Deísmo?
1. Admito uma existência divina, mas com características distinta de religiões.
2. Corroboro que a "palavra" de Deus são as leis da natureza e do Universo, não os livros ditos "sagrados" escritos por homens em condições duvidosas.
3. Uso apenas a razão para pensar na possibilidade de existência de outras dimensões, não aceitando doutrinas elaboradas por homens.
4. Creio que se pode encontrar Deus mais facilmente fora do que dentro de alguma religião.
5. Desfruto da liberdade de procurar uma espiritualidade que me satisfaça.
6. Prefiro elaborar meus princípios e meus valores pessoais pelo raciocínio lógico, do que aceitar as imposições escritas em livros ditos "sagrados" ou autoridades religiosas.
7. Sou um livre-pensador individual, cujas convicções não se formaram por força de uma tradição ou a "autoridade" de outros.
8. Acredito que religião e Estado devem ser separados;
9. Prefiro me considerar um ser racional, ao invés de religioso.
10. O raciocínio lógico é o único método do qual podemos ter certeza sobre algo.
sábado, 25 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
A vida segue seu ciclo vicioso...
De início, meio e fim.
E nós, bem... Nós só o seguimos, desejando que vá para um bom caminho. Estranho pensar que 2010 passou tão rápido assim. Eu que achei que foi um ano bem divertido, agora peso minhas lembranças com a falta de esperança que tá sobrando aqui dentro. AH! Eu tenho tanta vontade de reunir cada um de vocês que melhorou o meu ano, e dizer tudo o que eu sinto aqui dentro. Sei que não choraria, pois as lágrimas que eu estava estocando foram gastas na festa da Phenom, então, seriam só sorrisos e agradecimentos. Como não posso, escrevo. Palavras são como remédios. E remédios necessitam de doses certas.
E nós, bem... Nós só o seguimos, desejando que vá para um bom caminho. Estranho pensar que 2010 passou tão rápido assim. Eu que achei que foi um ano bem divertido, agora peso minhas lembranças com a falta de esperança que tá sobrando aqui dentro. AH! Eu tenho tanta vontade de reunir cada um de vocês que melhorou o meu ano, e dizer tudo o que eu sinto aqui dentro. Sei que não choraria, pois as lágrimas que eu estava estocando foram gastas na festa da Phenom, então, seriam só sorrisos e agradecimentos. Como não posso, escrevo. Palavras são como remédios. E remédios necessitam de doses certas.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Auto-amor
quinta-feira, 23.12.2010, 01:45 pm
- Mas e você, Jé? Como está o coração?
- Meio doido, talvez me mandando esquecer aquele fulaninho.
- Acho que seria o certo. Aliás, tem uma pessoa que eu gostaria mesmo de te apresentar.
- Juuuuura?
- Sim *-*
- Manda foto, eu quero ver!
- Tá.. Mas, antes, me promete uma coisa?
- Diz, doida.
- Promete que você vai passar a ver essa pessoa com outros olhos, e que vai se apaixonar por ela cada vez mais? E, quando a maré subir, essa pessoa vai ser a unica a conseguir te deixar em paz? Ah, você deve ter que achá-la a mais bonita do mundo, porque essa pessoa precisa de atenção. Aliás, ela precisa de tudo, faça-a sentir como a mais importante de todo o universo, levando em consideração o motivo das suas lágrimas e as piadas que a fizeram sorrir. Levar em consideração tu-do o que ela sente e pensa, cedendo as suas decisões para dar lugar às decisões dessas pessoas. Isso e muito mais, que você vai descobrindo com o tempo. Promete?
- Nossa...
Thaís are sending you a picture
- Mas... essa sou eu, Tha.
pra você, Jé. pra você ver que a única pessoa que pode te fazer feliz está mais perto do que o imaginado. Está com você a 17 anos. ♥
- Mas e você, Jé? Como está o coração?
- Meio doido, talvez me mandando esquecer aquele fulaninho.
- Acho que seria o certo. Aliás, tem uma pessoa que eu gostaria mesmo de te apresentar.
- Juuuuura?
- Sim *-*
- Manda foto, eu quero ver!
- Tá.. Mas, antes, me promete uma coisa?
- Diz, doida.
- Promete que você vai passar a ver essa pessoa com outros olhos, e que vai se apaixonar por ela cada vez mais? E, quando a maré subir, essa pessoa vai ser a unica a conseguir te deixar em paz? Ah, você deve ter que achá-la a mais bonita do mundo, porque essa pessoa precisa de atenção. Aliás, ela precisa de tudo, faça-a sentir como a mais importante de todo o universo, levando em consideração o motivo das suas lágrimas e as piadas que a fizeram sorrir. Levar em consideração tu-do o que ela sente e pensa, cedendo as suas decisões para dar lugar às decisões dessas pessoas. Isso e muito mais, que você vai descobrindo com o tempo. Promete?
- Nossa...
Thaís are sending you a picture
- Mas... essa sou eu, Tha.
pra você, Jé. pra você ver que a única pessoa que pode te fazer feliz está mais perto do que o imaginado. Está com você a 17 anos. ♥
domingo, 14 de novembro de 2010
Pouco de mim no muito que falo
Capricórnio, o décimo signo, inicia-se com o solstício de inverno, no hemisfério norte. Simboliza a retração, a dureza, o recolhimento, a frialdade. Nesta época é preciso ter muita habilidade e paciência para suportar os rigores do clima. Também representa a chegada, do adulto, ao auge de sua carreira, após uma árdua ascensão, galgada a custo de muito trabalho. É o símbolo do pai, e de seu mundo: todo o ambiente mais sóbrio e silencioso, emocionalmente distante, cheio de regras e deveres, mas também de recompensas para aqueles que sabem aguardar por elas. Trabalho e seriedade são os atributos básicos do capricorniano. Seus ganhos e sucessos são frutos de sua atitude, altamente direcionada e planejada. A ambição é a força motriz de seu comportamento. Eles almejam destacar-se, chegar ao cume; e dedicarão o máximo de si na busca deste ideal. Renunciarão a todo luxo e conforto, enquanto não atingirem sua meta.
São bastante tradicionalistas e conservadores. Têm dentro de si um senso forte de hierarquia, o qual não quebrarão por nada no mundo. Não são de criar inimigos, pois consideram que isso só iria atrapalhar sua projeção. Irão assumir postos secundários sem reclamar, ainda que abaixo de sua capacitação, sabendo que lealdade e determinação são por fim reconhecidas.
Gostam da solidão como poucos. Nela restabelecem-se e reordenam os pensamentos. Mas nela também se refugiam e se entregam à melancolia e ao pessimismo. Não conhecem muito da alegria. Parece-lhes que a alegria é um mito, com o qual gente séria não deve perder muito tempo.
O capricorniano tende a ser muito rígido com os outros e consigo mesmo. A disciplina é um elemento indispensável para indivíduos tão tenazes assim. O capricorniano se mantém forte e impassível, e não desiste, custe o que custar. Pode tornar-se um avarento insuportável, ou uma pessoa viciada em trabalho, esquecendo por completo dos cuidados com a própria saúde, ou da atenção aos seus entes mais próximos.
Esta frieza certamente só lhes é possível sob uma repressão descomunal de suas emoções. Um capricorniano evita falar de seus sentimentos, mesmo perante seus (poucos) amigos mais próximos. Se possível, o capricorniano finge que o sentimento não existe, pois quando pensam neles ficam menos objetivos. Quando a emoção lhes aflora, eles assustam-se e encolhem-se como uma criança medrosa.
Por ser um signo cardinal, o capricorniano é um iniciador. Quando direciona esta energia para uma carreira, ele irá longe. Ele é bem prático quanto a isso: sabe aonde quer ir e como chegar lá. Não gosta de correr riscos. Sua grande dificuldade é lidar com o que está além de si. Pois planejam tanto que podem tornar-se escravos de seus próprios planos, sem espaço para improvisar quando é preciso.
Mitologicamente, o signo é representado por uma cabra com cauda de peixe. A cabra é o animal que sobe a montanha até o cume, ainda que precise desferir algumas cabeçadas no que estiver bloqueando o seu caminho. A cauda indica a origem marinha. O capricorniano sobe, pois, do nível do mar até o topo do mundo, pelos próprios esforços.
São bastante tradicionalistas e conservadores. Têm dentro de si um senso forte de hierarquia, o qual não quebrarão por nada no mundo. Não são de criar inimigos, pois consideram que isso só iria atrapalhar sua projeção. Irão assumir postos secundários sem reclamar, ainda que abaixo de sua capacitação, sabendo que lealdade e determinação são por fim reconhecidas.
Gostam da solidão como poucos. Nela restabelecem-se e reordenam os pensamentos. Mas nela também se refugiam e se entregam à melancolia e ao pessimismo. Não conhecem muito da alegria. Parece-lhes que a alegria é um mito, com o qual gente séria não deve perder muito tempo.
O capricorniano tende a ser muito rígido com os outros e consigo mesmo. A disciplina é um elemento indispensável para indivíduos tão tenazes assim. O capricorniano se mantém forte e impassível, e não desiste, custe o que custar. Pode tornar-se um avarento insuportável, ou uma pessoa viciada em trabalho, esquecendo por completo dos cuidados com a própria saúde, ou da atenção aos seus entes mais próximos.
Esta frieza certamente só lhes é possível sob uma repressão descomunal de suas emoções. Um capricorniano evita falar de seus sentimentos, mesmo perante seus (poucos) amigos mais próximos. Se possível, o capricorniano finge que o sentimento não existe, pois quando pensam neles ficam menos objetivos. Quando a emoção lhes aflora, eles assustam-se e encolhem-se como uma criança medrosa.
Por ser um signo cardinal, o capricorniano é um iniciador. Quando direciona esta energia para uma carreira, ele irá longe. Ele é bem prático quanto a isso: sabe aonde quer ir e como chegar lá. Não gosta de correr riscos. Sua grande dificuldade é lidar com o que está além de si. Pois planejam tanto que podem tornar-se escravos de seus próprios planos, sem espaço para improvisar quando é preciso.
Mitologicamente, o signo é representado por uma cabra com cauda de peixe. A cabra é o animal que sobe a montanha até o cume, ainda que precise desferir algumas cabeçadas no que estiver bloqueando o seu caminho. A cauda indica a origem marinha. O capricorniano sobe, pois, do nível do mar até o topo do mundo, pelos próprios esforços.
sábado, 13 de novembro de 2010
Poema de Phenomeno
Para isso somos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre o berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso somos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes - Poema de Natal
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos -
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos -
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre o berço
Um verso, talvez, de amor
Uma prece por quem se vai -
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso somos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte -
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes - Poema de Natal
domingo, 7 de novembro de 2010
Nem tudo fica bem quando parece bem
" Não fique nessa de sofrer por antecipação, de ser ansiosa ao extremo. É como eu sempre digo: não adianta se torturar assim, vai que amanhã o dia nasce azulzinho? você ficou triste de graça. E eu tenho pra mim que tudo vai dar certo. Às vezes é mesmo necessário mudar de estrada, nem que seja para caminhar na outra calçada, mas temos que seguir sempre e em frente. Compreendo que tem dias que os problemas se amontoam, talvez nem chegam a ser problemas tão grandes assim e já te vejo mais quieta. "
créditos à comunidade
Tem dias que a saudade começa a apertar antes da hora, e não há palavra que cale a gritaria que começa aqui dentro de mim. Aliás, não só a gritaria, como a tristeza, um pouco de arrependimento, um tantinho assim de questões do tipo "e se".
Sexta eu estava bem. Pensativa, mas bem. Mas o abraço de uma pessoa, que entrou na sala com os olhos cheios d'água me fez desabar. E essa pessoa veio, abraçou-me e disse que nós precisávamos fazer alguma coisa.
Eu não tenho o poder de mudar o mundo, e nem o quero ter. Mas é que a vontade adolescente de querer marcar a vida de alguém me perturba mais do que a qualquer um. Gosto de tocar, com palavras, o coração das pessoas que as ouvem. Preciso de reconhecimento, e isso já foi dito. Mas, infelizmente, não consigo mais do que lágrimas.
O futuro parece que prega peças, não é mesmo? A paz é sempre seguida por um momento de guerra, pois sem ela não existiria. Sem paz não existe guerra, e sem guerra não existe paz. Então, num dia feliz, a vida te dá um ramalhete de flores, e logo no outro te manda uma bomba-relógio. Você sabe que é assim, e mesmo assim sorri para as flores e teme a bomba-relógio.
O ponto em que quero chegar é: chega uma hora em que a bomba-relógio demora a ser entregue, e tudo fica calmo, pacato. O ser humano é tão complexo, que se instiga com a tranquilidade e começa a procurar em qualquer lugar - QUALQUER lugar - um problema com o qual se preocupar, e é isso que me deixa indignada. Se é certo que a bomba logo chegará, por que não curtir o ramalhete de flores ao invés de ficar procurando novas bombas? Aliás, assim que a bomba-relógio de verdade chegar, seu impacto será maior por causa dos outros problemas.
E depois, as pessoas dizem que não tem paz. É só você se dar paz, que tudo fica bem.
Mas fazer o quê se os seres humanos são assim?! Eu preferia ser um etê.. Etês são muito mais fáceis de se entender.
créditos à comunidade
Tem dias que a saudade começa a apertar antes da hora, e não há palavra que cale a gritaria que começa aqui dentro de mim. Aliás, não só a gritaria, como a tristeza, um pouco de arrependimento, um tantinho assim de questões do tipo "e se".
Sexta eu estava bem. Pensativa, mas bem. Mas o abraço de uma pessoa, que entrou na sala com os olhos cheios d'água me fez desabar. E essa pessoa veio, abraçou-me e disse que nós precisávamos fazer alguma coisa.
Eu não tenho o poder de mudar o mundo, e nem o quero ter. Mas é que a vontade adolescente de querer marcar a vida de alguém me perturba mais do que a qualquer um. Gosto de tocar, com palavras, o coração das pessoas que as ouvem. Preciso de reconhecimento, e isso já foi dito. Mas, infelizmente, não consigo mais do que lágrimas.
O futuro parece que prega peças, não é mesmo? A paz é sempre seguida por um momento de guerra, pois sem ela não existiria. Sem paz não existe guerra, e sem guerra não existe paz. Então, num dia feliz, a vida te dá um ramalhete de flores, e logo no outro te manda uma bomba-relógio. Você sabe que é assim, e mesmo assim sorri para as flores e teme a bomba-relógio.
O ponto em que quero chegar é: chega uma hora em que a bomba-relógio demora a ser entregue, e tudo fica calmo, pacato. O ser humano é tão complexo, que se instiga com a tranquilidade e começa a procurar em qualquer lugar - QUALQUER lugar - um problema com o qual se preocupar, e é isso que me deixa indignada. Se é certo que a bomba logo chegará, por que não curtir o ramalhete de flores ao invés de ficar procurando novas bombas? Aliás, assim que a bomba-relógio de verdade chegar, seu impacto será maior por causa dos outros problemas.
E depois, as pessoas dizem que não tem paz. É só você se dar paz, que tudo fica bem.
Mas fazer o quê se os seres humanos são assim?! Eu preferia ser um etê.. Etês são muito mais fáceis de se entender.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Mais uma história
Relembre dos dias em que estivemos aqui, sentados, como se nada no mundo tivesse maior valor do que esse momento. Olhos nos olhos, sorrisos em baldes, brincadeiras sobre um futuro bom. É como se aqui dentro eu estivesse completo. Como se não me faltasse mais nada. O céu brilhava como nunca - é um dos meus defeitos sempre reparar no céu - e por mais frio que estivesse, meu coração permanecia aquecido.
Mas aí você se foi. Deixou um bilhete perfumado, um número de telefone, um coração quebrado e um lugar vazio e gelado no banco da praça onde a gente se encontrava. Em compensação, sempre me ligou quando eu mais precisava. Você consegue ler a minha mente? Foi com pequenas doses semanais da sua doce voz que eu alimentei todo esse meu amor que exponho agora.
Sabe, a mudança da estação me deixou um vago pensamento em como você se vestiria nesse verão. Nos conhecemos no outono, e passamos o inverno juntos. Luvas, tocas, calças e mil blusas cobriam toda a sua beleza. Ainda bem que a mais bonita eu podia ver a toda hora: os seus olhos. Olhos azuis, de mar, de água, de pureza e de bondade. Azul da cor do céu. Um céu sem nuvens, sem pássaros. Um céu e só, pra bastar de tanta beleza junta.
Era uma beleza infinita que não cabia dentro de ti. Tinha que ser jogada à quem estava ao redor. Aliás, você é uma mistura de sentimentos transbordantes que entram e permanecem em quem está ao seu lado. O olhar que instiga, o sorriso que contagia, e a simpatia. Ah... se a simpatia se personificasse seria você, sem tirar nem pôr.
E eu me importava tanto! O que ela disse quando partiu? "Ah, eu preciso ir." Me deu um beijo e foi. Foi mesmo, sem olhar pra mim pela última vez. E como aquilo doeu em mim! Acordei atordoado em quase todos os dias que seguiram, pensando ter sido tudo um sonho. E pensando ter sido nocauteado também, de tanto que doía aqui dentro.
Hoje, eu posso dizer que valeu. E que o verão vai ter um brilho à mais. Essa praça nunca me pareceu tão mais viva do que nessa tarde de sábado. O seu cabelo preto reluz no carrinho de sorvete. Você veste uma regata preta, uma saia rodada e sapatinhos que parecem ser de boneca. Ao se virar, repara em mim e leva um susto. Ah, eu ainda posso me lembrar do susto que levou quando eu disse que te amava, foi quase igual. Um susto e um sorriso. Sentimentos diferentes? Não, acho que não.. Não é o que seus olhos, esses delatores azuis, me dizem. Os meus, já meio bandidos, seguem seus movimentos até você vir sentar ao meu lado. Com um sorriso de criança, me oferece sorvete e apenas exclama:
- Eu senti a sua falta... - E me beija. - Amor ...
Ah! Como o verão me faz bem. Ou talvez seja porque você voltou. Amor ...
Mas aí você se foi. Deixou um bilhete perfumado, um número de telefone, um coração quebrado e um lugar vazio e gelado no banco da praça onde a gente se encontrava. Em compensação, sempre me ligou quando eu mais precisava. Você consegue ler a minha mente? Foi com pequenas doses semanais da sua doce voz que eu alimentei todo esse meu amor que exponho agora.
Sabe, a mudança da estação me deixou um vago pensamento em como você se vestiria nesse verão. Nos conhecemos no outono, e passamos o inverno juntos. Luvas, tocas, calças e mil blusas cobriam toda a sua beleza. Ainda bem que a mais bonita eu podia ver a toda hora: os seus olhos. Olhos azuis, de mar, de água, de pureza e de bondade. Azul da cor do céu. Um céu sem nuvens, sem pássaros. Um céu e só, pra bastar de tanta beleza junta.
Era uma beleza infinita que não cabia dentro de ti. Tinha que ser jogada à quem estava ao redor. Aliás, você é uma mistura de sentimentos transbordantes que entram e permanecem em quem está ao seu lado. O olhar que instiga, o sorriso que contagia, e a simpatia. Ah... se a simpatia se personificasse seria você, sem tirar nem pôr.
E eu me importava tanto! O que ela disse quando partiu? "Ah, eu preciso ir." Me deu um beijo e foi. Foi mesmo, sem olhar pra mim pela última vez. E como aquilo doeu em mim! Acordei atordoado em quase todos os dias que seguiram, pensando ter sido tudo um sonho. E pensando ter sido nocauteado também, de tanto que doía aqui dentro.
Hoje, eu posso dizer que valeu. E que o verão vai ter um brilho à mais. Essa praça nunca me pareceu tão mais viva do que nessa tarde de sábado. O seu cabelo preto reluz no carrinho de sorvete. Você veste uma regata preta, uma saia rodada e sapatinhos que parecem ser de boneca. Ao se virar, repara em mim e leva um susto. Ah, eu ainda posso me lembrar do susto que levou quando eu disse que te amava, foi quase igual. Um susto e um sorriso. Sentimentos diferentes? Não, acho que não.. Não é o que seus olhos, esses delatores azuis, me dizem. Os meus, já meio bandidos, seguem seus movimentos até você vir sentar ao meu lado. Com um sorriso de criança, me oferece sorvete e apenas exclama:
- Eu senti a sua falta... - E me beija. - Amor ...
Ah! Como o verão me faz bem. Ou talvez seja porque você voltou. Amor ...
domingo, 3 de outubro de 2010
Para a reflexão
(...) Lembre-se de passar um tempo com as pessoas que ama, pois ela não estarão aqui para sempre. Lembre-se de dar um abraço carinhoso em seus pais, num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer 'eu te amo' ao seu companheiro, e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, se ame... se ame muito.Um beijo e um abraço curam a dor quando vêm de lá de dentro. Por isso, valorize sua família e as pessoas que estão ao seu lado. Sempre.
sábado, 2 de outubro de 2010
Dentro de você, e só
Reza uma antiga lenda, que existiu, não se sabe onde e nem quando, uma menina que conversava com as estrelas. Conversava não, ela as desejava, admirava. Poderia passar noites fitando-as, querendo descobrir o modo como se moviam, como falavam. A menina, muito atenta à todas, um dia descobriu uma que brilhava mais. Isso a deixou curiosa. O que poderia fazer com que aquela estrela se destacasse tanto? Por que é que, em meio a tanto brilho, poderia haver uma que brilhava mais e fazia a noite melhor por si só? Então, a menina resolveu, todas as noites, conversar com aquela estrela tão bonita pra ver se ela apenas se movia, respondendo com gestos.
Passaram-se dias e mais dias, e nada da tal estrela bonitona se mover. Ao menos piscava. A menina já começava a desistir, quando, numa noite meio nublada, ouviu a estrela chamando-a. Ao sair na janela, já sem acreditar, um clarão a atingiu em cheio, e ali estava a estrela. Na sua frente, não mais no céu. De perto, assim, tão perto, era possível vê-la sorrir. Uma estrela que sorria, ora essa! E há no mundo coisa mais estranha? O brilho vinha dali, do dom que aquela estrela tinha em sorrir a todo momento. Foram momentos lindos os que se passaram depois disso. A estrela se mostrou uma ótima companheira e conseguiu, rapidamente, cativar a menina admiradora. Agora, a estrela vinha visitar a menina todos os dias em sua janela. Costumava vir às oito em ponto, sem atrasar.
Um dia, chegou mais cedo. Sete e meia. Mas vinha com uma notícia não muito boa. Estava morrendo. Poucos meses e já não seria mais possível vê-la brilhar no céu. Pelo menos não todas as noites, como a menina se acostumara. Seriam raras as vezes em que a estrela brilharia, mas a intensidade seria ainda maior. Aquilo atingiu a menina como uma facada, um tapa na cara. Então, ela se recompôs e apenas sussurrou à estrela, que ainda continuava em sua frente, sorrindo, mas com uma tristeza no olhar.
- Não me importa o tempo com que você brilhou lá em cima ou bem aqui do meu lado, o bem que me fez foi indescritível. E hoje... Bom, hoje eu não tenho mais palavras pra poder descrever. A partir do momento em que você parar de brilhar nesse meu céu, estrela, eu só espero que você se lembre de que tem alguém aqui olhando para onde você costumava ficar todas as noites. Vai, espalha esse teu brilho pra que outras galáxias possam conhecer-te. Eu não seria capaz de prender-te somente pra que eu veja. Deixo que as outras pessoas descubram dessa tua capacidade linda de sorrir. Se sentires uma vontade de voltar, gritar meu nome ou desanimar, pense que eu estou ao teu lado, e vai ser real. Até por quê, estará dentro de você, e será real.
E ao dizer isso, a estrela tão brilhante foi perdendo o seu brilho, e então a menina acordou. Não houvera conversa alguma, e as estrelas ainda permaneciam todas no céu. A estrela que se destacava agora já não brilhava tanto. Fitando-a, a menina pensava vê-la piscar. Parecia sonho, mas a certeza de que havia sido real reinava no ar. Afinal, se está dentro de você, quem diz que não é real? quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Não acomodar com o que incomoda ♪
Rotina. O que há de errado quando tudo parece certo demais? Você se acostuma a agir de certa maneira, e, quando reage de maneira distinta, parece tudo diferente demais.
E então você se encontra em wonderland. O país das maravilhas, o país das coisas diferentes e legais de se fazer. A mente passa a perceber as coisas simples que existem nos atos distintos do acostumado. Uma flor aberta, perfumada, ao Sol, vira uma luz imensa que melhora o dia de qualquer um. Uma passaro voando já é motivo pra sorrir. Um sorriso verdadeiro. Sair pra passear com uma criança. Ou nem tão criança assim. Chorar de rir jogado à grama, atacado por cócegas impossíveis de se desvencilhar. E continua assim pra sempre, na mudança contínua que a vida lhe propõe.
E quando ela faz aquela proposta irrecusável então? "It's now or never!" Você decide, mas tempos depois continua pensando em como seria se tivesse optado o contrário. São esses milhões de caminhos que escolhemos - ou não -e nos trazem ao hoje. O que aconteceria se apenas um "sim" do passado se transformasse em um "não"? Pergunto-me quem estaria ao meu lado hoje. Onde eu estaria, fazendo o quê, ao lado de quem. Quem seriam os meus amigos? Por que é que essa pergunta vive me perturbando? Creio que a resposta não seria boa o quanto eu pensei. E seria, se tudo fosse realmente como eu pensei.
Só não quero ter o poder de modificar o futuro ou o presente. Isso é uma coisa que me passa pela cabeça às vezes, mas prefiro afastar o desejo de ter esse dom. Tudo seria tão... monótono, não é? Ah! Mas isso não está como eu quero. Puf! Agora sim... Nããão! Eu quero poder suar e me orgulhar do trabalho final. "Você pode trocar se estiver muito difícil". Obrigada, mas eu quero o difícil. Estar no nível dos melhores. Ter o que a vida estiver preparando pra mim. Ser o que eu queira ser a cada dia. Estar, ter e ser, juntos à mercê da onda que mais longe levar.
E então você se encontra em wonderland. O país das maravilhas, o país das coisas diferentes e legais de se fazer. A mente passa a perceber as coisas simples que existem nos atos distintos do acostumado. Uma flor aberta, perfumada, ao Sol, vira uma luz imensa que melhora o dia de qualquer um. Uma passaro voando já é motivo pra sorrir. Um sorriso verdadeiro. Sair pra passear com uma criança. Ou nem tão criança assim. Chorar de rir jogado à grama, atacado por cócegas impossíveis de se desvencilhar. E continua assim pra sempre, na mudança contínua que a vida lhe propõe.
E quando ela faz aquela proposta irrecusável então? "It's now or never!" Você decide, mas tempos depois continua pensando em como seria se tivesse optado o contrário. São esses milhões de caminhos que escolhemos - ou não -e nos trazem ao hoje. O que aconteceria se apenas um "sim" do passado se transformasse em um "não"? Pergunto-me quem estaria ao meu lado hoje. Onde eu estaria, fazendo o quê, ao lado de quem. Quem seriam os meus amigos? Por que é que essa pergunta vive me perturbando? Creio que a resposta não seria boa o quanto eu pensei. E seria, se tudo fosse realmente como eu pensei.
Só não quero ter o poder de modificar o futuro ou o presente. Isso é uma coisa que me passa pela cabeça às vezes, mas prefiro afastar o desejo de ter esse dom. Tudo seria tão... monótono, não é? Ah! Mas isso não está como eu quero. Puf! Agora sim... Nããão! Eu quero poder suar e me orgulhar do trabalho final. "Você pode trocar se estiver muito difícil". Obrigada, mas eu quero o difícil. Estar no nível dos melhores. Ter o que a vida estiver preparando pra mim. Ser o que eu queira ser a cada dia. Estar, ter e ser, juntos à mercê da onda que mais longe levar.
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