sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Adeus ano... velho? Já?



  Descobri que a vontade maior do meu ser é deixar a minha marquinha. Seja no lugar onde estou, por onde passei, nas pessoas que conheci. Adoro quando sabem o meu nome, quando me reconhecem na rua ou lembram de mim por feitios honráveis. 
  Falar que 2010 foi o ano que mais desafiou minha natureza é o básico, né? Eram 599 novas pessoas. A minha paixão por elas é meio óbvia. Fico assim, só observando o jeito como elas agem, reagem, conversam, e crio de cada uma das pessoas que cruzaram meu caminho uma imagem, que pode ser mudada ou não. Várias dessas "cobaias" já me fizeram mudar de opinião quanto a elas mesmas. E é pra falar sobre isso que eu estou aqui hoje.
  Ontem, no almoço da escola, estava lá o terceiro ano tirando fotos. Todos os 200 (e mais uns dois) alunos, sentados, fazendo poses e sorrisos pra câmera. Foi um baque pra mim, pra minha cabeça. Todas aquelas pessoas, várias essenciais, estão indo embora. E isso me fez pensar ainda mais no meu ano. O meu, nosso, primeiro ano de 2010.
  Sabe, eu não conheço - nem de longe - todos vocês. Somos duzentos e um. Duzentos e um corações. Duzentos e um núcleos de energia que se fundem pra formar uma só corrente elétrica, que arrepia a todos que nos veem passar exibindo esses uniformes tão diferentes. Somos, hoje, Bandeirante, Ipanema, Legacy, Phenom e Tucano. Ano que vem, todas essas salas irão se misturar, dando a cada pessoa uma nova identidade, ainda desconhecida. E então, deixaremos de ser os xodós do colégio, os queridinhos do Gilsão. Não teremos mais a desculpa da "fase de adaptação" e muito menos dizer que temos saudade de assistir sessão da tarde. Até porque, nem nos lembraremos que isso existe fora das férias. A comida da mamãe vai ser - assim como já é - regalia de fim de semana, presente até de aniversário. E o crachá vai continuar sendo nosso queima filme com todas essas fotos lindas, todos com carinha de neném.
  E então vai chegar o dia. Reenturmação, segundo ano, trabalho de décadas, tia Marta como disciplinária. O temido "outro lado do corredor", o corredor do segundo ano. E tudo vai ser tão diferente, como foi no nosso primeiro dia do primeiro ano. Tanta gente nova pra conhecer, de novo. Tantos momentos que vão marcar pra sempre, assim como no primeiro ano. O primeiro simulado, quem lembra? Você pode perguntar pra qualquer um, todo mundo deve lembrar. 
  Marcar. É isso, a minha natureza. Fazer com que um nome - duzentos e um, que tal? - seja lembrado como símbolo de força de vontade, união. A turma que construiu uma história bonita de se contar nas rodas de conversa. "Ah, mas um dia, em um lugar tão tão distante, duzentas e uma pessoas fizeram uma história grandiosa". Não, não é preciso que a história do planeta seja mudada pra que a nossa história grandiosa seja. É preciso apenas que corações sejam tocados. 
  Quem sabe isso não dê certo, não é? Formemos uma família então! Os corações já estão prontos para serem tocados. Vamos vestir a camisa e botar pra quebrar. Quebrar ideias erradas sobre nós, mostrando quem realmente somos - bons e prontos pro que vier. Aliás, que venha o que tiver que vir! Eu não estou sozinha nessa. Tem mais duzentos pra me segurar quando eu cair, pra me apoiarem quando eu me desequilibrar, e pra eu ajudar quando sentir necessário. Eu falo por mim e, com a devida licença, por vocês também.
  E, aos que partem, deixo uma parte de mim. Palavras consoláveis, abraços totais, sorrisos e olhares que entendem. Parabéns terceiro! Agora é fazer o que tem que ser feito, da melhor forma possível.
                               Para todos - TODOS - os que realmente conseguiram me cativar.

"Você falando agora.. fiquei me espelhando a dois anos atrás, eu ficava mor 'panz' de ver o terceiro ano de quando eu era primeiro, caindo na real, entrando em clima de despedida. Aí meu coração ficava pequeniníssimo. Mas aí eu conseguia ver que eles não estavam tristes, mas sim contentes. Passei a olhar mais nos olhos da galera, e vi que eles choravam de alegria, de sentimento de missão cumprida, de que eles conseguiram o que queriam, e que eles estavam contentes pelos 3 anos e que formaram uma familia que nunca vai ser esquecida. Então, eu parava de ficar triste por eles, e ficava feliz, por mim e por eles. Por eles, por que eles marcaram e foram embora realizados e contentes, e por mim, por que eu vi que tinha tempo ainda pra escrever minha historia ali na escola e que no término de três anos eu queria sair tão contente como eles. E agora estamos aqui. Eu choro por alegria junto com o meu ano que foi fantástico e eu sei muito bem disso, e você aí com os olhos que eu estava há dois anos. Mas, ao invés de fechá-los pra selar lagrimas, você tem que abri-los e fixá-los no dia de amanhã, pra poder planejar fazer tudo o que você deseja, dando o melhor de você pra que, quando for sair, você possa ter as mesmas lágrimas que eu tenho hoje, de gratidão e não de melancolia. Aproveita o tempo que voce tem pela frente, que eu tenho certeza que você vai ter muito sucesso. Vou voltar na escola daqui a dois anos e aí a gente vai conversar, e você vai falar: É, VOCÊ TINHA RAZÃO! "
                                 citação de Fernando Martins, valeu Ferzão s2

Um comentário:

  1. é thais,
    o tempo contigo foi pouco,
    mas o suficiente pramim te garantir
    que você vai ter sucesso, e vai conseguir realizar tudo de desejo ali na escola, e você vai sim sair daqui 2 anos, deixando sua marca e lembranças muito positivas ali na escola, tão boas quanto as que eu vou carregar de você.
    e sim, você vai selar a minha razão, pode ter certeza disso.
    ~ fernando martins, ou ferzão haha (L)

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