sexta-feira, 30 de julho de 2010

Invisível aos olhos

  Hey, Pequeno Principe. É, você mesmo, aí, de cabelos loiros e cachecol engraçado. Lembro-me de ter ouvido tu sussurrar com uma raposa, e falavas algo de "invisível aos olhos". Estive pensando, aqui com meu aviãozinho... O céu é essencial, não é mesmo? Então ele é invisível aos olhos? Diga-me, sempre fui apaixonado pelos céus, o que há aí perto do teu planetinha, principe? Existem seres magnificos, civilizações desconhecidas? Ou é somente isso o que enxergo daqui da Terra? Garanto que um pouco de poeira cósmica deixaria-me muito feliz nestes dias que venho passando. 
  Sabe, às vezes olho pro céu e te imagino, tu e a rosa, nesse teu planetinha tão pequeno. O que fazes para passar o tempo, além de vir me visitar nos sonhos? Vejo milhões e milhões de estrelas brilhantes que deves ver daí também. Esse céu visto aqui da Terra sempre me encantou. Eu ia a campos abertos, acampar com meu pai, e poderia ficar o dia inteiro a observar o céu. As nuvens, os passaros, imaginando a distância que nos separa. Imaginei se eu podia voar, e tentei. Mas foi em vão. Qualquer dia tu me ensina a voar, principe? É, leva-me pros teus lugares preferidos, fora desse meu grande e chato planetinha azul. Aposto todas as minhas fichas que teu planeta, teu vulcão, tua rosa e teu carneirinho valem muito mais que todas as pessoas que povoam a Terra. 
   Bom, é isso. Mande-me notícias, nem que seja pelas estrelas. De um jeito ou de outro, eu estou sempre a te observar, pequeno principe. Levo comigo esse teu jeitinho atrapalhado e as tuas curiosidades do meu mundo. Um abraço, do teu amigo da Terra.



Um comentário:

  1. ah, eu sabia que você ia gostar desse livro :')
    Seus textos são lindos, você é linda ♥

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