado. Lembro-me de ter ouvido tu sussurrar com uma raposa, e falavas algo de "invisível aos olhos". Estive pensando, aqui com meu aviãozinho... O céu é essencial, não é mesmo? Então ele é invisível aos olhos? Diga-me, sempre fui apaixonado pelos céus, o que há aí perto do teu planetinha, principe? Existem seres magnificos, civilizações desconhecidas? Ou é somente isso o que enxergo daqui da Terra? Garanto que um pouco de poeira cósmica deixaria-me muito feliz nestes dias que venho passando. 
  Sabe, às vezes olho pro céu e te imagino, tu e a rosa, nesse teu planetinha tão pequeno. O que fazes para passar o tempo, além de vir me visitar nos sonhos? Vejo milhões e milhões de estrelas brilhantes que deves ver daí também. Esse céu visto aqui da Terra sempre me encantou. Eu ia a campos abertos, acampar com meu pai, e poderia ficar o dia inteiro a observar o céu. As nuvens, os passaros, imaginando a distância que nos separa. Imaginei se eu podia voar, e tentei. Mas foi em vão. Qualquer dia tu me ensina a voar, principe? É, leva-me pros teus lugares preferidos, fora desse meu grande e chato planetinha azul. Aposto todas as minhas fichas que teu planeta, teu vulcão, tua rosa e teu carneirinho valem muito mais que todas as pessoas que povoam a Terra. 
   Bom, é isso. Mande-me notícias, nem que seja pelas estrelas. De um jeito ou de outro, eu estou sempre a te observar, pequeno principe. Levo comigo esse teu jeitinho atrapalhado e as tuas curiosidades do meu mundo. Um abraço, do teu amigo da Terra.



quarta-feira, 28 de julho de 2010

E as minhas crises?

                Às vezes, quando digo que estou bem, eu quero alguém que me olhe nos olhos, 
                                      me abrace apertado e diga: '' eu sei que você não está.''  
  Sempre fui a amigona, a psicóloga, a ombro-para-chorar. Mas e eu? Eu também tenho os meus sentimentos! Também tenho o meu direito de chorar pra alguém quando estiver mal. Ei, não é sempre que eu tenho crises, então não é sempre que eu vou precisar de um colo! E, quando eu não precisar de um, empresto o meu, eu juro. 
   Entendo que eu devo ficar bem chata quando tenho crises, mas e daí? Eu consigo aguentar você falando e reclamando no meu ouvido o tempo todo. E a dona Thaís aqui sempre junto dando força, falando coisinhas pra animar, motivar, etc e tal. Devem achar que eu sou algum tipo de disk-felicidade, ligue e fique feliz. Então, depois de conquistada a felicidade, a pessoa desliga e só retorna quando precisar de ainda mais sentimentos bons. 
   É sério, não precisa de muito pra me alegrar. Basta apenas me distrair, e eu já fico bem melhor. 


Um muito obrigada a todos que já foram meus ombro-pra-chorar, vocês sabem que eu estou aqui também <3

Um link e uma palavra

http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=35141853
Lembra?

O coração dispara

Hoje eu acordei mais cedo e fiquei te olhando dormir.
Imaginei algum suposto medo para que tão logo pudesse te cobrir.
Tenho cuidado de você todo esse tempo,
Você está sob meu abraço e minha proteção.
Tenho visto você errar e crescer, amar e voar.
Você sabe aonde pousar.

Ao acordar já terei partido, ficarei de longe, escondido.
Mas sempre perto, de certo. 
Como se eu fosse humano, vivo,
Vivendo pra te cuidar, te proteger, sem você me ver
Sem saber quem sou.
Se sou anjo, ou se sou seu amor.

                                    Anjo - Banda Eva

terça-feira, 27 de julho de 2010

Reviravolta

       "A gente segue a vida pelo mundo a fora, e às vezes nem percebe quando ela passou. E vive o dia a dia nessa correria, se entrega à rotina que se acostumou. Eu fico por aqui, me livro da ilusão de não poder me divertir... E fiz essa canção ao passo da expressão 'O melhor está por vir'. "
                                                                             Scracho

   Lendo alguns dos antigos posts, eu percebi que o blog vem mudando. O que era pra ser um campo verde, matagal onde eu poderia me esconder do resto do mundo, gritar verdades à mim mesma, tá se tornando uma cidade grande. Cheia de gente, sem lugar pra olhar o céu, sem sentir a brisa fresca do campo.
  Sem mais textos grandes e cheios de criatividade como eu me impunha a fazer. Agora só memórias guardadinhas aqui, pra todo o sempre, se possível. Já que eu gosto tanto do campo, por que não? Cheio de vaquinhas cheirosas, grama verdinha e fofa, o céu azul e limpo, mesmo que seja três da manhã. Aliás, só vai ser noite aqui quando eu quiser. Isso aí! Eu que mando por aqui!
   Que voltem as coisas aleatórias, as musiquinhas que estão guardadas na cachola e relatos do meu dia a dia. Cansei de ter que ficar bolando textos mirabolantes, é. Lembra do papo de não fazer mais o que não te faz bem? Acabei de colocar - mais uma vez - em prática :)
   Até porque, de que adianta ter uma coisa feita por você, sendo que ela não tem uma parte sua?

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Discussão?

   Devido à grande repercussão do post anterior (é, quase fui metralhada, e virtualmente), deixo aqui os blogs que "responderam". Matheus e Marcio :)


   Em maaais um debate no msn, descobri que estou rodeada de pessoas maduras (ou não). Mas respondam somente por vocês, não tentem generalizar, meninos. Tudo bem, eu concordo plenamente que existem dois tipos de homens: o maduros e os crianças. Mas alguém me explica o porquê de existirem mais homens-criança do que homens maduros hoje em dia? Isso é influência de quem? Dezesseis anos já é idade de um homem ter em mente que dali a um tempo terá uma familia, pessoas pra proteger e cuidar. Não vai dar pra ele, meia noite, levantar da cama e falar pra esposa dele "amor, tô indo pro baile funk, cuida do Jr". POR FAVOR!
   É realmente uma relação de caça-caçador. Um foge, o outro corre atrás. Mas a partir do momento em que o caçador consegue sua presa, acabou. Não há mais nada a fazer do que aproveitar a caça e jogar o resto fora. Creio ter perdido um pouco do assunto, que era "amadurecimento", indo pra alguma coisa relacionada com amor entre duas pessoas. É, amor.
   Todo mundo fala do tal do amor. Diz que já sofreu por amor, que já amou demais. Já amou mesmo? Eu, por exemplo, não tenho certeza se já amei de verdade. Sei que gostei, tive apego, carinho, momentos bons. Mas amar é demais, amar é.. sem definições.
   Se amar amadurece as pessoas, consigo concluir que os homens-criança citados no começo do texto não tem amor. É isso? Os homens precisam de amor pra poderem abrir os olhos? E, se levar em consideração que o sexo feminino é que mais expira (e aspira) amor, então os homens-criança precisam de mulher. Mas já que são eles que pegam mais de dez na balada, que são os bonzões, que só "pegam e não se apegam", alguma coisa saiu errada né?
   Sinto muito rapazes, nada dito por vocês mexeu com algum dos meus conceitos sobre vocês mesmos. Está pra nascer o homem que vai me fazer tirar os pés do chão em relação a isso. Eu ainda acho que a juventude de hoje em dia, relacionado à amor/relacionamentos/etc, está perdida. Tanto vale para homens ou mulheres. 




   Vieram me criticar bastante. Mas aqui é o meu blog, eu acho. Tudo bem que eu levo super em consideração a palavra de vocês, mas, pra quem não percebeu, o post passado foi uma provocação. O que eu queria era justamente criar este tipo de conflito. Cada um com a sua opinião, mas nada melhor que um bom debate para aumentar nossa capacidade argumentativa de um modo saudável. :D

domingo, 25 de julho de 2010

Bicho homem

   E não adianta vir me dizer que a imagem é só uma imagem. Cenas assim acontecem de verdade! Mas hein, meninas, digam-me quantas vezes vocês já não se sentiram mal por passarem na rua e ouvir aquele murmúrio vindo de um grupo de homens? É chato, bem chato.
   Numa conversa hoje, veio o papo sobre homens e mulheres. Quem entende quem. Quem não entende quem. Pois digo, eu, razoavelmente, entendo os atos dos homens. Têm fogo de palha, instintos de caçador. Quando ganham um troféu, gostam mais da hora da conquista, do que da hora de limpá-lo. Fazem cara feia quando a mulher se faz de difícil, mas é disso que eles gostam. Não é? Respondam-me vocês, homens!
   E sem essa historinha pra boi dormir de que existem homens bonzinhos. O que existem são homens conscientes, maduros. Homenzinhos que cresceram mais rápido, aprenderam que as mulheres gostam de uma vida estável, e não da vida de um garotinho do funk.
  "Nós somos todos iguais, é o que vocês dizem. Então basta entender um para entender a todos". Eu realmente queria que isso fosse verdade. Vocês parecem ter o coração de pedra. É estranho.
   Sabe os homens que dizem ter sofrido por amor? Foi porque não foram correspondidos. Uma mulher inteligente o suficiente, não caiu em tentações, apelos, provocações feitas por esse homem, e ele percebeu que ela era muito superior à ele. E sofreu. Uma criança mimada e rica, é a isso que os homens podem ser comparados. Querem. Quando têm, brincam até enjoar e jogar fora. Quando não têm, gritam, berram, fazem manha, e choram choram choram. Coisa que a mulher faz toda hora, seja dito.
   Ah, mas se não fossem essas lágrimas derramadas por homens, o mundo seria nosso. Com os homens derrotados, lavando roupa e cuidando da casa, a coisa que eu mais teria orgulho de fazer seria chegar do trabalho, jogar minhas coisas no sofá e gritar da sala "Amor, me traz aqueela limonada, porque hoje tem último capítulo na novela!"
   E tenho dito!

sábado, 24 de julho de 2010

Dose de egoísmo

   Todas as atitudes que você toma na vida fazem com que alguém saia machucado na história. Quando você começa a falar, quando decide curtir a vida, quando se forma e vai morar longe de todos. Creio que não seja uma ideia muito boa você se basear nessas consequências para tomar decisões. As melhores coisas são as que acontecem por acaso, é o que todos dizem. E é verdade.
   Quando uma coisa é esperanda ansiosamente, pode não corresponder a expectativas. Quando acontece de repende, surpreende e faz bem, simplesmente por ter sido uma surpresa.
   Já cheguei a pensar que tudo o que eu esperava de verdade, não acontecia. Pelo contrário, aconteciam sim. Mas eu mirava uma coisa tão mais alta, que quando essa coisa acontecia, não correspondia à minha expectativa de ser uma coisa maravilhosa, sem explicações. Era simplesmente ótimo, e eu não conseguia enxergar isso. Isso me fez acreditar que eu não alcançava os meus objetivos. Engraçado pensar que sempre os alcancei.
   Voltando, cada pessoa espera uma atitude da sua parte. Seja pra qual assunto for, seja em qualquer caso. Todas as pessoas ao seu redor esperam um modo julgado certo para que você aja. E quer saber? Faça o que o seu coraçãozinho mandar. Se ele estiver confuso, use a cabeça também. Mas pense somente em você, pelo menos nessas horas. Vovó sempre me disse que, às vezes, era preciso ser egoísta, pensar um pouco só no nosso nariz, pra sermos felizes. E eu concordo totalmente.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

E com vocês, Maria Gadu

Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
Do teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal
Então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós


Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo, faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta

                                       Altar Particular

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Reflita

Faça o que tem que fazer, e deixe os outros discutirem se é certo ou não.
                                                  Calvin and Hobbes

Um abraço?

   Tá, eu sei que ficar tanto tempo assim sem dar uma palavrinha é chato, vocês podem me crucificar, mas é que não me baixava um santo que soubesse o que escrever aqui. Agora tento, vou na onda que mais longe me levar, num assunto breve e simples, contar pra vocês o que vem se passado durante esses dias.
   Sou humana, tenho as minhas vontades. A carência vem me corroendo desde uns dias. Mas não é a carência de paixão, de fogo. Carência de simplesmente alguém que me abrace e me olhe nos olhos, sinceramente me dizendo "Eu te entendo". Mesmo que não entenda!
   Já chegaram a me dizer que eu pareço não gostar de contato físico, muito pelo contrário, eu a-do-ro abraços, andar de mãos dadas, cafuné, beijos na bochecha. Demonstrações de carinho são sentimentos que não couberam dentro da gente, e pulam pra fora, numa atitude inconsciente de abraçar alguém, segurar a sua mão. Assim como as lágrimas. Mas eu não quero um abraço vago, aquele que sobra um espação entre os dois abraçantes, que é dado por pessoas que acabaram de se conhecer, apenas por serem gentis. Quero um abraço total, macio, confortável, de onde eu não queira sair nunca mais. Até porque isso não funciona com o meu travesseiro.
   Só abraço se for uma vontade sincera. Não abraço apenas para não fazer feio com as visitas. Abraço porque quero, porque gosto. Quando quero consolar, parabenizar, matar as saudades. Existe abraço de todo tipo, e eu aqui precisando de só umzinho. Abraço total, assim como beijo, não se pede, não se planeja. Abraço também acontece de repente. Abraço também é romântico.

 

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dia nulo

  Acordei hoje sem a mínima vontade de fazer algo que me mandavam. Até fiz um favor ou outro, mas nem secar o cabelo sequei, de pura e eterna preguiça. Aquela voz que que pedia que eu apenas deitasse e dormisse o resto do dia não me deixou em paz, até eu tentar, tentativa falha, diga-se de passagem, fazer o que a maldita me gritava na consciência. Eu realmente não estava a fim de fazer o que não esteva a fim de fazer. Entendeu? Eu não queria me desgastar fazendo o que geralmente faço, mas não gosto de fazer. É, confuso, eu sei.
  Foi como se o dia não estivesse sido contado. Nem um dia a mais, na minha vida, nem um dia a menos. Dia nulo, vamos tentar assim. Foi um dia de destino mudado. Era pra ser uma longa viagem, em que eu passava a tarde toda mofando num ônibus gelado e rodeada de estranhos. Mas foi uma tarde razoavelmente quente, em que eu conversei com uma das pessoas que mais me acompanhou nessa vida. Uma amizade com mais de quinze anos.
  Se parar pra refletir, dias assim são bons. É um bom momento para repensar em tudo o que você faz na vida. Faz por obrigação? Dependendo da coisa, você pode deixar de fazê-la. Revolto-me com a capacidade do indivíduo que quer fazer tudo certo, mesmo que isso não agrade a si mesmo. Critica, joga a sua opinião para as outras pessoas poder verem o que tem dentro desse cabeção aí. Cansei também de tentar fazer com que as pessoas gostem de mim. Não sou simpática, só sorrio pra quem eu quero, falo mal de quem fizer merda, e não tô nem aí. E sim, estou revoltada e não devo nada pra ninguém!
  A partir de hoje, juro que só vou fazer o que me deixe entusiasmada. Tá, estudar e lavar a louça também, mas só porque a minha mãe é muuuito legal!