sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Uma certa essência

  Uma coisa que eu sempre tive certeza é de que esse colégio era único, e que faria de tudo para manter a sua essência. Foi o primeiro do estado à uns anos, e hoje, parece estar à beira do abismo pelos olhos dos alunos. 
  Não há nada mais lindo do que ensinar Educação Ambiental na prática. Estudar a história cultural do mundo inteiro através das pesquisas e das artes cênicas. O que está sobrando para nós agora? Bem, eu acredito que quem faz a escola são os alunos. Certo? Então por quê acabar com a maioria dos projetos sem NOS procurar? Sem pedir a NOSSA opinião sobre isso? 
  Sinceramente, Querido Colégio, a essência inovadora que vocês diziam ter está se perdendo totalmente através dos anos. Não só dos anos. Através dos meses, das semanas, dos dias. Algo ou alguém está levando essa essência pro lixo de fora. Chutando, mandando embora. Logo nós seremos só mais um colégio em que as pessoas entram sete da manhã e saem cinco da tarde cansados. Com a bunda quadrada de tanto ficar sentado. Seremos gordos, ignorantes, irracionais. Agindo somente pelo óbvio. Aceitando, desentendendo. 
  Sabe quem é que segurava essa essência nas mãos? E mostrava isso pros alunos? O cara da foto aí ao lado. O querido Profº Tonhão, que tanto nos ensinava sobre o céu, as estrelas, e todos esses gigantes que nos rodeam. ERA ELE que mantinha os ideais desse colégio que agora está pior. E, sabe o que aconteceu? Um belo dia, dia de férias, ele foi demitido e nada foi passado aos alunos. Tudo aconteceu por baixo dos panos e todos os atores ensaiaram a cara de "Aconteceu alguma coisa?"
Podem surgir notas altas, pode aumentar o numero de prêmios. Mas, se continuar assim, a minha consideração, o meu amor, a minha força de vontade só vai diminuir. Menos, cada vez menos. Falo por mim e por muitas outras pessoas que, diante das novidades de hoje, abriram a boca para tentar falar alguma coisa e não conseguiram, pois o baque foi grande.
  Colégio Engº Juarez de Siqueira Britto Wanderley, onde está a sua essência diferencial agora?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sobre triângulos e círculos

  Eu não tenho medo de ser assaltada, nem medo de ser atropelada. Sequestro me assusta de leve e tortura passa longe de ser uma fobia. Acho bobeira das pessoas que têm um certo pânico a respeito desses assuntos.


  Sabe o que me assusta MESMO? Perder as pessoas que amo. É, as pessoas. Aquelas que eu abraço, recebo um "bom dia" saltitante ou até aquele Eu te amo que sempre me deixou com cara de boba-apaixonada. Imagine um mundo igual àquele dos dias em que todos os seus amigos viajaram e sua mãe foi trabalhar. Na TV tá passando um programa de esportes radicais em lugares maravilhosos, onde você daria tudo pra estar. Aí você pensa: Poxa... Se alguém topasse ir comigo.... 
  Entende? É em dias como esse que você para pra pensar como a vida não teria tanta importância assim. Sem alguém que te desafie a ir mais longe. Sem alguém que você queira cativar cada dia mais. Alguém, simplesmente, que coloque os triângulos no triângulo e os círculos no círculo. Esse alguém que consegue fazer com que você nem veja o tempo passar num abraço. 


  Bonito, né?! Agora, pra realmente compreender o que eu quis dizer, pense em todas as coisas que essa pessoa importante te ensinou. Coloque-as numa lista. E depois tente se imaginar sem os tais valores, as tais lições. Tente imaginar aonde é que você estaria agora, se não os tivesse. E depois coloque na cabeça que, em algum momento, essa pessoa irá embora de verdade. A vida nos dá e depois tira. É assim que funciona o sistema.









 Mas, como dizem, as pessoas só escrevem sobre aquilo que lhes falta. É por isso que os povos tristes têm canções alegres, e os povos alegres têm canções tristes.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ah... amor!

      "E gente se apertou um contra o outro. Apertado assim porque nos completamos desse jeito.”

Do gênio, Caio Fernando de Abreu





- Às vezes sinto falta de mim. 
- Eu também, menina
- Sente falta de si? 
- Não, de você. E dói. 
[Silêncio]
- Me abraça? 
- Sempre...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Imensas coisas pequeninas

Need you now

Picture perfect memories,
Scattered all around the floor
Reaching for the phone 'cause,
I can't fight it anymore
And I wonder if I ever cross your mind
For me it happens all the time

It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now
Said I wouldn't call
but I lost all control and I need you now
And I don't know how I can do without,
I just need you now


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Os livros parecem escritos pra mim

" Veio o momento em que pude sentir que não estávamos mais simplesmente travando um embate de palavras, a situação entre nós já se havia definido. Quando reflito, agora, sobre esse momento, sou tentado a empregar o idiota tradicional do amor. Tenho vontade de falar por meio de metáforas de calor, ardor, muralhas se derretendo em face de paixões irresistíveis. Estou ciente de como essas expressões podem parecer pomposas, mas no final acho que são exatas. Tudo pra mim havia mudado e palavras que antes eu jamais havia compreendido passaram, de uma hora para outra, a fazer sentido.
  Isso veio como uma revelação e, quando afinal tive tempo para assimilar o fato, perguntei-me como conseguira viver tantos anos sem ter aprendido uma coisa tão simples. Estou falando menos de desejo do que de conhecimento, a descoberta de que duas pessoas, por meio do desejo, podem criar algo bem mais poderoso do que cada uma delas poderia criar isoladamente. Esse conhecimento me modificou, eu acho, e a rigor me fez sentir mais humano. Ao pertencer a Sophie, passei a sentir como se eu pertencesse também a todo mundo. Meu verdadeiro lugar no mundo, vim a descobrir, estava em algum ponto para além de mim mesmo e, ainda que esse lugar ficasse dentro de mim, era também impossível de se localizar. Tratava-se do minúsculo fosso que separa o eu do não-eu e, pela primeira vez na vida, eu via esse lugar perdido como o centro exato do mundo. "
A trilogia de Nova York, de Paul Auster. pág 253, conto O Quarto Fechado.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Do comentário do amigo ali

E o ano novo que já tá aí hein?

O ano começou com um comentário polêmico, num post polêmico - pelo menos pra mim. Parabéns, amigo. Eu tenho que admitir que sua observação foi interessante, e suei bastante para conseguir contestar. Lembrando que é apenas uma imposição da minha opinião.
Um debate, talvez. Eu adoro debates :) 

Eu acredito em Deus. Em nenhum lugar do deísmo diz que ele não existe. Mas eu apenas não preciso me apoiar em nenhuma bíblia, não necessito frequentar um culto, uma igreja, o que seja. As outras religiões mesmas supõem que Ele está em todos os lugares, não é? Por que não em minha casa então? Com muito mais carinho o recebo aqui, na minha privacidade, com as minhas maneiras de agradecer.
Se você me diz que por seguirmos nosso "raciocínio lógico" estamos indo à um final não muito bom, eu te pergunto: Usaremos o quê, então? A fé? Iremos todos sentar e esperar que Deus, Jesus, alguma santa alma apareça na nossa frente e desapareça com a fome, a miséria, toda essa poluição sonora, visual e ambiental, com a maldade do coração das pessoas? Eu, como uma boa aborrescente especuladora e modernérrima, preferiria mil vezes usar o conhecimento maravilhoso que todos nós temos em nossas cabecinhas pra tentar reverter isso. 
Pra você, a xícara está meio cheia ou meio vazia? O mundo não está um caos total, por um lado. Existem milhões de pessoas pesquisando para achar a cura de doenças, graças à nossa tecnologia atual - culpa da razão -, todos os dias existem pessoas que se levantam, olham para o parceiro do mesmo sexo, deitado na cama, e não sentem vergonha disso. Ao contrário do que diz na bíblia, que isso seria um "ato imoral", uma "impureza" (toevah).
"Se um homem dormir com outro homem, como se fosse mulher, ambos cometerão toevah." - Levítico 20:13
Aliás, por quem foi escrito o livro sagrado mesmo? Quais eram as condições psicológicas desses homens? Você sabe?
Pra deixar bem claro, novamente: Eu acredito em Deus, e isso está explicitamente explicado. Não uso drogas, não faço sexo por dinheiro - assunto pra outro post - e muito menos roubo. Eu apenas quero deixar a minha opinião e as minhas crenças.
Se parar pra pensar, é exatamente isso.