segunda-feira, 13 de maio de 2013

Povo da fogueira

    A tal da lua minguante que a gente descobriu logicamente o nome só apareceu de madrugada, mas foi na hora certa. Se ela tivesse vindo antes, iluminaria demais o céu com seu brilho e a chuva de meteoros não se destacaria de maneira tão incrível como aconteceu.
    A fogueira criou um calor a mais no momento, e botou um brilho intenso e diferente no rosto de nós três. As faíscas dançavam no ar, na nossa frente, perto do nosso nariz. Deviam querer encantar as estrelas, mas, nesse bailar, se misturavam a elas e por um momento o céu e o fogo se confundiam, entrelaçavam-se. Ou eram estrelas ou eram faíscas. Ou eram os dois. E mais pra frente o céu também se confundia com o mar no horizonte. Eram três elementos juntos. Tão diferentes mas se dando tão bem.
    Tenho certeza que foi por causa da energia tão boa que algumas estrelas se jogavam lá de cima pra poder sentar no calor da fogueira com a gente. Beber um vinho e ficar falando bobeira. Pensando no futuro, no passado, no presente, no impossível e no mais provável. Num certo momento em que formos postos à prova. Foi a noite de recarregar o peito de energia boa e sentimento do mar, espero que tenha dado certo pra vocês. Me avisem quando acabar, que a gente volta e recarrega, que nem um celularzinho na tomada.



A lua nascendo por entre os fios do teu cabelo,
por entre os dedos da minha mão,
Passaram certezas e dúvidas.

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