sexta-feira, 16 de julho de 2010

Dia nulo

  Acordei hoje sem a mínima vontade de fazer algo que me mandavam. Até fiz um favor ou outro, mas nem secar o cabelo sequei, de pura e eterna preguiça. Aquela voz que que pedia que eu apenas deitasse e dormisse o resto do dia não me deixou em paz, até eu tentar, tentativa falha, diga-se de passagem, fazer o que a maldita me gritava na consciência. Eu realmente não estava a fim de fazer o que não esteva a fim de fazer. Entendeu? Eu não queria me desgastar fazendo o que geralmente faço, mas não gosto de fazer. É, confuso, eu sei.
  Foi como se o dia não estivesse sido contado. Nem um dia a mais, na minha vida, nem um dia a menos. Dia nulo, vamos tentar assim. Foi um dia de destino mudado. Era pra ser uma longa viagem, em que eu passava a tarde toda mofando num ônibus gelado e rodeada de estranhos. Mas foi uma tarde razoavelmente quente, em que eu conversei com uma das pessoas que mais me acompanhou nessa vida. Uma amizade com mais de quinze anos.
  Se parar pra refletir, dias assim são bons. É um bom momento para repensar em tudo o que você faz na vida. Faz por obrigação? Dependendo da coisa, você pode deixar de fazê-la. Revolto-me com a capacidade do indivíduo que quer fazer tudo certo, mesmo que isso não agrade a si mesmo. Critica, joga a sua opinião para as outras pessoas poder verem o que tem dentro desse cabeção aí. Cansei também de tentar fazer com que as pessoas gostem de mim. Não sou simpática, só sorrio pra quem eu quero, falo mal de quem fizer merda, e não tô nem aí. E sim, estou revoltada e não devo nada pra ninguém!
  A partir de hoje, juro que só vou fazer o que me deixe entusiasmada. Tá, estudar e lavar a louça também, mas só porque a minha mãe é muuuito legal!

Um comentário:

  1. ée. Preciso desistir de fazer tudo certo, tudo que certamente me machuca, e olhar um pouco mais pra dentro, e fazer o necessário pra isso dentro de mim sorrir. ée. 'e.

    P.S.: manda um beijo pra sua mãe *:

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