quarta-feira, 14 de julho de 2010

O Próximo Alvo, Capítulo 2

Ainda não leu o primeiro capítulo? Leia-o.

                                                  Capítulo 2
                  (Uma breve apresentação da personagem, por Samantha)
   Esse homem é Alex Ibertorich. É loiro, tem olhos escuros, uma casa na cidade de Nova York e sua cor preferida é vermelho. Tem uma empresa que fabrica materiais de tecnologia altíssima.
   Nos conhecemos a uns anos atrás, no Central Park. Ele lia um livro, deitado na grama, e eu corria. Até o certo momento em que tropecei e caí ao lado dele. Exatamente ao lado dele. Ele apenas abaixou o livro que lia, olhou pra mim com uma cara de assustado, e começou a rir. Uma risada gostosa, que logo me contagiou, e eu comecei a rir também. 
   Tinha ralado todo o meu joelho direito. Sentei-me na grama, ainda ao seu lado, e comecei a dobrar a calça de ginástica que vestia. Ele apenas me assistia, ainda como quem não sabia o que estava acontecendo. Ao ver o machucado, ele olhou ainda mais assustado.
   - Meu Deus, moça. Você caiu de onde? Vem, vem aqui que eu te ajudo. – levantou-se e me ajudou.    Fomos caminhando até um bebedouro que havia ali perto. Ele fez questão de ficar ali ao meu lado até eu conseguir caminhar novamente. Pude perceber que o Central Park estava mais bonito aquele dia.
   Depois disso, continuamos nos encontrando, ficamos amigos e aqui estamos.
                                             ***

   Estranhamente ele mudou de assunto, depois de tamanha declaração na sala. Um turbilhão de coisas passava na minha cabeça, e eu estava prestes a chorar, se não fosse ele descontrair:
   - O que você acha de fazermos uma viagem? – ele disse, com o olhar de uma criança que pede doce à sua mãe – Por favor, amor. Pede uns dias de licença no trabalho, vamos fazer alguma coisa juntos. Lembra que você me disse que sempre quis esquiar?
   A minha vontade era de dizer que sempre esquiava, em missões ou até treinamentos na neve. Mas me segurei e apenas sorri. Veio-me na cabeça a imagem de nós dois, eu e Alex, sentados tomando um delicioso chocolate quente, como um casal normal. Apertei ainda mais forte as suas mãos, entrelaçadas com as minhas. Parecia que uma energia inexplicável era transmitida de um para o outro quando estávamos juntos. Eu me sentia um celular sendo recarregado, apenas pelo toque de Alex.
   Olhei para ele, com uma cara de quem pensava muito, avaliava várias coisas. Ele continuava olhando para mim, com uma cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças. Ao me pegar pensando nisso, ri sozinha.
   - O que foi, Samantha? – Alex perguntou, fazendo uma cara séria e me encarando.
   - Só aceito viajar se você continuar fazendo essa cara. – eu respondi, sorrindo e acariciando seu rosto. Ele riu, e me deu um beijo na mão. – É claro que eu aceito viajar com você, amor. Vai ser ótimo ter instruções de esqui com você.
   - Ah, você é linda! – sorriu e me abraçou. Eu fechei os olhos e permaneci ali, abraçada a ele, sentindo o calor que emanava daquele homem.

                                                   ***
   Eu estava muito mais tranqüila depois de “me acertar” com Alex. Muita coisa havia mudado na minha cabeça, depois de ter recebido um voto de confiança e um tempo para arrumar minha vida e contar à ele toda a verdade. Já havia decidido, ia ligar pro Jared e marcar um jantar, ali na casa de Alex. 
   A sala de jantar era realmente muito bonita. Num estilo clássico, mesa, cadeiras forradas em veludo vermelho e cortinas do mesmo tom, faziam com que você sentisse que o tempo estava voltando até o tempo em que pequenas e magrelinhas empregadas iam até a sala de jantar servir os patrões, vestidos em ternos ou longos e volumosos vestidos.
   Tentei ligar para o Jared, mas meu celular resolveu não funcionar. A lembrança de que eu o havia esmagado logo cedo veio à minha cabeça, então eu o joguei no sofá, resmungando. Concentrada, eu pensava em como dizer ao Jared que eu já havia me decidido. Eu iria largar essa vida secreta, cheia de segredinhos, e iria me tornar uma simples e comum trabalhadora.
   Voltei ao quarto, peguei a primeira roupa que vi pela frente e a vesti. Um jeans claro e surrado, uma regata branca e um sapato. Peguei minha maleta, passando pela sala, e mandei um beijo para o Alex, que ainda estava sentado no sofá, tocando seu violão. A luz continuava tornando-o uma estátua de mármore, de tão perfeito. Ele agora cantava e sorria. Improvisava uma música, do modo como sempre fazia, e colocava meu nome no final das frases.
   Saindo de casa, entrei no carro e coloquei minha maleta no banco do passageiro. Era um carro esporte, preto, bem grande e confortável. Abri a maleta e fiquei encarando o que se encontrava em seu interior. Eram armas. Quatro, pra ser mais precisa. Foi o meu material do alvo passado, e eu iria devolvê-lo. Geralmente, nós só devolvíamos o material se ele apresentasse algum defeito, ou quando iríamos receber um novo. Ao final de cada quatro missões, uma nova maleta era entregue ao felizardo. Isso era praticamente uma promoção.
   Liguei o carro e segui pelas ruas de NY. Meu corpo permanecia no carro, mas minha mente voava longe, lá no futuro. Pensava em coisas que iria falar ao Jared, e em coisas que iria falar ao Alex. Estacionei e desci, apressada. “Eu só gostaria de terminar logo com isso e poder voltar pra casa”, eram as palavras que flutuavam pela minha cabeça.
   Entrando no prédio, vi Lana e Sara, as duas irmãs gêmeas. Estavam tão bem vestidas que me senti uma mendiga ao lado delas. Em vestidos de modelos iguais, Sara vestia azul e Lana vestia rosa, cores contrastantes com seus cabelos, escuros e os olhos verdes. Dava pra imaginar uma selva inteira dentro daqueles dois pares de olhos. Esses, que me seguiram até o elevador, intercalando uma olhada para a maleta, uma olhada para a minha roupa.

   Cheguei no departamento de Jared e vi Melisa, a secretária do meu patrãozinho. Ao me ver saindo do elevador, ela sorriu e acenou. Eu acenei de volta, com um meio sorriso e uma levantadinha de sombrancelha, como quem dizia “é hoje”.
   - Como você está, Samy? – ela disse, e olhou para a maleta. – Já completou? Hoje vai ter promoção?
Eu estava confusa, não sabia se ainda dava à Melisa a notícia de que iria me demitir.
   - É, digamos que sim. Melisa, Jared já deixou meu pagamento com você? Eu já poderia pegá-lo?
   Melisa sempre foi meio fofa, e isso era estranho, pois era uma das poucas funcionárias dali que sabia tudo o que estava sendo falado entre as paredes do escritório de Jared. Mexendo nos cabelos curtos e castanhos, ela abriu a gaveta de sua mesa, e pegou minha ficha. Conferiu alguns números e logo voltou a procurar alguma coisa na gaveta. Eu a observava impaciente. Acabei desistindo de pegar o pagamento naquela hora, avisei-a que pegaria depois e entrei na sala de Jared, a primeira porta à direita.

                                                                                    fim da primeira parte.

2 comentários:

  1. quero maiss!!!

    eu estou amando tha!!

    beijo layla

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  2. Pow todo esse suspense é pra fazer volta nee? poxa ta muitoo legal Taah ..deixou gostinho de quero mais mesmo..ashuash adorei beijobjo <3

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